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Lideranças pataxós e tupinambás chamaram a atenção do Ministério Público Federal (MPF) para a série de ataques de grupos armados a aldeias indígenas do extremo-sul da Bahia. O procurador da República José Gladston e o defensor público federal Vladimir Correia visitaram, ao longo deste mês, comunidades atingidas por ações violentas.

O primeiro encontro foi na aldeia Pé do Monte, na Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, na região entre Prado e Porto Seguro. Depois, o procurador e o defensor tiveram reunião com a comunidade Patiburi, da Terra Indígena Tupinambá de Belmonte, às margens do rio Jequitinhonha, em Belmonte. Por fim, encontraram-se com os líderes pataxó da aldeia Novos Guerreiros, da Terra Indígena Ponta Grande, em Porto Seguro.

Os índios voltaram a defender a demarcação das terras que ocupam e cobraram urgência na adoção de medidas de segurança no extremo-sul do estado. De acordo com as lideranças, as aldeias sofrem com a atuação de grupos milicianos, que espalham terror na região. Os ataques costumam ser feitos por homens fortemente armados, em grupos numerosos, usando caminhonetes.

José Gladston disse que investiga os ataques e que tem se reunido com os órgãos de segurança estadual e federal. Explicou que já existem procedimentos em tramitação no MPF para apurar esses ilícitos, inclusive possíveis formação de milícia, ameaças e racismo. “As informações colhidas aqui serão importantes nestes procedimentos. A intenção do MPF é garantir a segurança das comunidades indígenas, compelindo as forças de segurança a atuarem para impedir novos casos de violência na Bahia”, assegurou.

Após os encontros nas terras indígenas, o procurador voltou a fazer reuniões com os comandos da Polícia Militar na região e expôs as principais demandas dos indígenas pataxós e tupinambás. Os militares, conforme o MPF, comprometeram-se a permanecer em constante diálogo com o Ministério Público e atentos às solicitações das comunidades.

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