Tempo de leitura: < 1 minuto

Informes chegados ao Pimenta dão conta de que a prefeitura de Itabuna decidiu abandonar, de vez, o diálogo e optou pela força na questão dos camelôs:  ou os ambulantes deixam a avenida do Cinquentenário e vão para a praça João Pessoa (em frente ao antigo Sesp) ou serão expulsos de lá na base do cassetete.

Ainda na manhã de sexta, o governo oferecia duas opções de transferência: a praça ou a Alameda da Juventude. De uma hora para outra, os digníssimos deram um “cavalo-de-pau” e abandonaram o diálogo com os vendedores ambulantes.

Líder do grupo da avenida do Cinquentenário, Márcio Higino, o “Ikita”, lamentou que a prefeitura tenha voltado atrás nas duas vezes em que fez acordos com os ambulantes. Esqueceu Ikita de que tratou com políticos. Estes, não são dados a cumprir a palavra.

9 respostas

  1. O coletivo deve imperar sobre o particular, ou seja, o interesse social é maior sobre o de um pequeno grupo. Diálogo se tem com quem quer conversar…

  2. Os ambulantes invadem espaço público de forma irregular e arbritária… quando são convidados a sair de onde nunca poderiam estar, querem acabar de vez (novamente) com a única praça decente da cidade. Quando ocuparam a praça pela primeira vez, não quiseram manter o espaço limpo e organizado, ao contrário, transformaram em uma favela com tráfico de drogas e ambiente perigoso para as pessoas andarem.
    Não me venham com argumento de que são pessoas que precisam trabalhar… Itabuna é uma cidade pólo comercial e de serviços… mantendo o centro bonito e organizado, o comércio tem potencial de gerar empregos aos montes… não pode é 60 pessoas “assassinar” a economia da cidade, vendendo, na maioria, contrabando e produtos piratas… para alimentar redes de contrabandistas… boa parte dos ambulantes abandonam seus empregos para vender produtos ilegais e acabar com os empregos formais de quem precisa.
    Conheço um amigo, que tinha um comércio com 5 funcionários… que foi forçado a fechar por causa de 2 ambulantes, que vendiam os mesmos produtos que ele vendia, porém, contrabandeado e pirata, sem nota fiscal e sem outros custos…

  3. É isso aí tá na hora me moralizar a Av.Cinquentenário, faz até medo andar pelas calçadas,tantas são as pessoas mal encaradas que ficam por lá.

  4. Alteridade, eis a palavra. Os comentaristas a cima parecem não entender que se tratam de pessoas que vivem suas vidas com essa prática que chamam de ilegal. Itabuna tem muitos desempregados e não é por opção. Como pensar se fossem nós que o poder público – este sim de forma arbitrária, sem nenhum estudo de compensação ou mesmo da história destas pessoas – estivesse tirando a forma de ganhar a vida? Esta limpeza social é muito similar da ocorrida com o cinquentenário da cidade, cujo objetivo era retirar pessoas próximas da imagem de uma cidade que se queria esteticamente moderna. E em que isso ajudou a cidade? Acirrou os conflitos, prejudicou a sociabilidade e impediu famílias inteiras de trabalhar autonomamente nas ruas. É preciso entender que o costume produz um direito à cidade, direito este que não pode ser manobrado apenas pelo interesse das classes que manobram o poder público. É muito fácil criticar os ambulantes e ignorar que a prefeitura está fazendo uma “grande” reforma que é um novo calçamento para a cinquentenário. Isto é uma piada sem graça. Para tornar uma avenida mais bonita é preciso acabar com a forma de sobreviver de famílias! Alteridade amigos, alteridade…

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *