Projetos de pesquisa inovadores desenvolvidos por estudantes do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), do campus de Valença, no baixo sul do estado, estão entre os premiados na edição de 2019 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Considerada como uma das maiores mostra de ciências e engenharia do Brasil, a Febrace foi realizada na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP).
O evento reuniu mais de 300 projetos de iniciação científica de estudantes de ensino médio de todo o país. Da Bahia, o projeto “ACAPELA: Aparelho e Comunicação Alternativa para Pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica” foi um dos grandes destaques da Feira, obtendo reconhecimento em quatro categorias.
O projeto ficou em 2° lugar na área de Ciências Exatas e da Terra, conquistou o prêmio da Associação de Engenharia e Ciências de Yale (YSEA), que reconhece os trabalhos de maior destaque em Ciência da Computação, Engenharia, Física ou Química, o prêmio da Feira Internacional de Ciências e Engenharia(Intel ISEF ) e também foi o melhor colocado entre os projetos da Bahia, obtendo o prêmio Destaque Unidades da Federação.
A ideia de criar um recurso de tecnologia assistiva de baixo custo, com foco especificamente na comunicação alternativa para que pessoas acometidas pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) pudessem se comunicar, literalmente, num piscar de olhos, foi desenvolvida pelos estudantes Saulo Marcos, Evandro Moreno e Hillary Nunes, sob orientação dos professores Leandro Teixeira e Gustavo Sabry.
O dispositivo (um tipo de óculos) interpreta os comandos da pessoa com ELA e monta as sentenças, letra a letra, que, por sua vez, são expostas em um display. A versão mais sofisticada do sistema permite também que o paciente digite mensagens no computador e, além disso, que possa manuseá-lo. O intuito é de que a tecnologia facilite a comunicação das pessoas com ELA, promovendo autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
IF BAIANO DE CATU
Outro projeto do IF Baiano, a pesquisa “Raiz, identidade e empoderamento: Um estudo histórico-químico da ditadura dos padrões de beleza dos cosméticos na sociedade contemporânea”, desenvolvido pelas estudantes do curso técnico em agropecuária do Campus Catu, Juliana Caldeira e Maria Rafaela Matos, foi um dos destaques da categoria Ciências Humanas e premiado com a publicação do trabalho na revista nacional InCiência.
O trabalho, que conta com a orientação dos professores Saulo Capim e Emili Abrahem, tem como objetivo estudar a formação da identidade nacional e sua relação com a imposição da globalização dos produtos de cosméticos voltados para cabelos crespos e cacheados.
