Ministro Barroso suspende portaria que beneficiava quem se nega a tomar vacina contra a Covid-19
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu dispositivos da Portaria 620/2021, do Ministério do Trabalho e Previdência, que proibiam empresas de exigirem comprovante de vacinação na contratação ou na manutenção do emprego do trabalhador. Com isso, fica autorizado que empregadores exijam o comprovante de seus empregados.

Na decisão, Barroso explicou que as pesquisas indicam que a vacinação é medida essencial para reduzir o contágio da Covid-19 e levou em conta o entendimento de que a presença de empregados não vacinados no âmbito da empresa “enseja ameaça para a saúde dos demais trabalhadores, risco de danos à segurança e à saúde do meio ambiente laboral e de comprometimento da saúde do público com o qual a empresa interage”.

O ministro ressalvou, porém, a situação das pessoas que têm expressa contraindicação médica quanto às vacinas, fundadas no Plano Nacional de Vacinação ou em consenso científico. Nesse caso, ele considera aceitável que se afaste o dever de vacinação, devendo se admitir a testagem periódica, “de forma a evitar a discriminação laboral em razão de condição particular de saúde do empregado”.

JUSTA CAUSA
Barroso também afirmou que a rescisão do contrato de trabalho por justa causa de quem se recusar a entregar comprovante deve ser adotada com proporcionalidade, como última medida por parte do empregador.

Conforme a decisão, entendimentos anteriores do Plenário do Supremo já reconheceram a legitimidade da vacinação compulsória, afastando a vacinação à força, mas permitindo que se apliquem restrição de atividades ou de acesso a estabelecimentos em caso de recusa.

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Wane Brenda, a "Viúva Negra", é condenada em mais um julgamento
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Wane Brenda Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, foi condenada, nesta sexta-feira (12), em Itabuna, no sul da Bahia. A mulher, que ficou conhecida como “Viúva Negra”, terá de cumprir mais 22 anos e 6 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado.

Desta vez, a “Viúva Negra” foi condenada pelo homicídio de Evandro Bonfim de Sousa, que tinha de 40 anos. O crime ocorreu em dezembro de 2017, em Itabuna. A acusada está presa desde 11 de junho de 2018.

De acordo com a polícia, Evandro passou mal ao ingerir medicamento dado por Brenda em 12 de novembro de 2017. Ele chegou ao Hospital Calixto Midlej Filho vomitando e suando muito. Na ocasião, o médico disse que Evandro apresentava sintomas de envenenamento. A vítima passou por lavagem estomacal.

Evandro deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) quatro dias depois, quando foi transferido para apartamento. Próximo de receber alta médica, ele teve uma parada cardíaca. A equipe médica tentou reanimação e colocou uma sonda gástrica, “por onde saía um material escuro parecido com chumbinho”.

MORTE CEREBRAL

Ele retornou para o CTI e teve morte cerebral confirmada no dia 28 de novembro de 2017, tendo parada cardíaca em 3 de dezembro daquele ano. O teste toxicológico confirmou o que se suspeitava. Evandro havia sido vítima de envenenamento por chumbinho.

Foi a segunda condenação aplicada Brenda Oliveira. No dia 31 de agosto deste ano, ela foi punida com 21 anos de prisão pelo assassinato de Edvaldo Araújo Alves, de 40 anos.

De acordo com as investigações, os dois homens foram mortos por envenenamento por “chumbinho”.  A primeira vítima da “Viúva Negra” foi Edvaldo Araújo, que se sentiu mal no final da noite de 16 de abril de 2017.

 

Secretário João Carlos (à direita) destaca que a atração do investimento vai impactar positivamente no sul da Bahia
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Lançada nesta sexta-feira (12) a pedra fundamental da Forever Oceans Brasil para o cultivo offshore do peixe marinho olho de boi no sul da Bahia.  O memorando para a concretização do projeto foi assinado pelo governador Rui Costa, em 2019, durante viagem oficial aos Estados Unidos.

Com aporte de R$ 300 milhões, a empresa prevê a implantação de duas fazendas marinhas compostas por 12 gaiolas cada, com capacidade para a produção de 8.000 toneladas/ano em cada fazenda, a construção de um laboratório para a produção de alevinos de Olho de Boi, além de um frigorífico capaz de processar 100 toneladas de peixes por semana. As operações devem começar em 2023, com a geração de 100 empregos diretos e 400 indiretos.

Ilhéus terá investimento de R$ 300 milhões

A primeira etapa do projeto contempla o início das obras de implantação do Laboratório de Produção de Alevinos de Peixes Marinhos (Hatchery). A área para a instalação das fazendas offshore está licenciada pelo Ibama. Com isso, a Bahia dá um passo importante para a consolidação da cadeia produtiva de peixes em grande escala, já que novos empreendimentos estão em prospecção pelo Governo do Estado.

SUSTENTABILIDADE

Empresa estabelecida em Washington, nos Estados Unidos, a Forever Oceans chega ao Brasil aliando produção e sustentabilidade. “Nosso objetivo é produzir peixe de forma sustentável e ambiental usando tecnologia de ponta para o nosso empreendimento”, afirma John Lopes, presidente da Forever Oceans Brasil. Ele destaca ainda a importância da parceria com o Governo da Bahia. “Desde a primeira reunião que tivemos, o projeto foi considerado estratégico para o Estado”.

O secretário estadual da Agricultura, João Carlos Oliveira, representou o governador Rui Costa durante a abertura do evento e destacou que a atração deste investimento impactará positivamente não apenas na economia do município de Ilhéus.

Oliveira ressalta que “a chamada economia do mar aponta para o futuro e já é gigante pelo mundo, sendo que a Forever Oceans Brasil insere Ilhéus e a Bahia nesse importante segmento econômico”. O secretário também pontuou “o forte apelo ambiental dessa iniciativa, que criará empregos e irá impactar positivamente na economia de toda a região e também do estado”.

Mais voos ligarão Ilhéus e Salvador, na Bahia, em acordo Gol-Voepass
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A Gol aumentará em 35% o número de voos operados pela VoePass ligando a capital baiana, Salvador, e Ilhéus, no sul do estado, em dezembro, quando comparado a outubro deste ano. De acordo com a empresa e a Vinci Airport, administradora do aeroporto de Salvador, serão 14 frequências semanais diretas.

Os voos saindo de Salvador para Ilhéus pela Gol serão às 9h25min e às 15h45min. As saídas de Ilhéus para a capital baiana estão programadas para as 13h20min e 18h10min.

– Essa expansão é de extrema importância para a população do interior da Bahia, que (sic) poderão se conectar pelo polo de Salvador às maiores cidades do país no horário de sua escolha. Enquanto os soteropolitanos terão mais opções ao fazer voos regionais”, enfatiza Marcus Campos, gerente de marketing e promoção aérea do Salvador Bahia Airport. 

Gaciba deixa Comissão de Arbitragem da CBF após sucessão de erros || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demitiu Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem, e anunciou uma reformulação na estrutura do órgão. Segundo nota da entidade, a decisão tomada na manhã desta sexta-feira (12) ocorreu após reunião entre Ednaldo Gomes, presidente da entidade, e o próprio Gaciba.

Houve entendimento mútuo da necessidade de uma mudança com a implementação de novos procedimentos visando maximizar os acertos e minimizar os erros de todos os envolvidos”, disse a CBF em nota oficial.

O atual vice-presidente da comissão, Alício Pena Júnior, assumira assumirá interinamente a vaga deixado por Gaciba, que estava no cargo desde 2019. Pena Júnior ficará responsável por acompanhar a arbitragem brasileira nas competições até o final deste ano.

A demissão de Leonardo Gaciba ocorre no dia seguinte à marcação contestada de um pênalti pelo árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo, que originou o primeiro gol do Flamengo na noite de ontem (11), na vitória contra o Bahia por 3 a 0. Araújo anotou o pênalti ao ver toque do braço do zagueiro Conti na bola. Após chamado pelo Árbitro de Vídeo (VAR), Araújo revisou o lance e manteve o pênalti.

Reinaldo Braga tomará posse para o 10ª mandato como deputado estadual
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A morte prematura do deputado estadual João Isidório (Avante) abriu vaga para o veterano Reinaldo Braga (PR) voltar à Assembleia Legislativa da Bahia. Médico e deputado estadual desde 1983, Braga retorna para seu décimo mandato na Casa Legislativa.

Atuando no campo da direita, Braga já foi filiado a Arena (partido da Ditadura Militar), ao PDS, MDB, PFL (na era Carlista), PSL, PR, PS e PR.

Nas eleições de 2018, depois de emendar 9 mandatos consecutivos, Braga foi derrotado, mas ainda assim abocanhou um cargo público. Ele foi nomeado chefe de gabinete do na época presidente da Casa, Nelson Leal (PP). Do Metro1.

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COLÉGIO BATISTA DE ITABUNA

PROCESSO SELETIVO DE CONCESSÃO DE BOLSAS DE
ESTUDO INTEGRAIS E PARCIAIS PARA O ANO LETIVO DE 2022

EDITAL Nº 01/2022

O Colégio Batista de Itabuna abre inscrições para Processo Seletivo de Concessão de Bolsas de Estudo, nos termos do Edital n. 01/2022, que se encontra disponível na Secretaria do Colégio (Rua Catucicaba, n. 221, Bairro Conceição, Itabuna-BA).

As inscrições se iniciam no dia 13/12/2021 e vão até o dia 07/01/2022.

Ao todo, serão disponibilizadas 30 bolsas de estudos integrais de 100% (cem por cento) e 40 bolsas de estudos parciais de 50% (cinquenta por cento) para o ano letivo de 2022, distribuídas entre o ensino fundamental (1° ao 9° ano) e médio (1° ao 3° ano).

Os candidatos devem realizar a inscrição por meio do preenchimento do Formulário de Inscrição à Bolsa de Estudo, que deve ser retirado na Secretaria do Colégio, a partir de 16 de novembro de 2021.

A seleção dos bolsistas e a divulgação do resultado deve ocorrer entre os dias 24 a 26 de janeiro de 2022.

Itabuna-BA, 12 de novembro de 2021

Gracileide Silva Guimarães Sousa
Diretora

Da esquerda para a direita, Léo Briglia, Adonias Oliveira e Vivaldo Moncorvo
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Minhas conversas com Léo tinham dois lugares: a Ponta da Tulha (algumas vezes) e o Bar do saudoso Raileu, onde sentava na praça e dava expediente quando em Itabuna. Não tinha lugar melhor para ouvi-lo. Ali recebia os amigos com o mesmo entusiasmo de sempre.

 

Walmir Rosário

Quantos aos desígnios de Deus ninguém discute. A morte é o fim da vida. Cada um presta contas lá em cima pelo que fez aqui na terra. Esta é a lei implacável dos dons divinos. Aqui na terra, não chega a ser bem assim, mas as aparências são mais ou menos as mesmas. O que chama a atenção sãos os seus desígnios, escolhendo os que Ele quer ao Seu lado, numa espécie de lista, fila, sei lá…

Aos poucos, Ele vai fazendo a chamada. No mês passado levou Pedrinha (Antônio Oliveira), já nos seus 85 anos de idade, cerca de 40 deles dedicado ao futebol amador. Meio-campista do Botafogo do bairro da Conceição, fez história formando uma das maiores tabelinhas junto com Mundeco. E lembrei que em 2016, também levou para a sua glória três esportistas de uma só vez: Adonias Oliveira, Léo Briglia e Vivaldo Moncorvo.

É um luto daqueles que Itabuna vai vivendo, paulatinamente, com a perda um ou vários dos seus filhos, embora nunca com os que militaram num único setor, o esporte, e sucesso assegurado em vida, deixando perplexo os amigos e parentes. Cada um, é claro, na sua área de atuação. Enquanto Léo era o dono da bola, o goleador, os outros não podem ser considerados menores.

A Adonias Oliveira, que nunca chegou a chutar uma bola (e se o fez foi totalmente errado), formou uma plêiade de jogadores. Sua proposta ultrapassava aos retângulos dos gramados, cujo objetivo era formar cidadãos. Deixou seu legado. De pouca fala – timidez ao extremo – conseguia se comunicar com os jovens que convocara para os quadros do Fluminense juvenil e o América da Vila Zara.

Adonias, ou “Dom Dom”, como muitos os chamavam, nunca chutou uma bola, mas sabia, como nunca, descobrir nos velhos campinhos de bairros valores esportivos. Alguns deles chegaram ao futebol profissional; outros se destacaram no futebol amador “marrom”, que ganhava dinheiro sem se profissionalizar. Mas não importa, eram craques que tinham seus lugares nos mais diversos times de Itabuna.

E todos se exibiam na velha Desportiva Itabunense, onde hoje está implantado o Centro de Cultura de Itabuna. O fim do velho campo da Desportiva não impediu que eles brilhassem nos campinhos de bairro ou até no Estádio Luiz Viana Filho, o gigante do Itabunão, como queriam e querem alguns radialistas. Além de dirigir o América da Vila Zara e o Fluminense, seu time de coração, foi dirigente da Liga de Desportos de Itabuna.

Vivaldo Moncorvo, de 101 anos, também nos deixou na mesma semana. Radiotelegrafista, veio da cidade do Senhor do Bonfim para exercer seu trabalho nos Correios e Telégrafos, em Itabuna, e se apaixonou pela cidade e pelo esporte. Desde os tempos da gloriosa Seleção Amadora de Itabuna tomou pra si a incumbência de animar a equipe com a famosa charanga que o consagrou pelo resto da vida.

Se o Itabuna estava em baixa perante a torcida, quem “pagava o pato” era o Moncorvo e sua charanga, que se colocava na arquibancada ao lado dos torcedores. Não haveria local mais apropriado para receber as vaias que seriam destinadas aos jogadores. Quando o Meu Time de Fé estava em alta, Moncorvo era aclamado com sua charanga. Para ele, o céu e o inferno astral fazia pouca diferença, no esporte ou na política.

Diferente de Adonias e Moncorvo, Léo Briglia atuava dentro de campo, fazendo a alegria da torcida com seus dribles e gols. E Léo sempre gostou dos extremos: poderia ter sido um grande cacauicultor ou doutor. Foi estudar em Salvador, mas optou pelo futebol. Torcedor do Vitória, se consagrou no Bahia; nunca obedeceu às premissas do esporte, preferindo a vida desregrada; como gozava de saúde férrea, chegou a desprezar cuidados essenciais. E sempre viveu nessa dualidade.

Mas nada disso tirou o brilho de suas atuações em campo, seja no início de sua carreira profissional no Bahia, consagrando-se artilheiro da Taça Brasil, ou quando campeão em pleno Maracanã, estádio em que brilhou por anos seguintes. Não foi à Copa do Mundo na Suécia, mesmo sendo o melhor da posição, preterido sob a alegação de cáries e outros pequenos problemas de contusão. Estava no lugar errado e na hora errada, como dizem.

Acabou o futebol, voltou para Itabuna, foi ser servidor do Estado. Continuou o mesmo de sempre. Uma boa companhia para um bom papo, principalmente numa mesa de bar. Acostumado aos holofotes da imprensa nacional, ficava nervoso ao se deparar frente a um gravador ou à caneta do repórter. Em vista dessa característica, sempre preferi conversar informalmente, transformando nossos bate-papos em crônicas e reportagens. Das boas.

Minhas conversas com Léo tinham dois lugares: a Ponta da Tulha (algumas vezes) e o Bar do saudoso Raileu, onde sentava na praça e dava expediente quando em Itabuna. Não tinha lugar melhor para ouvi-lo. Ali recebia os amigos com o mesmo entusiasmo de sempre. Arroubo esse que se estendia o ano todo, com mais intensidade próximo ao Carnaval, desfilando garbosamente no bloco As Leoninas, fantasiado a caráter: apenas de biquíni.

Essa era a figura de Léo Briglia, que soube gozar a vida como lhe aprazia, feliz consigo mesmo e irradiando a mesma felicidade para o grande número de amigos que colecionou ao longo do tempo. Além de tudo o que já foi dito, bom pai, extremado avô, que deixa um importante legado para os mais novos. Acredito até que ele cultuava aquele pensamento do nosso poeta português Fernando Pessoa: “Tudo Vale a pena / Se a alma não for pequena. (Mar Português).

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.