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Show da Rosa de Saron levou multidão à Beira-Rio (Foto Pedro Augusto/Divulgação).
Show da Rosa de Saron levou multidão à Beira-Rio (Foto Pedro Augusto/Divulgação).

Aproximadamente 20 mil pessoas lotaram o estacionamento do Espaço Cultural Josué Brandão no encerramento do Festival Multiarte Firmino Rocha, em Itabuna, nesta sexta (2). A principal atração da noite foi a banda Rosa de Saron, que levou uma multidão de católicos à Beira-Rio.

Realizado pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), o festival começou no dia 28 e abriu espaço para música, teatro, cinema e dança.

CRÍTICAS

O evento foi criticado por uma banda local, a Mendigos Blues. Em nota, a banda reclamou da falta de estrutura para as atrações locais e disse que, após divulgação, foi obrigada a se apresentar uma hora antes do programado.

– Fomos expulsos do palco sem ter usufruído de menos de metade do tempo previsto (tocamos 3 músicas, com o som, que diga-se de passagem era bom e deve ter custado muito caro, falhando a todo instante…) em uma atitude de descumprimento do que dizia o edital quanto ao tempo de apresentação…  – informa a nota.

A banda questionou a organização do festival e disse ter ouvido que “A escada é logo ali, podem se retirar!””. Clique no “leia mais” para ler a íntegra da nota da Banda Mendigo Blues.

Nota de esclarecimento da banda Mendigos Blues à organização do Festival Multiarte Firmino Rocha – 2013

Absurda a falta de respeito com a qual @s artistas da cidade são tratad@s pela organização do Festival Firmino Rocha, promovido pela FICC. E fica ainda mais nítida a desvalorização da cultura grapiúna por parte do orgão que deveria fomentá-la quando se compara o tratamento destinado aos grupos daqui com os que vem de fora (que são incluídos de surpresa na programação, tem seus shows devidamente organizados e produzidos, e recebem o valor merecido pelo seu trabalho, ao contrário d@s artistas locais…)

A banda Mendigos Blues teve uma experiência terrível nesse festival. Desde a desinformação quanto à programação, o horário de nossa apresentação foi alterado diversas vezes. inclusive, de última hora depois de termos feito toda a divulgação e convidado o público a comparecer, fomos informados (por que entramos em contato com a organização, diga-se de passagem) que nosso show tinha sido antecipado para uma hora antes do que estava marcado, por causa da atração especial – leia-se de fora da cidade – que foi incluída no evento. Com muita correria para evitar o atraso subimos ao palco com presteza e ao iniciarmos a apresentação percebemos problemas técnicos (microfone sem funcionar, instrumentos mal equalizados, etc.) que a organização e as pessoas contratadas para lidar com isso não fizeram questão alguma de ajudar a resolver, pelo contrário, só pressionaram para que tocássemos logo e de qualquer jeito, mesmo com as reclamações de diversas pessoas do público. Fomos expulsos do palco sem ter usufruído de menos de metade do tempo previsto (tocamos 3 músicas, com o som, que diga-se de passagem era bom e deve ter custado muito caro, falhando a todo instante…) em uma atitude de descumprimento do que dizia o edital quanto ao tempo de apresentação…

E o pior o que ouvimos como resposta aos nossos questionamentos foram frases do tipo:

“A escada é logo ali, podem se retirar!”

Com o sentido de “A porta da rua é a serventia da casa…”

E do próprio organizador do evento, o senhor Fernando Caldas, ouvimos o simples: “Eu não tenho nada a ver com isso…” entre outros desaforos e justificativas para se eximir de uma culpa que, em nosso entendimento deve-se assumir quando se pretende dirigir um orgão público.

Enquanto estivemos lá, conversando com a galera que saiu de suas casas (muitos de outras cidades) pra ver o show que não aconteceu, presenciamos ainda outras cenas lamentáveis, como a exibição de um filme de forma totalmente despreparada e a não exibição de outro filme por causa de “pequenos problemas técnicos”; momentos de intervalo entre uma atração e outra que duraram mais que nossa apresentação; e falas dos apresentadores que deixavam claro o tratamento o quanto a organização do evento estava perdida…

Enfim, pedimos desculpas às pessoas que destinaram parte do seu tempo para nos prestigiar e não tiveram essa oportunidade, seja por que chegaram no horário que havia sido divulgado e não foi respeitado, seja por que chegaram a tempo e o que viram no palco aquela noite não foi uma apresentação da banda Mendigos Blues. Ao contrário da direção da organização do evento, assumimos a nossa parcela de culpa diante de vocês, por termos entrado nessa roubada e acreditado que teríamos o respeito que julgamos merecer, e por isso termos feito o convite para algo que não nos foi possível cumprir. Nossas sinceras desculpas e imensa gratidão.

Por fim deixamos claro que para nós é revoltante saber que o que se está fazendo com o dinheiro público que deveria ser voltado para o fomento à arte e cultura na cidade é na verdade um desrespeito à classe artística e à população.

Esperamos que as pessoas dessa cidade não se contentem com o pouco que lhes é oferecido e saibam que não estão recebendo nenhum favor do poder público, muito pelo contrário, estão sendo privados do que lhes pertence por direito.

A banda Mendigos Blues continuará levando o nome de Itabuna e da região cada vez mais longe… Sigamos juntos nessa caminhada!

Banda Mendigos Blues

18 respostas

  1. A falta de respeito e desorganização não foi so com o grupo musical, mas com os que inscreveram filmes e vídeos, teatro etc. No caso do cinema: foi informado na sexta quais os vídeos selecionados, com exibição divulgada para quarta, à partir das 19hs. Na segunda levei 3 copias do video selecionado, mas às 19:20 da quarta, recebi uma ligação da Ficc dizendo q precisavam de outra copia. Infelizmente o vídeo não foi exibido. Segundo a FICC foi exibido na quinta as 18hs para um publico 000 pessoas. A senhora Raquel Rocha, tb selecionada para exibido o seu dic, ficou das 18js as 22hs da quarta feira e não teve o seu vídeo exibido e nem foi informada que houve problemas. Para além da questão de coibir ou não, a tela e projetor utilizados sao equipamentos para palestras internas e não exibição publica em local aberto. Quanto aos grupos de teatro: não tiveram suporte algum em um palco q nunca foi o ideal para este fim, além de selecionarem um monologo pesso chamado esfíncter. A falta de espeit a todos os artistas locas aconteceu ar à sexta feira, nde as bandas que segundo o edital teriam 50 min de apresentação foram expulsas do palco com apenas 3 musicas tocadas rum grupo Gospel teve uma apresentação de 1:20 antes do show do Rosa de Saron. O festival é muito importante para itabuna, é uma possibilidade dos artistas lo ais terem seus produtos exibidos e trocar experiência com outros realizadores, coisa q o festival não proporcionou. A FICC teve uma excelente iniciativa de levar o festival para a rua, mas deveria ter o mínimo de respeito e compromisso com os profissionais q ali estavam. Novamente, como em outros anos a culpa é da MM Estudio, empresa contratada a mais de anos sem licitação. Tem tanta coisa errada q não sei nem por o de começar, afinal o festival poderia não si ter saúdo dinheiro dos cofres públicos, valor este não divulgado, mas tb com uma Boa organização poderia trazer muita grana para a cidade, através de hotéis, restaurantes e etc, se a Ficc tivesse divulgado o evento com o meo tamanho q se empenharam em trazer os “grandes artista”. Um festival q pretende formar publico diferenciado para a arte abrir o festival com Tsunami e tiros foi maravilhosamente profano e terminar com Rosa de Saron foi extravagantemente santo.

  2. Será o marido?

    Fernando Caldas atingiu algum marido traído com seu lado Lupicínio ou inflamou as feministas com sua pegada fortuita?

  3. Completamente solidário ao Mendigos blues, pois falou com conhecimento de causa e disse o que quase todos não dizem, por temer a perda do espaço que já não tem. A população de Itabuna precisa voltar os olhos para as cidades que dão certo no nosso país e procurar seguir ou ao menos exigir dos governantes que sigam os exemplos de sucesso. Tanto a administração pública, quanto as empresas que prestam serviço deveriam sim incentivar cada vez mais a cultura da cidade, da região, pois é um meio “também” de atrair recursos, através de bons projetos (se é que sabem fazer algum) que realmente fomentem a cultura, pois é a principal forma de diminuir a criminalidade… SAÚDE, EDUCAÇÃO E CULTURA. Não basta colocar uma pessoa que tem conhecimento social, cultural e artístico, como o Fernando Caldas e a mesmo tempo boçal, irônico, sem compromisso com a arte local. Uma pessoa que tem nível técnico, porém nenhum respeito pelos artistas regionais. Por isso que a coisa não anda aqui em Itabuna. Sou apolítico, torço pela renovação cultural desta cidade, pois é a cidade que escolhi para viver, ter meus filhos e fico indignado quando sei desse tipo de coisa.

  4. Com todo respeito a Lupicínio faço uma correção: Fernando Caldas eh uma espécie de Lupicínio pós moderno vanguardista, com a coragem de declamar: “Vou comer seu marido!”

  5. Engraçado que fizeram esta festa e até hoje não pagaram os servidores da educação e da saúde. Será que usaram nosso dinheiro neste evento? A verba já chegou faz tempo. Quem trabalha pra prefeitura não sabe que dia recebe dinheiro, cada mês é uma data diferente.

    Aproveita Vane seus 03 anos e meio de mandato.

    Ps: sou concursada, não entrei pela janela.

  6. A crítica construtiva é muito importante. Mas para alguns (como Victo Aziz)a crítica está eivada de algo tendencioso (por ter algo contra alguém da diretoria da FICC). O festival, que não aconteceu no ano passado, e neste ato foi em praça pública, levando o que há de melhor em termos de equipamentos e de organização, para que o artista local pudesse se apresentar em praça pública. Parece que os filmes de VICTO AZIZ não atrai público algum, será que não tem qualidade????

    Sou morador do São Caetano e vivencio a boa cultura desta terra grapiúna.

  7. A culpa não é de Fernando Caldas e do Presidente da FICC pq ele é escrivão da Policia Civil não sabe o que é cultura pior ainda não sabe administrar nada.Os funcionários tem que ter sua função ,pelo que vir na FICC ninguém tem função própria são uma ruma de quebra galho .Cade Mara????? tem gente que ganha dinheiro nem la vai trabalhar.OUTRA COISA O PRESIDENTE COMPROU UMA TEVE ENORME E COLOCOU NA SALA DELE,PRESIDENTE TV É EM CASA NÃO EM TRABALHO. Vane acorda ESSA É A MUDANÇA???????

  8. Acho interessante o blog Pimenta, que muitas vezes não libera alguns comentários simplesmente por falar alguns nomes e depois libera outros como esses do “No golpe não”, de extrema falta de gosto, cultura e até respeito. Por isso que Itabuna não vai pra frente, pois não sabe discernir o que é certo, o que é democracia e o que é egoísmo. Aliás, nunca precisei do poder público dessa cidade, sou muito bem casado e tenho discernimento suficiente para o debate saudável sem que precise apelar. Por isso mesmo que fiz questão de colocar meu nome e não ficar me escondendo atrás de um pseudônimo(péssimo, por sinal).

    Da Redação: Charles, o comentário de “No golpe não” faz referências a uma música de Fernando Caldas. Veja no link: http://157.230.186.12/2010/01/17/quizumba-2/

  9. Quando me disseram que o Rosa de Saron exigiram o palco só para eles eu achei que era frescura da banda, porém quando fui assistir ao show eu compreendi a banda. Eles montaram seus equipamentos com muito carinho…os telões no palco foi uma surpresa maravilhosa. Shows como estes devem se repetir na nossa cidade. O povo precisa ter acesso a cultura, principalmente aquela chamada “CULTURA DO BEM”

  10. A FICC ESTA PASSANDO PELOS PIORES MOMENTOS NA SUA ADMINISTRAÇÃO, DEPOIS DE PASSAR GRANDES NOMES PELA PRESIDÊNCIA DA FICC, AGORA É A HORA DE UMA NOVA DIRETORIA SEM PERFIL ALGUM, IMAGINE, TEMOS UM POLICIAL CIVIL E GEÓGRAFO NA PRESIDÊNCIA E DOIS ASSESSORES TIPO FERNANDO CALDAS UM SONHADOR QUE, COMEÇA MAIS NÃO TERMINA, DEIXA TUDO PELO MEIO DO CAMINHO E POR OUTRO LADO, MARA RUTE QUE SÓ ENCHE LINGUIÇA PROMETE MAS NÃO FAZ NADA, VANE ABRA OS OLHOS ENQUANTO É TEMPO, VAMOS TER QUE MUDAR TUDO DE NOVO, ACREDITAMOS EM VC.

  11. Falta de respeito com os músicos de Itabuna, isto é valorizar a cultura do povo Grapiúna? Enquanto a liberdade de expressão, vc tem razão Charles Williams, o Pimenta não libera todos os comentários, ficando a disposição de não merecer a nossa confiança e sim de outros blogs. Senhor Roberto José da Silva e Fernando Caldas respeita nosso povo. Esse é o governo Vane kkkkkkkkkkkkk, o povo pediu e está tendo.

    Da Redação: “Carol Fernandes”, comentar é responsabilidade, inclusive judicial. Moderar, também. Por isso, o cuidado na liberação de comentários.

  12. Em resposta ao senhor Victor Aziz! O referido Monologo do esfíncter foi selecionado no meio d muitos outros espetáculos inscrito, e tenho certeza que agradou o publico ali presente, quanto ao resto so enho que reclamar da fala de apoio no camarim se podia chamar aquilo de camarim, sem uma cadeira, espelho sem nada para acomodar os artista, aquele lanche servido também era um horror.mais parabenizo a ficc pela iniciativa e pelo novo formato que foi dado ao festival, e espero que aprendam com os erros cometidos deste ano .

  13. A FICC, na pessoa do seu presidente e demais diretores estão de parabéns pelo novo formato do FESTIVAL MULTIARTE, por atrair o público para assistir o artista local, que não tem público e nem mesmo se organiza para convocar plateia. Este, pelo que vi a acompanhei todos os dias do festival, é o modelo a ser seguido. As críticas de alguns, está de fato relacionada a dor de cotovelo, pois tratam-se de pessoas Medíocres e que nada fazem pela cultura local, a não ser trabalhar em um pequeno gueto, com aquilo que diz ser cultura.
    Espero que no próximo ano seja melhor, com mais atrações, e por favor repitam o mega show do mano EDSON GOMES e desclassifiquem as inscrições das viúvas, que sofrem da famosa dor de carno.

  14. Parabenizo a Ficc pelo novo formato do Festival Multiarte, espero que o ano que vem se repita e venha melhorar ainda mais, houve erros sim houve, mais isto é bom pois serve para que possa se melhorar, é com os erros que aprendemos, sempre critico a FICC por seus erros, e desta vez venho defender e parabenizar por seus acertos.
    Mais uma vez quero deixar aqui os meus parabéns pelo belo trabalho realizado.

  15. É Figura! Parece que vc é vidente ou paranormal p ver tanta alma em um espaço vazio, pois foi isso que se viu quando os artistas locais se apresentaram no Festival Multiarte Firmino Rocha que conseguiu ser nessa edição o pior fiasco de todos os tempos além de ser o maior desperdício (ou embolso…!) de dinheiro público em um evento cultural em Itabuna! O mais patético foi trazer “os enlatados de última hora, só p encher o espaço no fim do festival e disfarçar o fracasso dessa administração. Foi vergonhoso o que fizeram com a banda Mendigos Blues, que leva p todos os cantos do Brasil o nome de Itabuna e a histórias dos seus personagens mais notórios, assim como fizeram logo após a apresentação da banda com o filme do cineasta Claudio Lyrio sobre os assentamentos de reforma agrária, que foi interrompido no meio, porque a os “quebra-galhos” (des)organização ñ cumpriram com a programação nem se articularam para cumprir o horário tendo o mínimo respeito, com os artistas e o pequeno público que só estava enfrentando aquelas noites de inverno no meio da rua para ver os artistas locais “ou as bandinha regionais” como pejorativamente muitos dos produtores culturais locais as chamam!!! Agora vamos parar com esse puxa-saquismo mela cueca de quem foi apenas regurgitar novamente o enlatado que tem sempre o mesmo gosto (ñ de todo o ruim) mas supervalorizado e massificando este como cultura hegemônica. E ñ foi só mérito dos artistas locais, serem expulsos do palco. No domingo, a apresentação do Mou Brasil, um músico renomado internacionalmente, foi interrompida na terceira música… pq o apresentador tinha que avisar “o Tsunami já estava na área” entupindo a população de violência, Baixaria e Sexismo…
    Vai ver que essa é a “FÓRMULA DO SUCESSO” dessa edição né!?

    ” Excluem o nacional, importam o enlatado
    pobres no cocho comem lavagem encantados.
    Suas marcas, suas patentes…
    Suas modas, seus presidentes…
    Que seja a deles a nossa vontade,
    povo boçal, não tem liberdade…”

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