Estudante de medicina de Jequié é acusado de aplicar golpe milionário|| Foto Zenilton Meira
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Um estudante de medicina, de 31 anos, de Jequié, no sudoeste da Bahia, é acusado de ser responsável por um esquema de pirâmide financeira que gerou um prejuízo milionário em seus investidores. O homem não teve o nome divulgado. Ele foi ouvido por mais de 9 horas na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).

Os mais de 150 clientes da Safe Intermediações – que, por ironia, tem a palavra “seguro” no nome em inglês – foram lesados em ao menos R$ 7 milhões. Ao longo das últimas semanas, dezenas de investidores têm procurado a DRFR para denunciar o responsável pelo esquema.

De acordo com as investigações, o estudante conseguiu atrair clientes das mais variadas classes sociais: um deles relatou ter colocado mais de R$ 700 mil na possível pirâmide, julgando que os ganhos seriam lícitos e baseados em investimentos reais.

ATRASO NO PAGAMENTO

Nos últimos meses, porém, o líder do esquema passou a atrasar pagamentos e, por fim, parou de fazer as transações financeiras para os clientes. O delegado Nadson Pelegrini, da DRFR, explicou que o abalo resultante do esquema vai muito além do aspecto econômico.

“A sociedade jequieense foi duramente impactada pela atuação desse senhor. Na verdade, o impacto não foi apenas financeiro, mas também de ordem moral, até porque vários dos lesados são pessoas conhecidas da sociedade: empresários, políticos, policiais… Ele não escolhia as vítimas. Ele acabou lesando uma imensa gama de investidores”, declarou.

“Muitos desses investidores já tinham conhecimento prévio acerca do mercado financeiro, mas acreditavam que esse cidadão, por possuir conhecimento superior, iria proporcionar maiores lucros e ganhos. Mas o resultado é que toda essa clientela, que se estima, de início, ser de 150 pessoas, está amargando um prejuízo que beira os R$ 7 milhões, podendo ser descobertos mais valores no decorrer da investigação”, acrescentou o delegado.

Preliminarmente, o estudante pode responder por estelionato, crimes contra a economia popular, contra o mercado de capitais, contra a ordem econômica e contra o Sistema Financeiro Nacional. Ele, assim como os clientes da Safe Intermediações, já estão sendo ouvidos pela Polícia Civil.

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