Para Roberto Kalil, seria temeridade realizar festas com aglomerações no estágio atual da pandemia
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A recomendação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste contra a realização de festas de Réveillon e Carnaval, emitida na última sexta-feira (3), recebeu o endosso do médico Roberto Kalil Filho, professor titular de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, diretor do InCor e do Hospital Sírio Libanês.

Para Kalil, o posicionamento é correto para evitar a disseminação da covid-19, inclusive a variante ômicron. “Sabemos que uma pandemia é dinâmica, os números mudam rapidamente, mas algumas certezas que temos hoje nos remetem a pensar em carnaval apenas para 2023”, avaliou.

O médico lembra que o Brasil deve terminar o ano com mais de 615 mil mortos pela covid-19, além de 22 milhões de pessoas infectadas. Nessas circunstâncias, seria uma temeridade realizar festas com aglomerações.

Na avaliação de Kalil, a redução do número de novos casos não justifica a liberação do carnaval. “Mesmo com o avanço da vacinação entre nós, é preciso lembrar que a pandemia é mundial e atravessa fronteiras. Temos hoje a variante ômicron, que chama atenção por sua alta capacidade de mutação. Os vírus são agentes que podem ser altamente mutagênicos, ou seja, têm a capacidade de sofre modificações em sua estrutura para enganar o sistema de defesa da pessoa infectada”, explica.

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