Comércio perde 11% das empresas em quatro anos
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Entre 2014 e 2019, o comércio brasileiro perdeu 177,3 mil empresas (-11%), 466,1 mil postos de trabalho (-4,4%) e 140,6 mil lojas (-8,1%). O varejo, segmento responsável por empregar 74,2% dos trabalhadores da área comercial, teve redução de 4,1% em sua ocupação.

O comércio empregava, em 2019, 10,2 milhões de trabalhadores, sendo 908,0 mil nos setores de venda de veículos, peças e motocicletas, 1,7 milhão no atacado, e 7,5 milhões no varejo. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2019, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando comparada a 2010, a população ocupada do comércio cresceu 12,5%. O segmento que mais empregou nesse período foi o varejo, com acréscimo de 931,2 mil trabalhadores (ou mais 14,1%). Dentre as atividades, o maior destaque, em números absolutos, é o setor de hipermercados e supermercados, com 420 mil empregados a mais, representando 45% desse crescimento no varejo.

MAIS DADOS

Em 2019, havia no país 1,6 milhão de lojas e 1,4 milhão de empresas, que registraram uma receita bruta de R$ 4,4 trilhões. Destes, R$ 423,1 bilhões foram obtidos no comércio de veículos, peças e motocicletas, R$ 2,0 trilhões, no atacado, e outros R$ 2,0 trilhões, no varejo.

Quando são retiradas as deduções, como impostos e cancelamentos, há a receita operacional líquida, que foi de aproximadamente R$ 4,0 trilhões. A maior parcela deste valor veio do atacado (45,2%), seguido pelo varejo (44,9%) e comércio de veículos, peças e motocicletas (9,9%). É a primeira vez em cinco anos que o atacado supera o varejo em termos de participação na receita.

O Sudeste pagou o maior salário médio entre as regiões (2,0 salários mínimos), seguido pelo Sul (1,9 s.m.), pelo Centro-Oeste e Norte (ambos pagando 1,8 s.m.). O Nordeste pagou o menor: 1,4 salário mínimo. Essa região também perdeu participação (-0,4 p.p.) em relação à distribuição salarial das grandes regiões em nove anos. Em média, as empresas comerciais do país pagaram 1,9 salário mínimo aos seus empregados em 2019.

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