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As falas golpistas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as eleições deste ano, sugerindo que não aceitaria o resultado delas em caso de derrota, provocam reações de adversários. Recentemente, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) convocou as lideranças democráticas do país a tomar providências contra as ameaças de golpe.

O cientista político César Benjamin comentou a convocação do pedetista. Segundo ele, é necessário ir além de um compromisso com a democracia. A vacina antigolpe, afirma, é alertar aos que flertam com o golpismo sobre as consequências de uma aventura dessa natureza.

“Creio que as instituições e as lideranças da sociedade brasileira devem anunciar claramente, e de forma crível, que, se houver golpe, desta vez não haverá anistia. Pois, mesmo um golpe vitorioso, em algum momento posterior se esgota e precisa dar lugar a uma nova normalização institucional”, escreveu Cesar, nesta segunda (16), em uma rede social.

A mensagem deve ser contundente, acrescenta o editor da Editora Contraponto. “Anunciemos, pois, que quem conspirar contra a democracia será – agora ou adiante – expulso com desonra das Forças Armadas ou das PMs, perdendo a patente, o soldo e todo tipo de gratificação, sendo levado em seguida a um duro julgamento, na forma da lei, para mofar na cadeia”.

Um alerta nesses termos, na avaliação do cientista político, desencorajaria os que pensam em atravessar o Rubicão. “Isso funcionará. A coragem e o ‘patriotismo’ dos golpistas potenciais não são suficientemente grandes para superar a ameaça de perder suas benesses. Sem a certeza da impunidade, não marcharão”.

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