O presidente da CDL de Ilhéus, Anselmo Clement
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Entidades que representam diversos setores da economia de Ilhéus divulgaram, nesta segunda-feira (1ª), carta aberta sobre a suspensão das atividades não essenciais determinada pelo Governo do Estado, que, no domingo (28), prorrogou a medida até quarta-feira (3).

“Manifestamos neste documento nossa indignação a respeito desta decisão do Governo estadual, acatada pelo Poder Público Municipal, deixando claro, entretanto que respeitamos e iremos cumprir as determinações do documento tão somente até as 5 da
manhã da próxima quarta-feira, dia 3, quando informamos que iremos reabrir nossas portas”, diz o texto.

A carta informa que as entidades não estão à frente de nenhum movimento contra o decreto estadual. “Não concordamos, mas o respeitamos. Todavia, a partir de quarta-feira, retomaremos nossas atividades normalmente”, reafirmam.

A ênfase dada à decisão de reabrir as portas dos estabelecimentos nessa quarta-feira deixou subentendido que a reabertura acontecerá independentemente de nova determinação do poder público. Para verificar essa interpretação do texto, o PIMENTA conversou hoje (1º) com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Ilhéus, Anselmo Clement.

Perguntamos ao dirigente se as lojas reabrirão mesmo se o decreto for prorrogado. “Vai abrir. Realmente, é isso aí mesmo”, respondeu. “Foi uma decisão conjunta de todas as entidades. Vamos abrir realmente, independente do que o governo mandar”, ratificou.

Anselmo disse ao blog que o posicionamento das entidades vai ser comunicado formalmente hoje ao prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD).

O presidente da CDL de Ilhéus também falou da complexidade do momento atual. “É complicada essa situação. A gente está passando por um momento difícil. Sabemos todos os problemas da Covid. Sabemos que a Covid está ativa. Sabemos de tudo o que acontece referente à doença, disso não tenha dúvidas. Isso foi discutido muito com todas as entidades representativas. Mas, também a gente não pode pagar o pato. A gente apoia o decreto do estado, apoia o decreto do toque de recolher, mas também temos que pensar na saúde das empresas. A gente ainda está tentando se reerguer [da crise] do ano passado e isso aí acarreta problemas futuros”.

Ele lembrou que o município tem um plano de mitigação com diferentes fases de risco de contágio da Covid-19. O grau do risco varia conforme o tipo de atividade econômica. “Por que não retrocedeu algumas fases?”, questionou, antes de afirmar que o plano municipal de contingência ainda está em vigor.

Apesar do plano municipal, a Prefeitura de Ilhéus aderiu ao decreto do estado, que tem definição mais restritiva do significado de atividades essenciais.

Clique aqui para ver a carta aberta e a lista de entidades que assinam o documento.

2 respostas

  1. Já está mais do que na hora da sociedade entender que a utilização da mesma forma não gera resultados diferentes, sendo assim, se medidas extremas, como estrangular a economia, não deram certo antes, por quê esperar que dê agora? A sociedade tem que cobrar das “autoridades” as quais foram eleitas para gerir a coisa pública, não extrapolar sua órbita de atuação. Pois medidas como essa de fechar o comércio só demonstram o despreparado e a falta de empatia dos agentes políticos com a sociedade diante da problemática.

  2. Que poder legal constituído o CDL de Ilhéus tem? O CDL está acima de qual ordenamento pátrio? Irá passar por cima de Decretos, por cima do ministério Público, autoridades públicas que preservam a vida humana nesse momento de pandemia. Esse presidente do CDL é uma piada.

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