O corpo de Mateus dos Santos Consta, de 23 anos, será sepultado na manhã desta quarta-feira (4), na cidade de Maracás, no sudoeste da Bahia. O jovem é uma das nove pessoas que morreram, provavelmente, pisoteadas durante uma ação da Polícia Militar, no domingo (1º), na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo. Outras 12 pessoas ficaram feridas numa tentativa de deixar o local.
Mateus mudou-se para São Paulo há cinco anos e morava sozinho em Carapicuíba, na Grande São Paulo, onde trabalhava com o irmão Moisés dos Santos como vendedor de produtos de limpeza. Silvia Ferreira Gonçalves, companheira do irmão de Mateus, informou que o cunhado era acostumado a frequentar a festa e que nunca tinha ouvido relatos de violência no local.
De acordo com Moisés dos Santos, com quem Mateus chegou a morar, o irmão estava juntando dinheiro para voltar para Maracás.”Ele estava tirando carteira de motorista e juntava dinheiro para comprar uma moto. Dizia que ia trabalhar de motoboy e, nas horas vagas, ajudar nosso pai, que é lavrador”, contou Moisés dos Santos ao G1.
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou procedimento para investigar atuação dos PMs e a Polícia Civil abriu inquérito. Na versão dos PMs, a ação visava prender dois homens que fugiram em direção ao baile funk. Mas os moradores dizem que não houve perseguição a suspeitos, mas uma emboscada armada pelos policiais. A festa reunia cerca de 5 mil pessoas, que tentaram sair do local por um beco.
