Saque calamidade é liberado ´para trabalhadores de Itapitanga
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A partir deste sábado (12), Os trabalhadores de Itapitanga podem solicitar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. A liberação, decorrente das fortes chuvas em vários municípios na Bahia, pode ser solicitada à Caixa Econômica Federal por meio do Aplicativo FGTS.

Os beneficiados são moradores das áreas afetadas em Itapitanga, conforme endereços identificados pela Defesa Civil Municipal. A solicitação de saque pode ser feito até 28 de março. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00. Até o momento, 43 municípios da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram habilitados com o Saque FGTS por motivo de calamidade.

Na Bahia, foram contemplados moradores de Canavieiras, Coaraci, Eunápolis, Floresta Azul, Gandu, Ibicaraí, Ibicuí, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Itajuípe, Itamaraju, Itapé, Itapetinga, Itapitanga, Itororó, Jaguaquara, Jequié, Jiquiriçá, Medeiros Neto, Mundo Novo, Prado, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Ubaitaba, Vitória da Conquista e Wenceslau Guimarães.

Apartamento onde criança estava foi completamente destruído no sábado
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Uma menina de apenas dois anos morreu num incêndio, neste sábado (12), na Travessa São Francisco, no bairro de Fátima, em Itabuna, no sul da Bahia. Um vizinho chegou a entrar no apartamento, no segundo andar do prédio, para tentar controlar as chamas, mas não teria percebido que havia uma criança no imóvel, que ficou completamente destruído.

O eletricista Eduardo Reis, primeiro a subir até o local do incêndio, acredita que, se tivesse percebido que havia uma criança, teria conseguido fazer o resgate a tempo de salvá-la. Ele conseguiu entrar no imóvel, mas achou que o apartamento estivesse vazio e não atravessou as chamas para ir até o cômodo onde a vítima estava.

A criança só foi resgatada minutos depois, por uma equipe do Corpo de Bombeiros, quando a mãe chegou ao local e informou que tinha deixado a filha dormindo sozinha em casa. A criança ainda foi levada para um hospital, mas não resistiu às queimaduras.

A mulher, que não teve o nome divulgado, prestou depoimento à polícia. Ela teria alegado que a filha estava dormindo enquanto foi a um supermercado no mesmo bairro. O delegado, que investiga o caso, decidiu pedir a prisão da mãe da criança por abandono de incapaz, com resultado de morte. A perícia ainda será feita no imóvel para descobrir o que causou o incêndio.

Cada hectare de cabruca estoca 66 toneladas de carbono, segundo estudo
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Já era sabido que a cabruca, sistema agroflorestal de cultivo de cacau em que as árvores nativas da Mata Atlântica são usadas para fornecer sombra aos cacaueiros, tem alto potencial de estocar carbono. No entanto, um estudo inédito buscou compreender a correlação entre a produtividade do cacau, o sombreamento e o estoque de carbono presente nas 17 propriedades estudadas.

A pesquisa é resultado de parceria entre a Universidade Estadual de Santa Cruz, o Instituto Arapyaú, a Dengo Chocolates e o World Resources Institute (WRI). O trabalho foi tocado pelo Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação, da Uesc.

Os pesquisadores doutores Larissa Rocha Santos, Deborah Faria, Marina Figueiredo, Eduardo Assad e Camila Estevam concluíram que, na média, a flora da cabruca retém 60% do estoque de carbono do sistema agroflorestal, demonstrando seu potencial mitigador.

O estudo também indica que há uma forte tendência de sinergia entre as principais variáveis de interesse. Ou seja, o sombreamento tem correlação com o estoque de carbono do sistema, devido à maior presença de biomassa.

NÚMEROS DA CONSERVAÇÃO

O trabalho traduziu em números o quanto essa relação sinergética ajuda a mitigar as mudanças climáticas, mensurando o estoque de carbono nas propriedades que utilizam esse sistema agroflorestal. A cabruca é capaz de estocar, em média, 66 toneladas de carbono por hectare.

“O estudo ainda não faz essa comparação, mas estimamos que isso seja quase o dobro da quantidade encontrada no cultivo do cacau a pleno sol, que é de 35,6 toneladas”, explica Camila Estevam, bióloga consultora e uma das responsáveis pela pesquisa.

Os dados sobre o carbono estocado abrem caminho para a estruturação de pagamento por serviço ambiental, o que também estimula proprietários rurais a conservar as áreas de Mata Atlântica.

Telefones tinham sido roubados em loja da Claro || Foto Polícia Rodoviária Estadual
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Operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal prendeu três homens e deteve uma adolescente de 17 anos que roubaram mais de 30 celulares da loja da Claro, no centro de Ilhéus, na manhã desta sexta-feira (11). Os policiais localizaram o grupo na BR-415, depois de interceptar o carro em que os assaltantes estavam, um Corsa.

Ao revistar o veículo, as equipes da PM e da PRF encontraram os celulares roubados, um revólver calibre 38, munições e duas pistolas falsas. O trio preso, a adolescente detida e os materiais apreendidos foram levados para a delegacia da Polícia Civil. Com informações do Blog Agravo.

Marão publica lei que formaliza transferência de propriedade ao Aeroclube de Ilhéus
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O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), sancionou nesta quinta-feira (10) a Lei 4.142/2021, que formaliza a doação de terreno do município ao Aeroclube de Ilhéus. A área de dez mil metros quadrados é contígua ao Aeroporto Jorge Amado, no bairro Pontal.

A transferência da propriedade é reivindicação antiga do clube, que exercia a posse do terreno por meio de termo de cessão, instrumento legal cujo prazo venceu em janeiro deste ano.

No próximo dia 28 de junho, aniversário da cidade, o Aeroclube de Ilhéus completará 80 anos. Matéria do PIMENTA, publicada em novembro de 2021, conta parte dessa história (veja aqui).

Semana de Arte Moderna completa 100 anos neste domingo (13)
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Cem anos depois, ainda estamos em uma plena Semana de Arte Moderna, que precisa ressignificar nossa caminhada, quebrar o parnasianismo da elite e desmascarar uma gente que se finge de inocente.

Efson Lima

Após 100 anos da Semana de Arte Moderna, o que temos é um Brasil que procura sua identidade. As inquietações permanecem, e o país está “pluridiversificado”, tem-se uma plêiade de vontades e pouco foi feito até aqui. Uma coisa é certa: de lá para cá jamais fomos os mesmos. As coisas não ficaram no lugar. Deixamos de ser um país rural e adentramos na urbanização. As cidades foram amontoando gente. Para abastecer toda essa gente, a agricultura foi maximizada e continuou a encher os bolsos de alguns.

Nas cidades, os postos do setor de serviços são ocupados por aqueles que, supostamente, são os mais habilitados. A indústria se tornou pujante, cada vez mais tecnológica e empregando menos pessoas. Os nossos cabelos nos centros urbanos são depósitos para as fuligens, que se dispersam nas nossas carapinhas e se impregnam em nossa pele. Os rios se tornaram nossos esgotos, pois conferem maior fluidez para as nossas sujeiras.

O Brasil de ontem é o mesmo de hoje quando o assunto são as castas e quem pode mais na república federativa. O QI ( Quem Indica) continua a desafiar os princípios republicanos e condena a nação no trópico. Cem anos depois, uma elite continua a fazer a festa. Todos podem fazer arte, mas nem todos são valorizados. Apenas os bem “indicados” alcançam um patamar de visibilidade, estes são apresentados na TV e aparecem nos jornais impressos. As revistas fazem o arremate final com bastante tinta e brilho. Os quadros, leiam-se as telas, agora são usados para disfarçar as propinas.

O Brasil continua sendo o país dos corpos. As pessoas malham e se exibem nas ruas e avenidas, que são vitrines. Sem falar nas redes sociais, que potencializam e são senhas para as curtidas. Não vou me fazer de santo: eu adoro! Não sou pudico.

As músicas incentivam os tapas nas mulheres e as ofendem. Colocam-nas no porão da história. As bichas, publicamente, são esquartejadas. Os corpos negros caem nas ruas das cidades. Somos todos fiscalizados e monitorados no maior controle da História. Apologias a crimes contra a humanidade, constantemente, são defendidas por alguns em nome da liberdade de ofender minorias e tragédias humanas.

Sentimos saudade dos rebeldes com causa de 1922. Eles descortinaram nossa realidade e impuseram uma caminhada menos romântica. Seria trágico se pegássemos aquele caminho da pura idealização. O Brasil de hoje é plural e continuará a ser. Tem enormes desafios diante dos quais minha geração “já” fracassou. Precisamos recorrer à próxima geração para amenizar as angústias.

No contexto atual, as mulheres se rebelam, mas as regras estão bem delimitadas. Serão superadas. Os negros buscam quebrar as correntes, mas há quem ache beleza em artesanato com réplicas de pessoas escravizadas para comercialização em aeroporto. Cem anos depois, ainda estamos em uma plena Semana de Arte Moderna, que precisa ressignificar nossa caminhada, quebrar o parnasianismo da elite e desmascarar uma gente que se finge de inocente.

Efson Lima é mestre e doutor em Direito pela UFBA, advogado, professor, escritor e membro da Academia Grapiúna de Letras.