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Ângela Góes

Historicamente, o acesso das pessoas com deficiência aos sistemas de transporte urbano é associado à adaptação dos veículos, tendo como símbolo o acesso do usuário de cadeiras de rodas, por meio de elevadores, aos diversos tipos de veículos utilizados no Brasil. Essa visão impediu uma abordagem mais adequada do problema, desconsiderando os outros tipos de deficiência existentes e suas necessidades específicas.

A acessibilidade não se resume na possibilidade de se entrar em determinado local ou veículo, mas na capacidade de se deslocar pela cidade, através da utilização dos vários meios existentes de transporte, organizados em uma rede de serviços e, por todos os espaços públicos, de maneira independente.

Tão importante quanto adequar os espaços públicos para garantir a circulação dessas pessoas, eliminando-se as barreiras existentes, é evitar que se criem novas dificuldades. Além de garantir a mobilidade das pessoas com deficiência pela cidade, também deve ser promovido o acesso a prédios públicos, estabelecimentos de comércio, serviços e áreas de lazer.

O resgate da cidadania não é feito somente com o trabalho de setores e gestão isolados e, sim, através dos esforços combinados que envolvem uma administração pública, juntamente com a participação social, norteados por uma visão de sociedade mais justa. Trata-se de fomentar um amplo processo de humanização do espaço urbano e o direito à cidade a partir do respeito às necessidades de todas as pessoas que a usufruem.

Ângela Góes é educadora e cadeirante.

4 respostas

  1. Acho que as prefeituras tem que atender a sociedade as pessoas que precisam dos espaços urbanos que elas usam no seu dia dia, todo mundo sabe o que é certo não faz porq não quer não tá nem aí pros defcientes nem pra quem precisa de acesso.

  2. A falta de acesso causa prejuizo ao comerciante, pois dificulta ir nas lojas e ainda as pessoas ir ver as vitrines e procura de mercadorias para os clientes comprar

  3. Os “Sem Terra’ quando assentados, experimentam a falta de ajuda dos governos. Eles são jogados para produzir o que não sabem fazer, por que na sua grande maioria nunca plantaram nada, pois são cadastrados por setores do Governo Federal para serem “sem terra” e amargar essa triste experiencia em vez do “El Dorado” prometido, abandonam tudo depois de desmatarem o que ainda restava de boa madeira e voltam para a cidade. O CAMPO logo logo, não vai servir para ninguém. Temos que viver essa realidade e nos debruçarmos para uma REFORMA URBANA, que encontre saída para esses problemas apontados.

  4. Enquanto isto a Prefeitura retirou as poucas rampas que existiam na avenida “centenário”. E nos, cidadaos, ficamos quietos. Os nao cadeirantes, meu caso, nao reclamam formalmente. A sociedade organizada , CDL, Sindicatos, Igrejas, Rotary, Lions, OAB e blogueiros bem que poderiam (devem) encaminhar representaçao ao Ministério Público.

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