O senador Jaques Wagner e o ex-prefeito ACM Neto
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Partidários ligados ao ex-prefeito ACM Neto esparramam nas redes sociais, desde ontem (6), uma pesquisa que dá ampla vantagem ao presidente nacional do DEM na corrida sucessória baiana de 2022.

A pesquisa gerou um furdunço nos grupos de WhatsApp.

Por dois motivos principais:

1 – Traz Neto com mais que o dobro das intenções de voto de Jaques Wagner (51,9% x 24,2%); e

2 – “Trabalha” uma percepção de possível fadiga do PT após quatro governos consecutivos e poucas condições para repetir o feito destas disputas, com eleição e reeleição de seus candidatos (Wagner por duas vezes e Rui igualmente) e em primeiro turno.

Mas tem o diabo dos detalhes:

1 – A pesquisa é antiga, de 25 de março, feita pelo Instituto Paraná; e

2 – Não contempla, no cenário, o peso de dois dos maiores puxadores de votos na Bahia (Rui Costa e Lula).

Não custa lembrar o período junino de 2017, quando ACM Neto liderava o cenário para 2018. No final, o neto de ACM nem foi para a disputa ao entender que dificilmente bateria o candidato à reeleição, Rui Costa.

“É DESESPERO”…

Vendo que a pesquisa era antiga, veio a reação à estratégia do democrata. Éden Valadares, presidente estadual do PT, pôs-se a dizer que a esparramada de pesquisa antiga traz um sintoma. “O desespero é tão grande que ACM Neto anda comemorando pesquisa antiga”. Ainda houve o Instituto Paraná negando que tenha feito pesquisa para aferir o humor do eleitorado baiano nos últimos meses.

Sabe-se que a reação do dirigente petista também está baseada em levantamentos recentes. O ânimo do Palácio de Ondina é outro desde que o ex-presidente Lula foi considerado elegível para 2022, justamente ali naquele período da pesquisa com cheiro de mofo. Rui Costa já puxava Wagner para uma condição que o deixava em pé de igualdade com Neto. E melhorou ainda mais a condição depois da overdose de Lula no noticiário nacional e, consequentemente, a liderança do “Barbudinho” nos últimos levantamentos para 2022. Rui e Lula são os turbos do senador petista pela Bahia.

PELEJA SEM FOLGA

A leitura para 2022 – por enquanto – sinaliza para uma não repetição do baile de 2018, quando Neto desistiu da peleja aos 45 minutos do prazo final para convenções e jogou José Ronaldo no esparro. Com o sacrifício do lado democrata, Rui foi eleito com mais de 75% dos votos válidos.

Do lado governista agora, há contra Wagner, apesar do carisma do “Galego”, o passivo de dois governos dele. Ou seja, como ele vai trabalhar para reduzir a rejeição automaticamente acumulada nestes anos.

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