Os funcionários da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas do Monte Cristo, em Itabuna, entraram nesta terça (29) no segundo dia de greve. Eles cobram pagamento do salário de abril. A unidade tem 78 funcionários e 4 médicos. A equipe custa à unidade R$ 365 mil mensais.
A UPA presta uma média de 200 atendimentos por dia, de acordo com João Evangelista, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi) e membro do Conselho Municipal de Saúde de Itabuna. João Evangelista disse que o secretário de saúde do município não está se importando com a situação dos servidores da UPA e muito menos com a assistência aos usuários.
Conforme a direção do Instituto Bom Jesus, que administra a UPA, o secretário de Saúde, Deivis Guimarães, após mais de 3 horas de reunião, nesta segunda (28), não falou nada sobre o pagamento dos serviços prestados no mês de abril.
João Evangelista estranha o motivo do atraso no repasse ao Instituto Bom Jesus. “Não sabemos o motivo do não repasse para empresa que administra a unidade, mas ele é corresponsável pela situação dos trabalhadores, que apenas reivindicam o pagamento do salário de abril”. E acrescenta: “A unidade possui tem um atendimento de excelência, climatizada, com bons profissionais que nesse momento passa por esses constrangimentos”, observa João.
IMPASSE
O impasse deixa funcionários sem salário e usuários do SUS sem atendimento. Para cumprir a legislação, apenas 30% dos funcionários trabalham enquanto perdurar a greve. Os atendimentos são apenas os mais graves neste período. A greve torna ainda mais grave a situação dos usuários, porque a UPA foi aberta em substituição ao Hospital São Lucas.
