Confira a lista dos 150 filmes que serão exibidos na 7ª edição do Feciba
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O 7º Festival de Cinema Baiano (Feciba) divulgou nesta sexta-feira (19) a lista dos 50 filmes que serão exibidos na edição deste ano. Serão 10 longas, 10 médias e 30 curtas-metragens produzidos por baianos nos últimos cinco anos.

O produtor executivo e diretor artístico Edson Bastos ressalta que é uma tarefa muito difícil escolher os filmes que vão participar de um evento, pois obras muito boas ficam de fora. “Mas a curadoria do Feciba fez um excelente trabalho. Uma equipe diversa e competente que se dedicou durante dias de visionamento e horas de diálogos intensos para chegar ao resultado dos 50 filmes que vão fazer parte desta edição do festival”, reitera.

O tema deste ano – Dentro de casa, asa – reflete bem o que o público pode esperar das mostras deste Feciba. Devido à pandemia de Covid-19, a programação deste ano será totalmente online, além de gratuita, incluindo as mostras, quatro oficinas e vinte debates transmitidos ao vivo. A programação acontecerá de 15 a 26 de março.

CURADORIA

Para a tarefa de escolher entre as produções inscritas, entrou em cena um time de 11 curadores escolhidos em seleção realizada entre janeiro e fevereiro. Foram eles: Cláudio Lyrio (Itabuna), Enoe Lopes Pontes (Salvador), Euclides Santos Mendes (Pindaí), Jhefferson Jhekson (Cruz das Almas), José Araripe Júnior (Salvador), Lecco França (Salvador), Marialva Monteiro (Rio de Janeiro), Marise Urbano (Salvador), Michel Santos (Luiz Eduardo Magalhães), Naira Évine (Salvador) e Ruthe Maciel (Juazeiro).

José Araripe Júnior, um dos curadores dos longas-metragens, não esconde a euforia com que se envolve no trabalho. “Ver o retorno do FECIBA com uma safra de produções tão criativas, impactantes e comprometidas com o contexto cultural, histórico e social da Bahia, não enche apenas os olhos do curador; faz bater mais forte o coração do cinéfilo”.

A curadora Marise Urbano fez parte da selação dos curtas. “Eu pude, em poucos dias, assistir a mais de 100 produções baianas de diversas regiões, o que me atualizou sobre o contexto dos últimos anos. Sinto que os filmes selecionados dão conta de caracterizar as produções do nosso estado. Priorizamos uma perspectiva descentralizada e decolonial de se fazer cinema. Julgamos ter, em nossa seleção, uma infinita diversidade de formas e conteúdos, o reflexo de uma sociedade diversa e rica como é a Bahia”, conta.

Já a curadora Naira Évine, que se debruçou sobre a seleção dos média-metragens inscritos, destaca como o cinema baiano tem ampliado o seu repertório. “Hoje temos uma diversidade de pessoas com a câmera na mão e uma ideia na cabeça e isso não tem mais volta. Notamos que os baianos tem muito a falar, quer falar e está falando. Engana-se quem resume esse estado a apenas um jeito de ser e pensar. Conheci a fundo novas histórias, manifestações culturais, memórias e protestos”.

Clique em Leia mais para ver todos os 50 filmes selecionados.

Longas-metragens

“Abraço”, de Deivison Fiuza (Salvador)
“Àkàrà no fogo da intolerância”, de Claudia Chávez (Salvador)
“Anjos de Ipanema”, de Maria da Conceição Seixas Nunes Senna (Rio de Janeiro)
“Diários de Classe”, de Maria Carolina Gonçalves da Silva (Salvador)
“Dorivando Saravá, O Preto que Virou Mar”, de Henrique Dantas (Salvador)
“Memórias Afro-Atlânticas”, de Cassio Leonardo Nobre de Souza Lima (Salvador e Cachoeira)
“O poeta da saudade – Humberto Porto”, de Laís Nogueira de Almeida Lopes (Salvador)
“Qual a cor do trem?”, de Rodrigo de Carvalho Oliveira e Deniere Rocha Silva (Salvador)
“Sol da Bahia”, de Orlando Senna (Salvador)
“Tudo Tem um Tempo”, de Sabrina Alves Mendes (Caetité e Livramento de Nossa Senhora)

Médias-metragens

“A encruzilhada, o cruzeiro e um pé de chinelo: crônica de uma guerra”, de Plínio Gomes Soares Neto (Senhor do Bonfim – Salvador)
“Acervo Zumbi – O Levante da Memória”, de Iris de Oliveira Teixeira (Salvador)
“Cá Te Espero no Tumbenci – Saberes e Fazeres”, de Karine Janaina S. Costa (Salvador)
“Devir- Um desvario profundo”, de Coletivo Nosotras (Salvador e Canavieiras)
“E agora, Maria?”, de Bruna Maria Ferreira de Miranda (Cachoeira)
“Entre o céu e o subsolo”, de Felipe da Silva Borges (Salvador)
“Festa de Iemanjá”, de Fabíola Aquino Coelho (Salvador)
“Gbagbe – Árvore das Memórias”, de Luiz Fernando Júlio Barbosa (Alagoinhas e Salvador)
“Memórias de um povo”, de Maria da Conceição Abade da Silva Confessor (Cachoeira)
“Nuas & Cruas”, de Mariana Ayumi Ferreira Hama Shiota (Salvador)

Curtas-metragens

“5 Fitas”, de Vilma Carla Martins Silva e Heraldo de Deus (Salvador)
“Aldeia do Cachimbo”, de Ângelo William do Rosário Ferreira (Aldeia do Cachimbo / Ribeirão do Largo)
“Aquenda”, de Florisval Elias Santos Neto (Ilhéus/Itabuna)
“Como Um Peixe Fora D’água”, de Arthur Max Bispo Leal (Salvador)
“Dela”, de Bernard Attal (Itaparica)
“Distopia”, de Liliane Curi Soares de Oliveira (Salvador)
“Eu não vou ao enterro de painho”, de Leandro Lopes (Conceição do Coité)
“Experimente a Noite com Drags Amapôs”, de Eduardo Bruno Oliveira Bastos (Salvador)
“LU-MEN”, de André Ottero Rodrigues (Eunápolis e Coroa Vermelha)
“Manual como Conter uma Raça Poderosa”, de Marcelo Ricardo dos Santos (Salvador)
“Maratonista de Quarentena”, de Antonio Eduardo de Freitas de Tosta Junior (Salvador)
“marvin.gif PART II”, de Marcos Vinicius Pereira da Cruz (Cachoeira)
“MEIA LATA D’ÁGUA OU LAGARTO CAMUFLADO”, de Plínio Gomes Soares Neto (Salvador)
“Nigiro: Meu nome, minha ancestralidade”, de Assaggi Piá (São Francisco do Conde)
“O Abebé Ancestral”, de Paulo Roberto Ferreira Filho (Ilhéus)
“O barro não morre na comunidade salgado”, de Emerson da Silva Santos (Povoado Salgado- Andorinha/BA)
“O Fantasma de Glauber Rocha”, de Luiz Henrique Girarde Rodrigues Pedroza (Vitória da Conquista)
“O Que Ficou de Quem se Foi”, de Rogério Ferreira Vilaronga (Salvador)
“O retratista”, de Jaitan Almeida dos Santos (Feira de Santana)
“Olhos de Cachoeira”, de Adler Kibe Paz (Comunidade de Coqueiros, na região do Recôncavo Baiano)
“Onde Tem Índio Tem Floresta”, de Cristiana Fernandes (Salvador)
“Os Porcos e a Reza”, de Filipe Brito Gama (Jequié, Bahia)
“Pele Manchada”, de Victor Augusto Oliveira Mota (Salvador)
“Porto e Raiz”, de Pâmela Peregrino (Porto Seguro)
“Rebento”, de Marcus Vinicius Elizario Sá Barreto (Salvador)
“Redundância”, de Wayner Tristão (Juazeiro)
“Reisado”, de Danilo Victor Ferreira de Oliveira (Araci)
“Ruas da discórdia”, de Gean Carlos Almeida dos Santos (Feira de Santana e Salvador)
“Sobre nossas cabeças”, de Susan Pereira da Silva (Salvador)
“Vander”, de Barbara Félix Assunção do Carmo (Cachoeira)

O FECIBA é uma produção do Núcleo de Produções Artísticas (Núproart) e da Voo Audiovisual. Esta edição tem apoio financeiro do Estado da Bahia por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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