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Ministro Geddel perigando e o prédio motivo da possível degola.
Ministro Geddel perigando e o prédio motivo da possível degola.

O rumoroso Caso La Vue tomou corpo e aumentou ainda mais a pressão sobre o ministro Geddel Vieira Lima, após envolver, também, o presidente da República, Michel Temer. Ambos foram gravados em diálogos com o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.

Calero ‘pediu pra sair’ depois de, segundo ele, ter sido pressionado pela dupla peemedebista para que o Iphan liberasse a construção do La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador, com 30 andares. O órgão do Ministério da Cultura havia se posicionado contra a obra por afetar o ambiente daquela região onde há patrimônios históricos tombados.

Ontem, Calero depôs, espontaneamente. Mais que isso, revelou à Polícia Federal gravações feitas das pressões exercidas por Temer, Geddel e um segundo ministro, Eliseu Padilha, da Casa Civil.

Os governistas tentam, pelo menos, salvar a pele de Temer ao dizer que ele não pressionou o ex-ministro Calero. Ao sugerir a entrada em cena da Advocacia Geral da União (AGU), teria apenas apontado caminho legal para resolver conflito de interesses público e privado. Porém, observa-se que o baiano teria ficado, segundo Temer, irritado com a objeção ao prédio com 30 andares. Geddel é dono de um dos apartamentos a serem construídos – se a justiça deixar – no La Vue.

O caso envolvendo interesse pessoal de um ministro e a pressão dele e outros nomes de peso do governo sobre Calero levou a oposição até a falar em impeachment do presidente Michel Temer. Por enquanto, falta o baton na cueca: os diálogos gravados.

Quem vazará?

Ainda ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) enviou as informações do caso para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). Geddel corre sério perigo no cargo. Quanto a Temer, que prevaricou a se confirmar a versão do ministro, dependerá do ministro baiano. Por este ângulo, a queda do Vieira Lima mais conhecido é iminente.

Uma resposta

  1. Se a obra foi embargada a nível nacional tanto pela gestão legitimante eleita e continuou na gestão golpista, não seria o caso de investigar a instrução local que liberou a obra???. Perguntat não ofende.

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