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Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

 

 

Vencido o desafio da construção da agenda do cacau, devemos cobrar dos deputados votados em nossa região o compromisso de defender nossas bandeiras, contando, especialmente, com a participação dos mandatos de Josias Gomes, Rosemberg Pinto e Eduardo Salles, por terem maior vínculo com o nosso território.

Há muito a região cacaueira discute e, ao mesmo tempo, reclama da necessidade de se fortalecer politicamente para o enfrentamento dos nossos principais fatores limitadores do desenvolvimento. A cada eleição, essa mesma fala se repete e, por mais que elejamos figuras locais, esse vazio continua a ser registrado. Uma espécie de círculo vicioso de transferência de responsabilidade.

Faz-se necessária a compreensão de que essa situação precisa ser vencida para superarmos as nossas fragilidades socioeconômicas. Transferir única e exclusivamente para os ombros dos eleitos aos parlamentos estadual e federal não responde de forma correta a percepção das lacunas existentes entre discurso regional e a realidade concreta, uma vez que falta à nossa região cacaueira uma consciência de unidade de propósito com vistas a explorar as potencialidades e construir uma agenda capaz de alavancar um novo ciclo.

Ainda nos guiamos sobre a lógica das cidades-polo, não compreendendo os territórios de identidade como diretrizes para firmarmos um novo olhar. Algumas lideranças insistem em alimentar o bairrismo entre as duas maiores cidades da região, Itabuna e Ilhéus.

Chegamos ao século XXI e ainda não compreendemos o entrelaçamento das fronteiras dessas duas cidades – o fenômeno da conurbação. Por aqui, ainda brigamos por palmos de terras, sem a percepção necessária de que somos economias complementares e que precisamos unir força política e, juntos, puxarmos a discussão em favor de uma ampla e coletiva agenda regional – uma espécie de levante.

Itabuna e Ilhéus precisam compreender que se a região for bem serão elas quem mais se beneficiarão em função da estrutura de serviços, comércio, comunicação, educação, indústria, saúde, turismo de lazer e negócios. Enfim, em todas as áreas possíveis.

O início da construção de nossa agenda regional inevitavelmente acontecerá por força dos consórcios de saúde e dos consórcios territoriais. As células de conhecimento e com força propositiva terão que ajudar nessa sistematização: Uesc, UFSB, Ceplac, IFBA, Amurc, IBC e faculdades privadas, dentre outros. O desafio está sendo lançado e a nova safra de prefeitos e prefeitas exercerá papel fundamental nessa dinâmica, forçando as cidades-pólo a se reinventarem para não serem atropeladas como líderes desse processo.

Esse indicativo pode ser visto nas pesquisas de apoio popular, nas quais os gestores melhores avaliados estão nas cidades de menor porte, numa clara mensagem de necessidade de releitura e mudança de atitude de governança por parte dos gestores de Itabuna e Ilhéus. Devendo, inclusive, ter a percepção de que a união territorial é uma clara sinalização do nascimento de uma região metropolitana. Não dá mais para compreendermos o espaço das nossas cidades de forma isolada. O tempo atual não nos permite ser ilhas.

Vencido o desafio da construção da agenda do cacau, devemos cobrar dos deputados votados em nossa região o compromisso de defender nossas bandeiras, contando, especialmente, com a participação dos mandatos de Josias Gomes, Rosemberg Pinto e Eduardo Salles, por terem maior vínculo com o nosso território. A esses, pela identidade, representatividade e desempenho eleitoral, nossa confiança para juntos alcançarmos a materialização desses anseios.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades.

0 resposta

  1. Os três deputados há 18(dezoito) anos com o poder de cabo a rabo literalmente no Brasil e nada fizeram,agora vai fazer? Este olhar de bairrismo é inexistente,bem como o olhar regional,o Brasil hoje visto como uno,um por todos e todos por um,faz parte do passado de ilhas,uma vez que essas unidades insoladas separadas por castas sociais,”é nós contra eles” isso acabou,hoje somos o Brasil do Norte a Sul ou do Iapoque ao Chuí.

    As sofras de prefeitos ainda não ocorreu nestas bandas,pelo simples fatos bem
    visível que até cegos verem,PT continua simbolo de trevas,embora o Brasil mudou
    porem,a Bahia não. É só olhar o Congresso Nacional,mas a Bahia mandou para este
    ente,piores representatividades,ou seja,uma vergonha para homens e mulheres de bem da Bahia.

    Entretanto,a mudança virá,o que faz parte da natureza humana e será a derrocada de PT na Bahia e surgir sangue novo literalmente na arte da política,por sinal é uma das profissões mais antiga do mundo e nobre,uma vez que a mesma,seja feita
    com ética,transparência,honestidade e principalmente,exercer de forma impessoal
    olhar sempre para as pessoas e jamais para o pessoal,seja sacerdócio da humildade no brilhante ofício do cargo público,que é servir e sempre servir e nunca se servir.

    O Brasil é exemplo de Mudança,veja que um candidato ao cargo mais importante da Nação sem aparecer no horário eleitoral e ganhou a eleição,a Bahia não,Ilhéus
    e Itabuna não,isto sim,as trevas continuam e o nordeste idem. A mudança só vem
    com pessoas de novas ideias e pensamentos e acima de tudo ótimo caráter,zelar pela cidade,estado é zelar pelo Brasil.

    Enfim,a Bahia com PT vem mudança? Itabuna com Sr.Fernando Gomes vem mudança?
    Ilhéus com Jabes Ribeiro vem mudança?Só vem mudança se todos numa só voz bem alto gritar e gritou e teve mudança: Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!

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