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MPT aciona Lojas Americanas por desrespeito à saúde e segurança dos trabalhadores.
MPT aciona Lojas Americanas por desrespeito à saúde e segurança dos trabalhadores.

A filial das Lojas Americanas no Shopping Jequitibá, em Itabuna, foi acionada na Justiça do Trabalho e pode ser condenada a pagar indenização de R$ 5 milhões por descumprir normas de segurança e saúde do trabalhador. A ação, movida pelo Ministério Público do Trabalho em Itabuna, será julgada na 2ª Vara do Trabalho em Itabuna.

Durante as inspeções, conforme o procurador do Trabalho, verificou-se trabalhadores sofrendo desgaste físico e estresse psicológico para acelerar o ritmo de trabalho nos caixas, monitores de caixa em altura inadequada e cadeiras para digitação sem apoio para o antebraço.

CHOQUE ELÉTRICO

Segundo o procurador do Trabalho Ilan Fonseca, as inspeções realizadas pelo Centro de Regional de Referência em Saúde do Trabalho (Cerest) e por perito em engenharia e segurança do trabalho constataram as falhas. Foram cinco anos de inspeções e tentativas frustradas de acordo para correção dos problemas.

Ainda na ação do MPT, são citadas “inexistência de ginástica laboral e de pausas programadas durante a jornada e problemas de espaço da bancada do caixa, insuficiente para o manuseio das mercadorias e baixo para permitir a movimentação dos membros inferiores”.

– Após as três inspeções, que ocorreram em um intervalo de cinco anos (2006 a 2011), percebemos que as Lojas Americanas se preocuparam muito pouco em sanar as irregularidades apontadas, bem como profundo desrespeito às instituições que realizaram as vistorias – disse o procurador Ilan Fonseca.

Durante as inspeções, foram verificados riscos de acidentes nos depósitos dos andares térreo e superior devido ao acúmulo de mercadorias empilhadas. Segundo Fonseca, as mercadorias ficam espalhadas pelos corredores do depósito e pela escada.

Os operadores comerciais de alimentação, cita o procurador, correm riscos devido ao uso de força e de movimentos repetitivos, “tudo isso por um longo período e de forma contínua”. Os risco de choque elétrico também foram citados pelo procurador com base nos relatórios das vistorias realizadas em cinco anos.

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