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Miralva é presidente da Coopedi.
A definição de como será a postura do PT  de Itabuna com relação ao governo Vane ainda deve gerar muita polêmica e já cria uma cisão no diretório municipal do partido. Há pouco, a presidente da legenda, Miralva Moitinho, entrou em contato com o  blog para desautorizar o vice, Flávio Barreto, que mais cedo emitiu nota na qual defende a oposição ao novo governo (leia post abaixo).
“Essa não é uma posição do PT, mas de um assessor do deputado federal Geraldo Simões”, declarou Miralva ao PIMENTA. Segundo ela, a resolução aprovada pelo diretório não é exatamente de apoio, mas de considerar o governo Vane, do PRB, como membro da base aliada dos governos petistas estadual e federal. “O que a resolução diz é que não faremos oposição, pois o interesse é ajudar o município a colocar em prática os projetos dos governos Dilma e Wagner”, salienta a presidente petista.
Miralva observou que o deputado Geraldo Simões, ao contrário da maioria dos membros do partido em Itabuna, defende oposição dura ao governo Vane, “algo que não houve sequer com relação à Azevedo, do DEM”. A presidente também declarou que não há definições sobre ocupação de espaços na gestão do município e a participação, caso venha a ocorrer, será “institucional”.
A posição oficial do PT será declarada na próxima quinta-feira, dia 10.

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Rejeitando cargos, Acilino defende apoio do PT a Vane.
Rejeitando cargos, Acilino defende apoio do PT a Vane.

O ex-vereador Emanoel Acilino defende que o diretório itabunense do PT apoie o governo de Claudevane Leite, Vane do Renascer. “Faço parte do diretório e já me posicionei em favor do apoio ao Governo Vane”, afirmou, deixando claro que não deixaria a Ceplac para integrar a gestão municipal. “Não é apoio por cargo. Continuarei aqui, na Ceplac”, ressalta.
O ex-vereador e membro do Diretório Municipal do PT observa que o novo prefeito de Itabuna é do PRB, partido que integra a base de apoio tanto à presidente Dilma Rousseff quanto ao governador Jaques Wagner. “Nossos inimigos em Itabuna são o DEM e o PSDB”, disse.
Acilino enfatiza que o Partido dos Trabalhadores não pode fazer oposição ao município por causa do resultado do pleito de outubro passado. Ele diz que o PT precisa repensar sua estratégia em Itabuna. “Temos a necessidade de repensar Itabuna. A cidade sofreu muito com o desastre de oito anos consecutivos do DEM. Torço muito para que Vane faça uma boa administração. Quem ganha somos nós, itabunenses”.
VICE DO PT DIZ NÃO À ALIANÇA
Flávio diz que não houve convite do governo.
Flávio: não houve convite do governo.

Enquanto Acilino defende a aliança, o vice-presidente do diretório municipal vai em mão contrária. Flávio Barreto diz que a resolução de 28 de novembro do ano passado deliberou pela não participação no novo governo (“até porque, não houve convite nesse sentido”). Em nota ao PIMENTA, Flávio anota que o PT “manterá uma posição fiscalizadora, austera e responsável junto à gestão municipal e, juntamente com suas lideranças e vereadores, apoiará os projetos e iniciativas políticas de interesse do povo de Itabuna”.
A nota assinada por Flávio, no entanto, não tem o apoio da presidente do diretório municipal, Miralva Moitinho. Sabe-se que, ao final da semana passada, houve reunião tensa na sede do PT, na Beira-Rio. Apenas Flávio e outros três membros do diretório insurgiram-se contra a aliança. Os dois vereadores do partido (Júnior Brandão e Paulinho do INPS) não se manifestaram contra o apoio. O partido se posicionará, oficialmente, nesta semana.
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PT CAMINHA PARA APOIAR GOVERNO VANE

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Como bem lembra Tim Maia na canção, hoje é Dia Reis, período que marca o encerramento dos festejos natalinos. Até o final da década de 80, a data era comemorada com grande intensidade em Itabuna, principalmente por famílias católicas de bairros como Conceição, São Caetano e Fátima. Hoje, restringem-se às celebrações nas paróquias.

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Foto Pimenta
Foto Pimenta

ENTREVISTA

O deputado federal Valmir Assunção (PT) construiu sua trajetória política no seio do Movimento dos Sem-Terra e, como não poderia deixar de ser, faz uma defesa ferrenha das ocupações de áreas improdutivas, destinando-as aos assentamentos de reforma agrária. Para Assunção, embora tenha diminuído o apoio da sociedade ao MST, é necessário manter e intensificar as ações do movimento, para “mostrar à sociedade que a reforma agrária é viável”.
O PIMENTA conversou brevemente com o deputado sobre a agenda do MST em 2013 e a respeito da ofensiva da direita ao Partido dos Trabalhadores, que chegou a dez anos no comando do País.
 
PIMENTA – Qual é a agenda do MST para 2013?
Valmir Assunção – Nós estamos trabalhando para que em 2013 o MST possa se voltar internamente para a organização dos assentamentos e acampamentos, das atividades de produção, formação, por meio da realização de cursos, sem abrir mão da natureza e a razão da existência do movimento, que é a ocupação de terras.
PIMENTA – Haverá mais ocupações este ano?
VA – O Movimento dos Sem-Terra em 2013 tem que apertar o passo, do ponto de vista de ocupar terra, pois é isso que faz com que o movimento cumpra sua função, que é democratizar o acesso à terra. Só tem reforma agrária no Brasil porque o MST tem essa disposição e essa coragem de ocupar, resistir produzir e combater.
PIMENTA – Como a sociedade vê hoje o MST?
VA – O Movimento dos Sem-Terra já teve mais apoio da sociedade do que hoje, sem dúvida alguma. Nós já tivemos períodos na história do movimento em que havia até 80% de aceitação da sociedade. Hoje nós temos um pouco menos, mas não é porque diminuiu o apoio da sociedade à luta pela reforma agrária que nós deixamos de lutar por ela.
PIMENTA – Qual o caminho para recuperar o apoio da sociedade?
VA  – A nossa luta é justamente para poder mostrar para a sociedade que a reforma agrária é viável. Até porque 80% do alimento que chega na casa de qualquer pessoa vem da agricultura familiar e de assentamentos de reforma agrária. O agronegócio e as grandes empresas produzem simplesmente monocultura, enquanto o arroz, o feijão, a farinha, ou seja, o produto para consumo da população brasileira vem da agricultura familiar, daí a necessidade de democratizar o acesso à terra. Todas as terras improdutivas, que não cumpram sua função social, devem ser destinadas à reforma agrária. O Movimento dos Sem-Terra tem que enfrentar esse debate, fazer esse debate na sociedade e, ao mesmo tempo, promover as ocupações.
PIMENTA – Setores do PT apontam uma reação conservadora ao partido, manifestada por exemplo no julgamento do “mensalão”.
VA – É lógico que existe uma ofensiva por parte de segmentos da direita, que não engolem e não aceitam dez anos do governo do PT, mas a sociedade brasileira, por meio das pesquisas, está dizendo que o PT faz uma boa gestão. Eu tenho certeza que, em virtude dessa avaliação positiva, nós iremos governar por muitos e muitos anos. O segredo do governo está justamente nas políticas sociais. Quando o (ex) presidente Lula e a presidenta Dilma fazem Luz Para Todos , Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, trabalham o Brasil Sem Miséria, quando há uma crise internacional e ainda assim, aqui no Brasil, preserva-se o emprego, o salário e a condição de vida das pessoas, lógico que a população reconhece isso.

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da esquerda para direita-Joyce, Dricka,Claudinha, Jana e Grazy

Há muitos anos o condomínio Mar e Sol, no litoral norte ilheense, acolhe o Encontro Internacional de Capoeira, o “Capoeirando”, evento que este ano terá a presença de aproximadamente mil capoeiristas de 15 países. Eles se reúnem à beira-mar, no sítio do Mestre Suassuna, ícone na modalidade esportiva. O período será de 8 a 12 de janeiro.
Um dos destaques do Capoeirando em 2013 será a formatura feminina, programada para as 20 horas de sexta-feira, 11. As meninas – 12 ao todo – fazem parte do Grupo Cordão de Ouro, presidido por Suassuna. Vindas de várias partes do país, elas receberão a graduação de três cores, que lhes confere o título de professoras de capoeira.
Na foto, cinco das formandas: da esq. p/ dir., Joyce, Dricka, Claudinha, Jana e Grazy.
 

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A Secretaria da Educação de Ilhéus abre nesta segunda-feira, 7, o período de matrícula de novos alunos. O procedimento será realizado nas próprias escolas, sendo necessário que os pais ou responsáveis apresentem os documentos pessoais dos estudantes.
Alunos que já pertenciam à rede municipal de ensino em 2012 – e não mudaram de escola – fizeram suas matrículas de 6 a 21 de dezembro.  Aqueles que mudaram de estabelecimento dentro da rede municipal foram atendidos no dia 26 do mês passado.

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Juliana Soledade2Juliana Soledade | jsoledade@uol.com.br
 

Muitos dos cônjuges permanecem juntos, quer seja pela dependência financeira, quer seja pelo bem-estar dos filhos.

 
“Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”
Vinicius de Moraes em seu auge de inspiração e dotado de uma sabedoria poética impar, trouxe em seu Soneto de Fidelidade a aparente e clara percepção sobre a finitude do amor. O elo do amor, paixão e união, pode sim desfazer-se pelo caminho da vida, deixando os sentimentos e a sua “cara-metade” pela estrada e unindo-se a outra, por que não?
Não. Não entenda que o amor nunca existiu. Em verdade, só se apaga uma chama que um dia já foi acesa, do mesmo modo que só se pode extinguir algo que um dia existiu.
Arrisco dizer, que cada vez menos o casamento é feito para a vida inteira, apesar disso, é necessário redobrar a atenção, já que filhos do divórcio, crianças e jovens estão cada vez mais divididos entre o pai e a mãe, pessoas que geraram ou adotaram e são importantes em qualquer estágio do cenário da existência humana.
As incompatibilidades, desequilíbrio em dividir tarefas, rotina, problemas econômicos, falta de diálogo, frequentes discussões e relações extraconjugais, estão entre os primeiros sinais e principais desencantos para continuar o sonho de que “Até a morte nos separe”.
Mesmo com uma vasta quantidade de cenários semelhantes e relacionamentos com histórico de instabilidade emocional, muitos dos cônjuges permanecem juntos, quer seja pela dependência financeira, quer seja pelo bem-estar dos filhos, que ao passar do tempo outros problemas são gerados, com efeitos no nível da saúde e abalos psicológicos.
Contudo, em 2007, a lei nº 11.441, chegou trazendo novidade. Trata-se da facilitação no divórcio, com pouca burocracia, e rapidez em quem decide extinguir o casamento por meio do divórcio. Isto é, para o casal que deseja por fim de maneira consensual, sem filhos menores ou inválidos, poderão evitar a longa espera na tramitação judicial, uma vez que é possível realizar o divórcio em um cartório de notas, sem a presença de advogados.
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O MAR BRAVIO É O MEU RIO MULTIPLICADO

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br
Quando menino em Buerarema, eu não sabia o que era o mar. Aliás, nenhum de nós sabia. Orlandino, o mais velho da turma, gabava-se de já ter visto o mar, em Ilhéus, mas a gente não acreditava – ele, diziam os mais velhos, era mentiroso e fumador de maconha. Mas sabíamos, talvez do livro de Geografia de Gaspar de Freitas, que o mar era feito de água – a maior parte daquelas três quartas partes de que se formava o planeta, segundo a professora Aflaudísia. Na minha imaginação, multiplicado o rio Macuco, obtinha-se o mar bravio, sem tirar nem pôr… Mas eu queria mesmo era ver o bichão bem de perto, frente a frente, meu olho no olhão dele.

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O sono perdido entre o mar e a vizinha

1Serra do Jequitibá

Orlandino dissera que o mar era salgado, mas isso era mentira: pelos meus cálculos, todo o sal das vendas de Gringo e Zé Bazuza não daria para salgar o Poço da Pedra, quanto mais o marzão de Ilhéus. Eu andava com insônia (não só por culpa do mar, mas também de uma vizinha – e o nome dela eu não digo nem sob tortura). Da existência e tamanho desmesurado do mar eu já sabia, pois o vira, meio encoberto e misterioso, lá do alto da Serra do Jequitibá. Foi onde nasceu a árvore símbolo  de minha terra, que lhe dá poesia e proteção (o jequitibá primeiro morreu de velho, mas há um filho que lhe herdou a responsabilidade de guardião de Buerarema.
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Feiro do chocolate Paris 2010Quis ser um pássaro e voar até o oceano

Fizemos muito piquenique (o pastor Freitas preferia “convescote”) ao pé da árvore generosa, depois de caminhar da cidade à serra. De lá tínhamos uma mal definida vista de Ilhéus, com as águas de tanta insônia. Minha intenção nunca confessada era ser um pássaro, bater as asas na Serra do Jequitibá e voar, voar, voar toda a distância entre a serra e o oceano – Marcelo Ganem, menestrel da minha terra, disse isto em verso e música. Cheguei, em sonho desvairado, a pensar que, por magia só cabível em mente infantil, tal poderia acontecer. Mas não precisou. Certo dia, não sei a troco de quê (talvez devido à boa sorte, que sempre me segue)…
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Tonto de emoção, provei o mar salgado
… Fui dar com os costados em Ilhéus, fiquei frente a frente com o mar imenso, tendo, afinal, aquele despropósito de água ao alcance dos dedos. Lembro-me agora daquele menino Diego (de Eduardo Galeano, em O Livros dos abraços) que, trêmulo de emoção frente à grandeza do oceano, pediu ao pai: “Me ajuda a olhar”. Não digo que fiz o mesmo, porque sou um triste menino de verdade, não um inteligente ser de ficção. Apenas, emocionado, levei à boca um pouco daquela grandeza. Provei-o. Era salgado o mar, e muito. O gosto era minha única interrogação, pois o existir a Serra do Jequitibá já me confirmara. Foi bom saber que meu amigo Orlandino não mentia nem puxava. Quer dizer: só um pouquinho de cada coisa.
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SEM RIO OU SÃO PAULO, SÓ RESTA O NADA

5Antônio Jr.Ninguém é profeta em sua terra (equivale a santo de casa não faz milagre). Em matéria de arte, não se chega ao êxito se não romper as fronteiras do próprio quintal. Veja-se apenas na região cacaueira da Bahia: Adonias Filho, Jorge Amado, Hélio Pólvora, Marcos Santarrita, Telmo Padilha, Cyro de Mattos – todos que tiveram maior ou menor notoriedade foram buscá-la no Rio de Janeiro. É no Rio (e, nos últimos tempos, também num lugar chamado São Paulo) que as coisas acontecem; fora desse eixo, é o nada. Exemplos, em contrário (os que nunca saíram daqui): Ruy Póvoas, Jorge Araujo, Euclides Neto, Antônio Nahud Jr., Janete Badaró. Dirão que a música baiana, feita em Salvador, ganha o Brasil e o mundo – mas isto é exceção.

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Na Bahia, os caminhos são obstruídos

Afora minha humilde opinião de que ivetinhas, harmonias, claudinhas, chicletes e danielas ficariam melhor no anonimato, a exceção confirma a regra: Caymmi, João Gilberto, Gal, Gil, Nana, Caetano e Bethânia foram vencer no Rio (e João Ubaldo também, se falamos em literatura). A reflexão me vem a propósito de O desterro dos mortos (Via Litterarum), belo livro de Aleilton Fonseca. Contista excepcional, comparável aos grandes do Brasil, ele não ocupa o espaço nacional merecido – e eu atribuo isto ao fato de (nascido em Firmino Alves) morar em Salvador. Mesmo recebendo incentivadoras menções na Europa, notadamente na França, o autor ainda não foi “descoberto” pelo sul maravilha, o que lhe obstrui os caminhos.
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VÍDEO PROVA QUE O IMPOSSÍVEL ACONTECE

7Billie HolidayOs tenoristas Coleman Hawkins, Ben Webster e “Pres” Lester Young, mais Gerry Mulligan (sax barítono), Roy Eldridge (trompete), Milt Hinton (baixo) e a voz mágica de Billie Holiday juntos – seria um delírio difícil de imaginar até como delírio. Pois, creiam, o encontro aconteceu, em 1957, numa apresentação ao vivo, da qual destacamos Fine and mellow, uma composição da própria Billie. E ainda teve Mal Waldron (piano), Doc Cheatham (trompete), Vic Dickenson (trombone), Danny Barker (guitarra) e Osie Johnson (bateria). O vídeo nos dá, mais de meio século depois, a emoção desse momento raro do jazz (Billie morreria em 1959).
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“Pres”, o favorito de Billie Holiday

Ela canta os primeiros versos do tema, para a entrada de Webster e, em seguida, Lester Young. Billie, em close, tem os olhos brilhantes e segue o solo, balançando a cabeça, como em aprovação ao sopro suave de Young, seu saxofonista favorito – foi ela quem o apelidou de “Pres” (President). Após a segunda intervenção de Lady Day, vem o “choro” do trombone de Vic Dickenson e o som particularíssimo de Gerry Mulligan, o único branquelo do grupo. Mais Billie (“O amor vai fazer você beber e jogar” – Love will make you drink and gamble), para o solo do mestre Coleman Hawkins, meu saxofonista preferido, seguido de Roy Eldridge. Sublime.

(O.C.)

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geraldo simões derrotaO deputado federal Geraldo Simões caminha para sofrer uma grande derrota no diretório local do PT. As executivas nacional e estadual do partido defendem apoio à gestão do prefeito Claudevane Leite, Vane do Renascer (PRB), mas Geraldo resiste. Ainda não se refez do resultado eleitoral em que a esposa, Juçara Feitosa (PT), terminou em terceiro lugar com apenas 16.837 votos, quase um terço das votações individuais de Vane (45.623) e Capitão Azevedo (44.516).
Ainda nesta semana, o diretório e a executiva locais decidirão para qual lado a “estrelinha” deve ir. É forte a tendência de apoio ao prefeito eleito, seguindo orientações dos diretórios estadual e nacional. O “racha” acontece dentro da ala de apoio ao parlamentar, enquanto outros grupos já sinalizaram que vão apoiar a nova gestão municipal, a exemplo daqueles ligados ao deputado federal Josias Gomes.
– Geraldo quer que façamos, contra Vane, uma oposição que nem o Capitão Azevedo (DEM) teve. Ele é pobre em humildade – diz uma fonte que defende apoio ao governo do ex-petista.
O partido de Vane, o PRB, é da base de sustentação dos governos de Jaques Wagner e da presidente Dilma Rousseff. As movimentações locais fizeram com que Geraldo deixasse Salvador para se abrigar em Luzimares (zona norte de Ilhéus) e se mobilizasse na tentiva de evitar a derrota iminente.
Enquanto os dirigentes discutem, petistas começam a ganhar espaço no Governo Vane. Ex-assessor de Geraldo, o comerciante Erivaldo Matos está praticamente confirmado no comando do matadouro municipal, que será gerido em sistema de cooperativa.
Figura histórica do partido, Luciano Estevam já trabalha no gabinete do prefeito, numa composição do próprio Vane com o deputado federal Luiz Alberto (PT). O partido da estrelinha também ganhará espaço na Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), que será transformada em autarquia e se chamará Empresa Municipal de Saneamento Ambiental (Emasa) por uma decisão do prefeito itabunense.
Numa entrevista exclusiva ao PIMENTA em novembro, Vane já sinalizava que o Partido dos Trabalhadores teria espaço em seu governo. Mas deixou claro que fecharia portas para o PT do G, como é chamada a ala geraldista do partido ao qual o prefeito era filiado até setembro de 2011 e dele saiu para concorrer à prefeitura.