Ricardo Ribeiro | [email protected]
É imprescindível punir os maus, mas um autoexame também se faz necessário. Ou o combate ficará apenas na superfície e, logo que trocadas as peças no tabuleiro, o jogo continuará o mesmo.
Neste Domingo de Páscoa, peço compreensão a Deus para entender o momento que o Brasil atravessa. Guerra (política), epidemias (dengue, zika e chikungunya), falta de água nesta cidade sem rumo… Sensação de Apocalipse, de que o mundo está para acabar a qualquer momento!
Sobre a política, o que o momento nos diz? Possíveis interesses sub-reptícios disfarçados sob o manto do louvável combate à corrupção. Quem pode ser contra a condenação dos ladrões do erário? Mas estaremos inocentes ao acreditar que tudo se limita a essa cruzada do bem contra o mal?
O medo de que a democracia sucumba é crescente e justificável. Juízes que se portam como inquisidores, transbordando parcialidade e paixões, somente despertam desconfiança. Mas a maioria da assistência se conforta com a fachada da causa justa.
Está difícil conter o estouro da boiada e agora, aparentemente, só nos resta orar. Pedir a Deus pelo Brasil, para que este país enfim se torne uma nação de verdade, onde seus filhos sejam respeitados, onde o coletivo prevaleça sobre o individual, onde a ética se aparte da demagogia e se concretize na prática, onde o povo tenha discernimento para não ser tangido feito boi de um lado para o outro, sem saber para onde está indo.
Que a verdade seja plena e o combate, honesto! Boa parte do público já percebeu que nesse faroeste não se dá uma briga de mocinhos contra bandidos. O enredo sugere que estão todos com as mãos sujas: protagonistas, coadjuvantes e, ora, até os espectadores. Como disse Jesus diante da mulher adúltera, “atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado”. E todos se aquietaram.
É imprescindível punir os maus, mas um autoexame também se faz necessário. Ou o combate ficará apenas na superfície e, logo que trocadas as peças no tabuleiro, o jogo continuará o mesmo.
Somente aí muitos entenderão qual é o problema real desse país…
Ricardo Ribeiro é advogado.
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Em tudo que se faz existe sempre a possibilidade em haver aproveitadores, sabotadores e etc, porém o mais importante para o País e que pela primeira vez em sua história, parte do Judiciário está cumprindo com rigor e de forma destemida, os rigores da lei, não distinguindo fortes e fracos.
A corrupção sempre existiu e continuara a existir, porém, governo petista, conseguiu implementar uma prática de desvios de dinheiro sem precedentes em nossa história. Os governantes petistas montaram uma gigantesca estrutura criminosa a serviço de um projeto de perpetuação no poder.
Não reconhecer isso como uma verdade, é ´um ato desonestidade com si propio.
Na minha opinião temos que repudiar e execrar de vez com a corrupção, o problema e que não vejo ninguém pra assumir a presidência, pois nossa oposição estão todos com as maos sujas, e na cela que estão querendo colocar lula, cabe muito mais gente.
Resumindo: O que esse indivíduo disse é o mesmo que dizer que a polícia não deve prender os ladrões, deve-se deixá-los a solta pelas ruas roubando e ceifando vidas inocentes, antes disso, deve-se prender os traficantes, que alimentam o crime nas ruas.
“Erario público” é redundância! O erário é público!
Boa observação, Leo! Já corrigido.
Olha, Ricardo,é verdade o que vc observa. Mas lembrar que a maior indignação é quanto a um Partido que vinha como reserva moral de esperança de redenção política para o País. Decolar politicamente até chegar à presidência do País apontando as mazelas dos outros e chegar lá fazer muito, muito pior é que desanima o povo brasileiro. Mas vamos pradiante, a história não acaba aqui. Comecemos tudo de novo!
Mudança é a única palavra que se aplica no momento atual. No plano político e as suas mazelas, consolidam esse princípio basilar da administração. A corrupção que grassa todos os quadrantes da política brasileira é reflexo dessa ação dos que estão no poder em tornar-se vitalícios.