Adelar Lutz é investigado por assédio eleitoral, segundo MPT
Tempo de leitura: < 1 minuto

O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou inquérito, nesta terça-feira (18), para investigar o empresário Adelar Eloi Lutz, que atua no agronegócio no oeste baiano. O ruralista é suspeito de cometer assédio eleitoral na tentativa de favorecer o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

De acordo com o MPT, em áudios que circulam nas redes sociais, Adelar teria confessado uma série de atos ilegais envolvendo a coerção de trabalhadores a votar em Bolsonaro. A defesa do empresário recebeu prazo de dois dias para se manifestar no inquérito. O MPT também expediu recomendação para que o ruralista se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais.

Na investigação, Adelar Eloi Lutz é apontado como autor de áudio que conclama empregadores a “pôr para fora” quem não votar em Bolsonaro, prática que ele confessa ter praticado. O ruralista também recomendou que os trabalhadores sejam obrigados a filmar o momento do voto, conduta proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Este é o segundo caso de assédio eleitoral que o MPT investiga nestas eleições no oeste baiano, região conhecida pela produção de commodities agrícolas em grandes propriedades rurais. Outros seis casos também estão sob análise do órgão, que contabiliza somente na Bahia nove denúncias de assédio eleitoral. No país esse número atingiu a marca de 419 casos, num volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *