Tempo de leitura: 3 minutosAs exportações baianas somaram US$ 925 milhões em junho, volume 55,4% superior ao mesmo mês do ano passado. O resultado é o melhor da série histórica desde dezembro de 2018, quando as vendas externas do estado alcançaram US$ 988,6 milhões.
No acumulado do primeiro semestre, as exportações baianas somaram US$ 4,41 bilhões, 20% maior do registrado em igual período de 2020. O movimento de alta das exportações em 2021, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vem sendo ditado pela retomada da atividade econômica no mundo, com países iniciando uma saída paulatina da pandemia do coronavírus.
Além da continuidade de crescimento das vendas para a China (40,5%), as exportações tiveram impulso de regiões que haviam reduzido as compras de produtos baianos durante a fase aguda da crise sanitária em 2020 e que agora voltaram a comprar mais, como Estados Unidos (36,3%), União Europeia (25,6%) e Argentina (30,8%).
Apesar do crescimento das vendas externas estar mais evidente entre as commodities, responsável por mais de dois terços da pauta do estado, os setores da indústria mais ligados ao comportamento da economia mundial, como o químico (35,8%), a metalurgia (28,2%), a de máquinas voltadas à geração de energia (3,5%), além dos segmentos influenciados pelo agronegócio, conseguem mostrar mais dinamismo e escapar do comportamento mais tímido daqueles ligados ao mercado doméstico, aponta a análise da Superintendência.
AGRONEGÓCIO
O agronegócio mobiliza, no caso, da Bahia, as compras de bens de consumo tanto no mercado interno, quanto no externo (crescimento de 34,1% no semestre). Outra característica importante do aumento das exportações este ano, são os preços. Eles estão pautando o aumento das receitas, já que o quantum embarcado (apesar de estar melhorando), ainda está 11,7% inferior a igual período do ano anterior.
O aumento dos preços médios das commodities no semestre foi de 35,7% em relação ao mesmo período de 2020. Quando se analisam os índices de preços de exportações das commodities baianas, destacam-se o negócio do cobre e ferro-ligas, com alta de 75,3%, petróleo e derivados com 58,4%, minerais com 53,7% e a soja e derivados com incremento de 34,1%, na mesma base de comparação. Os preços das não commodities cresceram também, mas em um percentual inferior, de 28,5%.
Essa pressão de aumento do nível de preços das commodities deve perdurar no decorrer dos próximos meses, pois com a esperada reabertura do mundo com o avanço da vacinação aliado ao pacote fiscal/monetário expansionista dos Estados Unidos (EUA), impulsiona a demanda por diversos segmentos da pauta local. Então, o crescimento simultâneo das duas maiores economias mundiais, China e EUA, corrobora por uma demanda global mais aquecida e commodities em alta.
Leia Mais