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Produtos do sul da Bahia já são comercializados até em outros estados

A agricultura familiar, que juntamente com os pequenos produtores responde por cerca de 80% da produção de cacau do sul da Bahia, é um dos destaques do Festival Internacional do Chocolate e Cacau (Chocolat Bahia 2018). O evento vai até domingo (22), no Centro de Convenções de Ilhéus.
Um dos destaques da Chocolat Bahia é a Bahia Cacau, da Cooperativa da Agricultura Familiar da Bacia do Rio Salgado, que  já comercializa os chocolates premium, com uma produção de 800 quilos por mês, com 35%, 50%, 60% e 70% de cacau, além de nibs – pedaços de amêndoas de cacau torrados e triturados – e trufas. São cerca de 200 cooperados, que cultivam amêndoas selecionadas.
Por meio de um convênio com o projeto de apoio à agricultura familiar Bahia Produtiva, foi aberta uma loja de fábrica em Itabuna, onde parte da produção é vendida. “Nosso desafio é investir cada vez mais em qualidade, buscando a conquista de novos mercados e o Festival do Chocolate é uma excelente oportunidade para divulgação da marca e conhecimentos sobre novas tecnologias”, afirma Ozana Crisóstomo do Nascimento, diretor  da cooperativa.

DEMANDA CRESCENTE 
Outro destaque do evento é a Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopesba), que aproveita o potencial do Litoral Sul e Baixo Sul na produção de cacau para a fabricação de chocolates finos, achocolatados, nibs e amêndoas caramelizadas.
A cooperativa, que possui 1.200 associados, investiu na implantação de uma fábrica de chocolate, com uma produção atual de seis toneladas por mês, parte dela comercializada através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “A produção de chocolates e outros derivados de cacau tem permitido a melhoria na renda das famílias e estamos trabalhando no sentido de ampliar a capacidade de comercialização, já que existe uma demanda crescente por chocolates finos”, destaca o diretor da Coopesba, Rogério Assunção.
No Armazém da Agricultura Familiar e Economia Solidária, um espaço que reúne cooperativas e associações das regiões Sul, Baixo Sul e Sudoeste e são comercializados produtos como chocolates, amêndoas, nibs, doces, cachaça, frutas, licor e  peças de artesanato.“Estamos divulgando o potencial da agricultura familiar e importância da economia solidária como fonte de geração de empreso e renda”, diz Gilcélia de Souza Santos, do Centro de Economia Solidária/Litoral Sul.
ESCOLA DO CHOCOLATE 
A Fábrica Escola do Chocolate  do Colégio Estadual de Ilhéus, que atende cerca de 300 alunos de cursos técnicos de Educação Profissional, está presente no festival com um estande com apresentação de técnicas de produção e demonstração dos chocolates finos e bombons.
A produção da unidade ilheense é destinada à merenda escolar da rede pública e também à comercialização por microempreendedores  e cooperativas que também podem utilizar a estrutura como incubadora de novos negócios. A estudante do curso profissionalizante de nível médio em Agroindústria, Cleidiane Alves, afirma que “a fábrica de chocolate permite que a gente coloque em prática os conhecimentos em sala de aula, criando uma ótima perspectiva de futuro profissional”.
O superintendente de Educação Profissional e Tecnológica da SEC, Durval Libânio, ressalta que “as fábricas-escola de chocolate integram a comunidade escolar com a região e incentivam o empreendedorismo entre os estudantes, para atuarem num mercado em expansão. No  caso de Ilhéus é simbólico que e escola esteja localizada no bairro onde opera o Porto do Malhado, que sempre foi exportador de matéria prima e hoje vivenciamos uma nova realidade, formando uma geração de produtores de chocolate”.

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