Tempo de leitura: 4 minutos

Aldicemiro Duarte | mirinho_estivador@hotmail.com

Propagam que o cacau e o turismo não podem conviver com o complexo logístico e as indústrias que ele irá atrair. Argumento míope e falso.

 

Grandes projetos estruturantes, em qualquer parte do Brasil, costumam enfrentar inúmeras barreiras. Estas se encontram tanto em uma legislação ambiental rigorosa (muitas vezes em excesso), quanto nos movimentos sociais que se propõem a uma defesa extrema do meio ambiente, quase sempre deixando de lado o entendimento de que é necessário conciliar proteção à natureza e desenvolvimento.

O economista Sérgio Besserman Vianna, ex-diretor do BNDES, é enfático ao condenar a visão anacrônica dos que opõem desenvolvimento e questões ambientais. Segundo Vianna, “esse anacronismo não corresponde mais à realidade” e “quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial”.

O fortalecimento da democracia brasileira e a consolidação de suas instituições são fatores que têm estimulado os grandes investimentos. O país vive um dos melhores momentos de sua economia, graças a um clima favorável e à compreensão de que o Brasil finalmente atingiu a maturidade que lhe permitirá empreender voos elevados. No entanto, persistem as barreiras.

Falando especificamente sobre o Complexo Porto Sul, é impressionante como este empreendimento – calcado em uma visão estratégica voltada à descentralização do desenvolvimento da Bahia – desperta a ira de um determinado e reduzido, apesar de bastante articulado, setor da sociedade. Matéria publicada neste domingo (27) no jornal A Tarde indica os interessados no naufrágio do projeto: operadores dos portos de Suape, em Pernambuco, Pecém, no Ceará, e o empresário Eike Batista, que constrói o Superporto de Açu, no norte fluminense, estão entre eles.

São as tais “forças ocultas” às quais o governador Jaques Wagner se referiu em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia. É gente que hoje fatura ou que pretende faturar no futuro com o escoamento de produtos que a Bahia atualmente não tem condição de despachar. É a essa turma que interessa espalhar a fantasia de que o projeto público está atrelado unicamente ao interesse de uma empresa privada.

Além das forças ocultas, há também os interesses travestidos. Gente que se fantasia de defensora da causa ambiental, mas que na verdade está associada a outras causas. É de espantar, por exemplo, a “preocupação” do senhor Fábio Feldman com o meio ambiente de Ilhéus, cidade onde serão instalados o porto e o aeroporto do Complexo Intermodal. Feldman foi deputado e secretário do meio ambiente de São Paulo e não se sabe quais foram suas grandes contribuições à natureza naquele estado. O Rio Tietê, por exemplo, seria um bom mote para Feldman levantar sua bandeira.

O meio ambiente em Ilhéus de fato merece atenção. Nos últimos 20 anos, acentuou-se o processo de degradação de áreas de mangue, como acontece nas invasões da Rua do Mosquito e do bairro Teotônio Vilela. Os areeiros atuam á margem da lei. Os rios e a Baía do Pontal recebem esgoto sem tratamento. A Mata da Esperança, uma das maiores florestas urbanas do mundo, enfrenta um agressivo e contínuo processo de desmatamento. Na zona norte, loteamentos irregulares há muito tempo destroem espécies da Mata Atlântica e modificam a paisagem…

Tudo isso ocorre há muitos anos, sem que nenhum dos atuais opositores do Porto Sul tenha levantado sua voz. Há que se perguntar porque os contrários somente peçam passagem quando o impacto ambiental está relacionado a um projeto de infraestrutura, que tem o objetivo de melhorar a performance da economia baiana e gerar desenvolvimento em nosso estado. É aí que fica claro porque se movem e a quem atendem os que se articulam contra o Porto Sul.

Se a causa fosse a defesa do meio ambiente, seria nobre, ainda que desfocada. Mas os interesses sub-reptícios pelos quais os pretensos donos da verdade pedem passagem são os que desejam manter a Bahia como um estado de opções limitadas.

No caso de Ilhéus, propagam que o cacau e o turismo não podem conviver com o complexo logístico e as indústrias que ele irá atrair. Argumento míope e falso, pois o cacau não sofrerá nenhuma influência do empreendimento e, em alguns aspectos, o turismo será até beneficiado, deixando de ser sazonal e ativo em apenas uma estação do ano.

Outra desonestidade é misturar o projeto público do Complexo Intermodal como o projeto privado da Bahia Mineração. Quem propaga essa bobagem omite informações importantes sobre o Intermodal, uma estrutura ampla e que tem um papel estratégico bem definido. A Bahia hoje perde receita e deixa de exportar vários produtos por não ter uma logística capaz de atender a uma demanda crescente. Grãos, fertilizantes, minérios e combustíveis serão escoados pela Ferrovia Oeste – Leste e pelo Porto Sul. No futuro, com a interligação entre a Fiol e a Ferrovia Norte-Sul, a movimentação de cargas será ainda maior, de modo que ainda é precipitado afirmar que produto mais utilizará a estrutura da ferrovia e do porto.

O uso da Ferrovia Centro Atlântica, com o transporte do minério de ferro de Caetité até o Porto de Aratu, outra tese defendida por Feldman e Cia., seria inviável porque Aratu não possui estrutura para suportar novas cargas e a FCA é obsoleta. Além disso, esta opção comprometeria a estratégia de levar o desenvolvimento para o interior do Estado.

Importante destacar que quem pratica bravata não se presta a nenhum tipo de esclarecimento. E as informações sobre o Complexo Intermodal Porto Sul sempre estiveram à disposição da sociedade. Representantes do poder público, envolvidos com o empreendimento, se cansaram de vir à região dar informações sobre o empreendimento

A militância contrária ao Complexo Intermodal é míope e, como tal, não enxerga um palmo à frente do nariz. Usa da mentira deslavada e a ignorância, desprezando o fato de que é perfeitamente legítima uma parceria público-privada para viabilizar uma ação de governo. Felizmente, esse grupelho não tem respaldo na comunidade regional, que já enxerga seus verdadeiros objetivos e ligações. A máscara verde já caiu há muito tempo.

Aldicemiro Duarte (Mirinho) é coordenador do Coeso (Comitê de Entidades Sociais em Defesa dos Interesses de Ilhéus e Região)

0 resposta

  1. muito bom. por issso nunca fui contra ao porto, mas sim a maneira truculenta, e por vezes à margem da etica e da lei, com que vem sendo feito. se há uma luta é contra a maneira com que vem sendo feita e não para afastar o porto destas terras

  2. Não seria de se imaginar que depois de tantas arapucas armadas para a cosntruçao desse porto chegase a esse momento de desespero em que um governador vai a publico implorar que um projeto seja aprovado a qualquer preço.
    Mirinho por favor, tenho o maior repeito por voce e nao poderia continuar lendo seu texto após a colocação da palavra democracia…Temos o direito de ser contra de nao é só de ambientalistas que é feito esse movimento.
    Forças ocultas?
    Me façam uma garapa…! O próprio relatorio da Mineradora do Pó de ferro deve ser a força que voces falam….
    Um governo que nunca fez nada por ilheus e regiaõ…
    Mirinho a força oculta está em todo o processo, nós só estamos alertando as pessoas desinformadas e iludidas por campanhas que voce mesmo articula….
    vamos passar por cima de tudo Mirinho?
    E nossas leis?
    Mirinho soube que voce é formado em direito, e me sinto triste em saber que perdeu tanto tempo na faculdade…

    Morinho a força oculta está na nossa cara, é o PÓ DE FERRO DA MINERADORA BAMIN, QUE VAMOS SENTIR PRIMEIRO NO PULMÃO E DEPOIS NOS OLHOS…

  3. Brilhante abordagem Mirinho, temos que realmente lutar para concretizar esse grande projeto em nossa cidade. estou cansado de ver outras regiões de desenvolvendo e ilhéus minguando. Se existem tanta desconfiança por parte do “ambientalistas” elas devem ser tiradas no ambito da discursão, propondo compensações para a aréa afetada.Dizer não a esse projeto, significa mais uma ou duas decadas de atrasos, crescimento pifio e desistimulo a nossa economia.
    Parabéns!!!

  4. Caro amigo Pedro, esse seu argumento é muito pobre em relação a reunião que aconteceu em Sergipe. Acho que todos os bahianos em especial do sul do estado deveriam se unir para que as obras que darão a sustentabilidade de crescimento a região saissem do papel. Precisamos fazer com que essa região passe por uma transformação economica antes que todo o seu povo caiam de vez na miséria. Moro no amazonas e leio todos os jornais da região todos os finais de semana e fico triste em ver cidades como Itabuna e Ilheus no mar de miséria que se encontram, ganhando sempre as primeiras paginas de jornais do país inteiro como o recordista em crime, drogas e misérias. Pq não trazer um empreendimento que vai criar empregos e desenvolvimento para o estado. Será que vcs acham que 20 anos de miséria é pouco? (Desde a decadência do cacau). É triste ver nossa Querida Ilheus a cada final de ano que faço uma visita em situação precaria e decadente. Vejam vocês se falam tanto de turismo como a alça de riqueza, pq não criam uma melhor estrutura para a cidade ao invés de ficar ancorado em uma pequena feira de artesanatos onde os turistas não aguentam ver as mesmas coisas todos os anos.
    Senhor governador pelo amor de Deus faça com que essa obra saia do papel pois caso contrario a região será realmente destruida.

  5. Caro pedro
    1ºO minério exportado pela mineradora, são pedras de 1,5´´ou 2,5´´polegadas ,ou seja, um pó desse tamanho, seria muito complicado viajar pelo nosso litoral.
    2º Antes de ficar sentado em frente ao computador,viaje um pouco e conheça ,Caeitité , Brumado.
    Brumado não tem mais que 100 mil Habitantes , e foi inaugurado e 2010 um shopping (Apio)
    3º Conheça a bahia e seu iterior e vejaque , temos que descentralizar a economia.
    caso queira conhecer o shopping visite o site:www.shoppingappio.com.br

  6. Parabens pelo se posicionamento. É realmente necessaria que toda a comunidade regional se mobilize para que projetos desta monta tragam mais dignidade a esse povo.

  7. Caro
    Companheiro,
    Mirinho

    Mirinho nada mais tenho a acrescentar nas suas palavras escritas e tão bem explicadinhas.A turma do gueto do atrazo poderia muito bem aproveitar o momento enquanto é tempo, e colocar as mochilas nas costa e mudar para a Amazônia, lá todos os dias queima e derruba a mata atlântica, e não vejo nenhuma ONGs defendendo as queimadas e derrubadas de árvores, ao contrário os beneficiários são as ONGs e índios.
    Parabéns companheiro , pela sua brilhante explanação dos problemas que os neos-ambientalistas vem espalhando o terrrorismo nas comunidades próximas aos investimentos, que eles serão os prejudicados que nem peixe e marisco vai ser possível pescar no litoral de Ilhéus.
    Vamos a luta companheiro,mobilização e manisfestação a favor da construção do Porto Sul.Queremos emprego e geração de renda para nossos jovens de hoje são obrigados a migrar para outros grandes centros, Sul, Sudeste para conseguir emprego.A hora é essa de mobilização da bancada de deputados baianos e aliados políticos no Congresso Nacional, junto com o governador JW, cobrar da presidenta Dilma Rousseff as promessas de campanha eleitoral, já esta na hora de cobrar-mos a fatura.O tempo urde ação concretas e rapidez na liberação do projeto Porto Sul, pelo Ibama e Rima, para que começem logo a construção dos investimentos que vão gerar arrecadação de impostos, geração de emprego e renda.Ilhéus não mereçe a morte lenta que estamos vivenciando a cada dia, ou reagimos agora ou perdemos o Porto Sul para outro Estado da Federação,MA,PE,CE.
    Forte abraço,
    Melck Rabelo

  8. Bom só o Tempo dirá que era o míope nessa história toda. O que eu digo é que as ideologias têm preço então assim muitas gente faz propagando por que te o seu para receber. Só temos que ter cuidado com o que é “desenvolvimento”. Pois nem tudo que reluz é ouro mas só o tempo vai dizer com quem está a verdade.

  9. Caro amigo Mirinho,
    vc tem toda razão,os miópes do desenvolvimento da nossa região que estão a serviços de algumas ongs, querem que Ilhéus fique no marasmo, na mesmice, (sem empregos e renda), veja que opositores ao projeto porto sul não conhecem a região ,vivem no sul do país ( alguns atores e atrizes que moram no eixo Rio/São Paulo) nunca vieram à região e estão pouco se lixando para o desenvolvimento de Ilhéus e as cidades por onde será rota da estrada de ferro, beneficiando à todos.
    O porto sul, complexo intermodal e o novo aeroporto será a independencia de toda uma região sofrida por décadas.
    Tenho absoluta certeza que este projeto saírá do papel.
    Grande abraço- Joel

  10. Bom dia a todos..!
    Meu nome é Pedro, sou morador de Ilhéus, conheço a Sra Maria do Socorro por acompanhar o processo do porto apartir do momento em que ele vai interferir diretamente na minha vida e na vida da minha cidade.
    O primeiro argumento usado pelo Pó de Ferro e seus apreciadores é exatamente de taxar esse movimento de “AMBIENTALISTA”.Faz sentido, afinal de contas voces querem passar a idéia de que o “POVO”(O ILUDIDO) quer esse projeto.Mias somos muitos que nao se vendem por conversa bonitas de governador que nao tem palavra.
    Segundo, a outra forma de dizer que essa é salvacao da região…Regiao falida? o que diria São Paulo com tanto desenvolvmento dessa natureza e a misária assola essa grande metropole.
    Jaques Wagner implora pelo Pó, e pelo povo o que ele vem implorando?
    O nosso´problema nao está na decadencia do cacau(por favor acompanhem o crescimento da nossa lavoura nos ultmos anos). O noSso problema está nessa raça de políticos corrupitos.
    Turismo nao cresce por que nao temos pessoas interessadas em faZer isso acontecer…Olha só quem é o Secretário de Turismo de Ilhéus.Paulo Moreira. Vai pra onde? TURISMO?
    Estão destuindo tudo em ilhéus, caro amigo da amazonia.
    Com relaçao ao tamanho da pedra do PÓ DE FERRO, não tenho coneceimneto tecnico, mais os meus olhos(ainda sem pó) conhece e sabe que ele vai voar sim e nnão é só para a PONTA TULHA.
    Conheço caetité ela não é assim pelo PÓ DE FERRO, e vamos ver como vai ficar. Se conheço outros lugares? Talvez não tenha tido essa sorte, mais posso garantir que conheço vários portos de minério e suas localidades e seus problemas e desenvolvimento.
    a ÁGUA QUE ITABUNA BEBE vem de perto do terminal do trem da VALEC.
    A água que o povo da regiao norte de ilhéus bebe, vem do solo.
    Eu aposto na nossa região com desenvolvimento sem o PÓ DE FERRO DO CAZAQUISTÃO…

  11. Caro Duarte,

    Como economista e analista internacional acredito no diferencial socioeconomico obtido com a criação de portos seja lá onde for. Desde a origem do comércio marítimo, as regiões que detinham o potencial natural portuário se desenvolveram mais que outras regiões.

    No entanto, o porto sul está longe de ser uma questão simplesmente debatida por ‘ambientalistas’, ‘ecochatos’, ‘pseudo-ambientalistas’, etc; A sociedade civil toda tem debatido esse tema, e que democraticamente uns enxergam benesses e outros não. Não adianta entrar em desespero, e jogar que a influência da globo, disso e daquilo, Eike Batista, fulano e beltrano, que estão atrapalhando o projeto, pois as forças ocultas e explicitas estão de todos os lados e da mesma forma que uns atrapalham outros incentivam (atrapalham a partir do ponto de vista dos opositores).

    No meu ponto de vista o porto sul é importante sim, acredito que o impacto socioeconomico é positivo com a geração de renda e emprego (direto e indireto). Ilhéus precisa de investimentos sim, mas o meu ponto de discórdia é: NÃO É PORQUE A CASA PRECISA DE UM BANHEIRO, QUE VC VAI PEGAR A PIA DA COZINHA PELO FATO DE JÁ TER ÁGUA E FAZER DE CAGADOURO.

    Portanto, vamos analisar o caso com cuidado, pois o turismo embora vocês discordem que gere emprego, GERA. Vejo hotéis, casas, estabelecimentos comerciais, e etc., na região norte de Ilhéus até Itacaré com pessoas locais sendo qualificadas e empregadas desde a construção como pra própria manutenção do local. Por isso, devemos manter esse turismo ecológico, mesmo que fraco e incipiente e, ainda carente de investimento. E que o porto venha, mas se aloje em outro local, como analisado pela EIA-RIMA na região de olivença (a qual eles argumentaram que ‘brigar’ com os índios é muito mais complicado que com os ambientalistas, justificando o questionamento do promotor na escolha da ponta da tulha, já que o impacto ambiental na região de olivença é menor.)

  12. Para mim está bem claro que a questão do Sr. Pedro é meramente politica, nos comentários dele fica bem explicito que ele que apenas fazer oposição ao goveerno Wagner. Portanto vai ser sempre contra a qualquer tentativa do governo. Percebam que os argumentos dele é sem fundamentação, é só agressão

  13. Meus Caros prós e contras,

    Seria bastante gratificante para este espaço de opinião, se os partcipantes não se utilizassem de pseudônimos para assim poderem continuar defendendo uma causa que vem contra o desenvolvimento de umna região tão castigada quanto a nossa, o que eles querem é que continuemos dependendo das esmolas dos gringos que bancam seus megas salários de lobistas nas ONGs que ninguém consegue abrir a caixa preta. Onde está a compensação ambiental da Ilhéus/Itacaré? e da Itacaré/Camamú o que foi feito daquela dinheirama? responda a quem couber a carapuça. Peçamos ajuda porque “socorro” nos falta.

  14. A MIOPIA PEDE ÓCULOS. OU… AS FORÇAS OCULTAS E OS INTERESSES TRAVESTIDOS

    Propagam que o cacau e o turismo não podem conviver com o complexo logístico e as indústrias que ele irá atrair. Argumento míope e falso.

    Míope é quem não enxerga riqueza na natureza que temos e quem afirma que a cacauicultura foi dizimada. Falso é quem desrespeita as gerações futuras mesmo sendo responsável por trazer ao mundo, alguns Seres Humanos, que comporão essa geração. Cacau será afetado diretamente pela Ferrovia passando pelas Fazendas e ainda com a monília sendo trazida pelos trilhos (você sabe o que é isso?). A ferrovia não ligará o Atlântico ao Pacífico? Estude um pouco sobre isso. Quanto ao Turismo, nenhum Porto que escoa Minério de Ferro foi apresentado ainda como sendo benchmarking de convivência com o Turismo. Aponte um no mundo! Conhecemos Portos que destroem vidas com doenças da poeira. Veja alguns vídeos com a realidade da qual falamos:

    1 – http://www.youtube.com/watch?v=ScAn5zLWL7s

    2 – http://www.youtube.com/watch?v=g9xODXqNqKw

    Grandes projetos estruturantes, em qualquer parte do Brasil, costumam enfrentar inúmeras barreiras. Estas se encontram tanto em uma legislação ambiental rigorosa (muitas vezes em excesso), quanto nos movimentos sociais que se propõem a uma defesa extrema do meio ambiente, quase sempre deixando de lado o entendimento de que é necessário conciliar proteção à natureza e desenvolvimento.

    Leia o parecer do IBAMA ou rasgue a Constituição. Segue abaixo para que leia apenas uma parte do Parecer do órgão ambiental federal que nenhum governante pode passar por cima. Estes órgãos existem para evitar desatinos como este que é o “Complexo” Porto Sul.

    O economista Sérgio Besserman Vianna, ex-diretor do BNDES, é enfático ao condenar a visão anacrônica dos que opõem desenvolvimento e questões ambientais. Segundo Vianna, “esse anacronismo não corresponde mais à realidade” e “quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial”.

    Meu Deus! Você está querendo destruir um homem tão competente e com visão de século XXI! Não sabe ler ou é mal intencionado? Essa entrevista que você leu e sinceramente me assustou a sua afirmação, deve ter sido a que transcrevo agora para que releia e perceba que está ERRADO. Sugiro cuidado com suas próximas citações:

    http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/49829_DISCUSSAO+AMBIENTAL+TRAVA+PROJETOS+DE+INFRAESTRUTURA

    “…Atraso. Na avaliação do economista Sérgio Besserman Vianna, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a visão que opõe desenvolvimento e questões ambientais é atrasada. “Esse anacronismo não corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial”, diz.

    Segundo Besserman, a economia ancorada no desenvolvimento a qualquer custo e nos combustíveis fósseis está no começo do seu declínio, e será substituída por uma economia de baixo carbono e baseada na manutenção dos recursos naturais. “É certo que essa transição ocorrerá, e sairão na frente os países que eliminarem essa visão obsoleta de que ambiente e desenvolvimento não podem conviver.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.”

    Ele afirma o que nós afirmamos e ainda usa o exemplo de Belo Monte. Nós entendemos que podemos desenvolver a Região sim, desenvolvimento não pode deixar de existir. O que não pode acontecer é o Governo querer empurrar goela abaixo obras de infraestrutura desrepeitando o meio ambiente, esquecendo que somos parte integrante dele e assim ameaçando a nossa sobrevivência. Se você o conhecesse, teria a certeza de que errou na sua citação. Aproveite para ler a entrevista do Curt Trennepohl, que acaba de assumir o comando do IBAMA. Está esclarecedora.

    http://www.ecodebate.com.br/2011/03/02/licenca-de-instalacao-li-de-belo-monte-nao-e-possivel-hoje-diz-novo-presidente-do-ibama/

    Quem opõe desenvolvimento a questão ambiental são os que defendem a instalação deste “Complexo”. Nós entendemos que a Região pode e deve ser desenvolvida respeitando o que resta de natureza e toda a riqueza que ela possui, sem que nada precise ser construído. Mas os míopes verdadeiros só enxergam dólares para poucos quando poderiam enxergar reais para muitos.

    O fortalecimento da democracia brasileira e a consolidação de suas instituições são fatores que têm estimulado os grandes investimentos. O país vive um dos melhores momentos de sua economia, graças a um clima favorável e à compreensão de que o Brasil finalmente atingiu a maturidade que lhe permitirá empreender voos elevados. No entanto, persistem as barreiras.

    A maturidade do Brasil é fazer o que fizeram todos os demais países? Cometer os mesmos erros? Democracia pressupõe distribuição de riquezas. Respeito ao povo. Uma Ferrovia que irá custar R$6 bilhões dos nossos impostos para que 80% da sua capacidade seja para escoar minério de ferro que custa R$130 ton e importar trilhos R$870 ton para que os vagões carreguem nossa riqueza. Isso é respeito? É justo o governo pagar desapropriações para entregar uma área inicialmente de 500ha (497,…) fazendo um contrato de concessão gratuita de uso de bem público,por 30 anos renovável por mais 30, sem custos para o beneficiado e neste caso, a BAMIN, sem lcitação, em área de Proteção Ambiental, desrespeitando a Lei, permitindo instalação em desacordo com esta Lei, Senhor Advogado? Isso é DEMOCRACIA?

    É DEMOCRACIA, concluir apresentando tantas conseqüências, algumas impossíveis de serem mitigadas outras com danos irreversíveis, destruir tantas riquezas naturais, por causa da síndrome de Cabral que ainda existe no nosso País? O que eu assisto hoje, são pessoas que discursam em defesa do povo, tomando atitude para destruir este povo e ainda filiando-se a partidos políticos que enaltecem o socialismo a democracia e na prática atuando de forma completamente contrária, fazendo com que as suas atitudes não referendem seus discursos. Isso é nojento!

    O que são vôos elevados? O que é ser grande? É TER ou É SER? Quem pensa em TER será para sempre pequeno. Tenhamos o suficiente e possamos todos viver em paz.

    Falando especificamente sobre o Complexo Porto Sul, é impressionante como este empreendimento – calcado em uma visão estratégica voltada à descentralização do desenvolvimento da Bahia – desperta a ira de um determinado e reduzido, apesar de bastante articulado, setor da sociedade. Matéria publicada neste domingo (27) no jornal A Tarde indica os interessados no naufrágio do projeto: operadores dos portos de Suape, em Pernambuco, Pecém, no Ceará, e o empresário Eike Batista, que constrói o Superporto de Açu, no norte fluminense, estão entre eles.

    São as tais “forças ocultas” às quais o governador Jaques Wagner se referiu em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia. É gente que hoje fatura ou que pretende faturar no futuro com o escoamento de produtos que a Bahia atualmente não tem condição de despachar. É a essa turma que interessa espalhar a fantasia de que o projeto público está atrelado unicamente ao interesse de uma empresa privada.

    Agora este grupo ou grupelho e tantos outros adjetivos pejorativos que escreveu, estão também a serviço de nomes citados no Jornal A TARDE? Que estratégia podre essa. O nosso Governador foi enganado por alguém que certamente deve ter feito ele acreditar que nestas paragens só tem imbecis e idiotas e certamente são pessoas que receberam muitos votos com seus discursos mentirosos e deve ter razão de pensar assim desse povo, já que se fez acreditar. O Governador apesar de ter dado continuidade à relatoria da Lei da Mata Atlântica, tem demonstrado não ter muita intimidade com a questão ambiental, mas isso é natural, pois poucos ainda se interessam por este tema e esta é a nossa casa. O Governador vai acordar e banir esta coisa ruim de perto dele.

    Além das forças ocultas, há também os interesses travestidos. Gente que se fantasia de defensora da causa ambiental, mas que na verdade está associada a outras causas. É de espantar, por exemplo, a “preocupação” do senhor Fábio Feldman com o meio ambiente de Ilhéus, cidade onde serão instalados o porto e o aeroporto do Complexo Intermodal. Feldman foi deputado e secretário do meio ambiente de São Paulo e não se sabe quais foram suas grandes contribuições à natureza naquele estado. O Rio Tietê, por exemplo, seria um bom mote para Feldman levantar sua bandeira.

    É de espantar querer discutir este tema sem ter conhecimento de que Fábio Feldman foi o relator da Lei da Mata Atlântica e atuou exaustivamente na Lei Ambiental do nosso País e ainda que a Mata Atlântica não é exclusiva de Ilhéus, da Bahia e a Lei é Nacional. Portanto, é de estranhar tamanho desconhecimento e tão absurdo argumento. Certamente que Feldmann está preocupado até com a sua preservação e merece todo o nosso respeito. É importante que também saiba que a BAMIN tem seu CNPJ inscrito na Junta Comercial do Estado de são Paulo.

    O meio ambiente em Ilhéus de fato merece atenção. Nos últimos 20 anos, acentuou-se o processo de degradação de áreas de mangue, como acontece nas invasões da Rua do Mosquito e do bairro Teotônio Vilela. Os areeiros atuam á margem da lei. Os rios e a Baía do Pontal recebem esgoto sem tratamento. A Mata da Esperança, uma das maiores florestas urbanas do mundo, enfrenta um agressivo e contínuo processo de desmatamento. Na zona norte, loteamentos irregulares há muito tempo destroem espécies da Mata Atlântica e modificam a paisagem…

    Concordamos totalmente com você. Considerando que é político partidário, deve ser mais responsável que qualquer outro cidadão, pois todos estes problemas nasceram como desejam fazer nascer à fórceps o tal “Complexo”. Todos estes problemas são paridos em campanhas eleitorais. Além disso, 20 anos é a nossa Democracia e até você demonstra ainda não ter a consciência do que seja este regime de governo. A forma correta de evitar é atuar nos espaços de governança como alguns de nós estamos atuando e fazendo a diferença. Faça isso de fato representando o povo e não com interesse político partidário ou de forma fisiológica. Caso estivesse de fato preocupado com isso, teria contribuído como estamos fazendo para evitar. O que você fez? Nós estamos fazendo!

    Tudo isso ocorre há muitos anos, sem que nenhum dos atuais opositores do Porto Sul tenha levantado sua voz. Há que se perguntar porque os contrários somente peçam passagem quando o impacto ambiental está relacionado a um projeto de infraestrutura, que tem o objetivo de melhorar a performance da economia baiana e gerar desenvolvimento em nosso estado. É aí que fica claro porque se movem e a quem atendem os que se articulam contra o Porto Sul.

    A resposta anterior contempla a sua desinformação nessa sua afirmação.

    Se a causa fosse a defesa do meio ambiente, seria nobre, ainda que desfocada. Mas os interesses sub-reptícios pelos quais os pretensos donos da verdade pedem passagem são os que desejam manter a Bahia como um estado de opções limitadas.

    Pobre demais a colocação para merecer resposta e já longamente respondida em colocações nossas anteriores.

    No caso de Ilhéus, propagam que o cacau e o turismo não podem conviver com o complexo logístico e as indústrias que ele irá atrair. Argumento míope e falso, pois o cacau não sofrerá nenhuma influência do empreendimento e, em alguns aspectos, o turismo será até beneficiado, deixando de ser sazonal e ativo em apenas uma estação do ano.

    Já respondido. Procure obter maiores informações sobre os temas.

    Outra desonestidade é misturar o projeto público do Complexo Intermodal como o projeto privado da Bahia Mineração. Quem propaga essa bobagem omite informações importantes sobre o Intermodal, uma estrutura ampla e que tem um papel estratégico bem definido. A Bahia hoje perde receita e deixa de exportar vários produtos por não ter uma logística capaz de atender a uma demanda crescente. Grãos, fertilizantes, minérios e combustíveis serão escoados pela Ferrovia Oeste – Leste e pelo Porto Sul. No futuro, com a interligação entre a Fiol e a Ferrovia Norte-Sul, a movimentação de cargas será ainda maior, de modo que ainda é precipitado afirmar que produto mais utilizará a estrutura da ferrovia e do porto.

    Se existe desonestidade é por parte do Governo. O que está sendo licenciado é um TUP – Terminal de Uso Privativo e é para ele que está sendo construída uma Ferrovia que custará R$6 bilhões dos nossos impostos, que inclusive quem mora em são Paulo ou qualquer outro lugar deste País, também estará contribuindo. Pergunte para a BAMIN o que de fato ela queria! Ela responderá que apenas um mineroduto até onde ela apontou que deveria ter um Porto dela também. Peça para conhecer os acordos assinados com o Governo da Bahia em 03 de março de 2007 (2 meses e 1 dia depois de Jacques Wagner tomar posse no seu primeiro mandato) e em 09/11/2009. Tudo o mais que você aponta, representam 20% da capacidade de carga da Ferrovia. O nosso Governo deveria ser mais competente para evitar o movimento separatista do que criar um problema maior ainda. Queremos ajudá-lo e estamos fazendo isso. Talvez você esteja complicando mais a vida dele e a de todos.

    O uso da Ferrovia Centro Atlântica, com o transporte do minério de ferro de Caetité até o Porto de Aratu, outra tese defendida por Feldman e Cia., seria inviável porque Aratu não possui estrutura para suportar novas cargas e a FCA é obsoleta. Além disso, esta opção comprometeria a estratégia de levar o desenvolvimento para o interior do Estado.

    Devemos informá-lo, já que participou de poucas reuniões sobre o tema, que o representante da BAMIN, nos informou quando questionado que a não utilização da FCA, se dava por ser aquela ferrovia, uma concessão do seu concorrente. Comece a imaginar uma Rodovia onde só podem trafegar caminhões de uma determinada empresa! Quanto a estrutura do Porto de Aratu, também não é isso que dizem os profissionais de logísticas não contratados pelo Governo ou pela empresa interessada em menor custo e não fazer acordo com o concorrente. Também não podemos exigir que você saiba tudo isso, pois só agora está de fato demonstrando interesse e estudando o assunto, mas acreditamos que continuando a estudar tirará suas próprias conclusões, pois acreditamos que sendo profissional autônomo, não tem pretensões de ordem fisiológica ou político partidárias. Não é verdade?

    Importante destacar que quem pratica bravata não se presta a nenhum tipo de esclarecimento. E as informações sobre o Complexo Intermodal Porto Sul sempre estiveram à disposição da sociedade. Representantes do poder público, envolvidos com o empreendimento, se cansaram de vir à região dar informações sobre o empreendimento

    As bravatas vêm de outra fonte. Quanto a nós, fomos os responsáveis para, inclusive o Prefeito, tomar conhecimento do que o Governo do Estado estava prevendo para o município onde é a autoridade máxima. Além disso, foi por solicitação nossa que aconteceram a AAE – Avaliação Ambiental Estratégica e a formação do Comitê Tripartite de acompanhamento.

    A militância contrária ao Complexo Intermodal é míope e, como tal, não enxerga um palmo à frente do nariz. Usa da mentira deslavada e a ignorância, desprezando o fato de que é perfeitamente legítima uma parceria público-privada para viabilizar uma ação de governo. Felizmente, esse grupelho não tem respaldo na comunidade regional, que já enxerga seus verdadeiros objetivos e ligações. A máscara verde já caiu há muito tempo.

    Além de tudo isso, através de parceiros nossos os documentos começaram a ser divulgados, pois para a maioria, a DEMOCRACIA ainda não existe. Sempre que vieram à Região foi para nos desinformar, desviar, mas estivemos atentos e continuamos, a qualquer passo dado. É importante frisar que o parecer do IBAMA negando licença na Ponta da Tulha, foi dado desde novembro de 2010. O Governo ou a BAMIN deram conhecimento à população disso e quais as causas? É este o Governo que informa? Você conhece os documentos que citei, de 03/2007 e 11/2009? Você conhece e sabe onde pretendem instalar o Pólo Siderúrgico? Você sabe da ZPE? Você já sabia de grão Mogol? Você sabia que a razão para a BAMIN não trazer o minério de ferro de Caetité por mineroduto é a mesma para a SAM trazer o minério de ferro de Grão Mogol em mineroduto? Quem confunde? Quem mente? Quem é míope? Quem mente deslavadamente? Quem enxerga tudo isso ou quem mesmo colocando lupa jamais enxergará?

    Aldicemiro Duarte (Mirinho) é coordenador do Coeso (Comitê de Entidades Sociais em Defesa dos Interesses de Ilhéus e Região)

    Todos que lutam pela vida e pela DEMOCRACIA! Seres humanos que habitam o planeta Terra no pedacinho que se chama Região Sul da Bahia

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *