Prefeito e vice são denunciados por furar fila da vacina
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O prefeito de Sítio do Mato, Cássio Guimarães Cursino, o vice-prefeito Dionízio Antônio da Silva e o secretário municipal de Saúde Davi de Oliveira Nunes são acusados pelo Ministério Público da Bahia de furar a fila da vacinação contra o novo coroanvírus.

Segundo ação civil pública ajuizada nesta semana pelo promotor público Fábio Nunes Leal, os gestores municipais, embora não se enquadrassem nos grupos prioritários da primeira fase da imunização, vacinaram-se em 19 de janeiro deste ano, logo no primeiro dia da vacinação, quando haviam chegado “apenas 68 doses” ao município, “antes de serem contempladas 826 pessoas do grupo prioritário”.

O promotor solicita à Justiça que, em decisão liminar, determine a indisponibilidade dos bens em dez vezes o valor da remuneração dos acusados, sendo R$ 110 mil para o prefeito, R$ 60 mil para o vice e R$ 40 mil para o secretário.

O representnte do Ministério Público pediu ainda retratação por desrespeito à ordem de prioridade da vacinação e a desvinculação da imagem dos gestores à campanha de vacinação. O MP-Ba pede a condenação por ato de improbidade administrativa e pagamento de indenização em R$ 100 mil por dano moral coletivo.

Conforme a ação, o prefeito justificou ter se vacinado, por falta de orientação e para estimular profissionais de saúde e idosos que estariam resistentes em se vacinar. O promotor pontuou que, desde dezembro de 2020, o Ministério da Saúde já havia publicado o Plano Nacional de Imunização, com as definições sobre as prioridades, e que não seria possível o prefeito identificar ou perceber qualquer resistência à vacinação, já que se tratava do primeiro dia da imunização no município.

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