Profissionais de saúde da Santa Casa falam sobre a experiência de engravidar, dar à luz e amamentar no meio da pandemia de Covid-19
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Com participação no V Seminário Agosto Dourado da Bahia, promovido pela Secretaria Estadual de Saúde, o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI), concluiu mais uma ação para reforçar a importância do aleitamento materno. Na tarde de quarta-feira (25), o BLH apresentou, no Webinário, as histórias de superação de duas profissionais de saúde que se tornaram mães durante a pandemia do novo coronavírus.

Os depoimentos da psicóloga Laline Paixão e da enfermeira Samilla Seara, funcionárias da SCMI, emocionaram os participantes do seminário. Em julho do ano passado, a enfermeira descobriu que estava grávida de gêmeos, foi afastada das atividades funcionais no segundo mês de gestação e teve dois bebês prematuros, que ficaram internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Manoel Novaes.

Um dos bebês da enfermeira Samila Seara, Cecília, não sobreviveu. “Mas, os funcionários da UTI Neonatal me deram todo o apoio que eu precisava naquele momento difícil. Ajudaram na introdução do aleitamento materno, na pega correta e seguraram na minha mão. Eu sentia que recebia aquele tratamento não porque era funcionária da casa, mas que eles estavam ali comprometidos com a missão de ajudar todas as mães em dificuldade”.

A enfermeira relata que, sem o suporte recebido, teria muita dificuldade de amamentar o pequeno. “Eles me ensinaram tudo que sei hoje em relação ao aleitamento materno. Como sou grata à equipe maravilhosa que cuidou dos meus filhos, da maneira mais linda que poderia ser. Depois que meu filho, Benjamin, saiu da UTI Neonatal, fui muito bem orientada pelo Banco de Leite. Tenho certeza que as mães que buscarem a unidade terão todo o suporte”.

INFECTADA COM O NOVO CORONAVÍRUS

A exemplo de Samila, a psicóloga Laline Paixão descobriu em 2020 que estava grávida e, com receio da contaminação, redobrou os cuidados para evitar ser infectada pela Covid-19, mas acabou contraindo o vírus mesmo sendo colocada em home office (trabalho de casa). Ela descobriu que estava infectada pelo vírus quando completou a 37ª semana de gestação.

Laline conta que, ao receber o diagnóstico positivo, levou um grande susto. “Naquele momento o meu chão caiu. Veio desespero, a insegurança, o medo de perder a minha pequena, pois já vinha de uma gestão de risco. Tivemos que antecipar o parto, e Malu nasceu com 38 semanas, mas o pessoal do Banco de Leite me orientou. Falou que amamentar, com os cuidados, usando máscara, seria essencial para o desenvolvimento da minha filha. Não precisei interromper a amamentação”, explica.

A psicóloga tomou a decisão correta. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, não existe risco de transmissão do novo coronavírus durante o aleitamento materno. Por isso, não há motivo para interromper a amamentação. “Mas, é necessário manter os cuidados, como lavagem das mãos com sabão ou álcool em gel antes e depois de tocar o bebê e fazer o uso de máscara”, alerta a enfermeira Bianca Balleiro, do Banco de Leite Humano da SCMI.

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