Nova pesquisa Ipec afere intenções de voto na disputa entre Jerônimo e ACM Neto
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Pesquisa Ipec, contratada pela Rede Bahia, traz o candidato ao governo pelo PT, Jerônimo Rodrigues, com 48% das intenções de voto.

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB) atinge 47%, 3 pontos a mais do que o registrado na semana passada. O percentual de brancos e nulos somam 2% – contra 5% na semana passada. Já o percentual de indecisos ficou em 3%, conforme o Ipec.

Considerando apenas os votos válidos – exclusão de brancos e nulos e indecisos, Jerônimo tem 51% e ACM Neto 49%.

A pesquisa foi feita no período de 27 a 29 de outubro, tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95%. Segundo o Ipec, 2.000 eleitores foram ouvidos presencialmente. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BA-02006/2022.

Lula aparece à frente nas pesquisas feitas por Atlas, Ipec e Datafolha divulgadas hoje (29) || Fotos Divulgação
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O ex-presidente Lula (PT) chega à véspera do segundo turno da eleição presidencial com 52,4% das intenções de voto, informa a AtlasIntel em levantamento divulgado neste sábado (29). Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 45,7%. Ainda segundo a AtlasIntel, o total de eleitores que tende a votar em branco ou nulo chega a 1,9%.

Quando considerados apenas os votos válidos, Lula tem 53,4% ante 46,6% do presidente Bolsonaro.

A pesquisa foi feita no período de quarta-feira (26) até este sábado (29), quando 7.500 eleitores responderam à pesquisa feita por meio de coleta aleatória de dados pela internet. A margem de erro do levantamento é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.

IPEC

Levantamento feito pelo Ipec, ex-Ibope, aponta números semelhantes ao da AtlasIntel. O instituto ouviu 4.272 eleitores em 236 municípios no período que vai de quinta-feira (27) até este sábado (29).

Apurou 54% dos votos válidos para Lula e 46% para Bolsonaro.

Nos votos totais, dá 50% a 43%, com 5% de brancos e nulos e 2% de indecisos. Os percentuais são os mesmos aferidos em outra pesquisa divulgada pelo Ipec no início desta semana. Pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-05256/12.

DATAFOLHA

Pesquisa traz o ex-presidente Lula e Bolsonaro empatados no limite da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais. Lula tem 52% dos votos válidos. Bolsonaro, 48%. Nos votos totais, Lula mantém-se com 49%, enquanto Bolsonaro oscila de 44% para 45%. São 4% os que pretendem cravar branco ou nulo (eram 5%) e 2% de indecisos.

A pesquisa, encomendada pela Folha e Rede Globo, ouviu 8.308 mil pessoas em 253 municípios ontem e hoje (28 e 29). O levantamento está registrado no TSE sob o número BR-08297/2022.

Ex-namorado matou Beatriz diante do filho da adolescente, segundo MP
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O homem acusado de assassinar, com três tiros de escopeta, uma adolescente de 16 anos, na rua Santo André, no bairro Maria Pinheiro, em Itabuna, foi punido com 20 anos de prisão em regime fechado. Ronald Lima Moreira dos Santos, o “Bê”, de 22 anos, foi condenado na quinta-feira (27) pela morte de Beatriz Teixeira Santos, na madrugada do dia 7 de junho de 2020. O réu segue detido no Conjunto Penal de Itabuna.

Os jurados acataram a tese do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que, com base em inquérito da Polícia Civil, depoimentos de familiares e relatório do Departamento de Polícia Técnica (DPT), afirmou que Ronald Lima matou a adolescente porque não aceitava o fim do relacionamento de pouco mais de um ano. Ele foi condenado por feminicídio, com agravante do motivo torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa vítima, morta ao lado do filho de 1 ano.

De acordo com as provas apresentadas pela promotora de Justiça Larissa Avelar e Santos, Ronald Lima atirou em Beatriz Teixeira em frente à casa da família da adolescente, que chegou a ser socorrida para o Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, mas morreu no trajeto. A vítima estava acompanhada do filho, irmã, um sobrinho pequeno e uma amiga da família, quando foi surpreendida pelo assassino, que tentou obrigá-la a segui-lo para uma casa onde moraram antes da separação.

ACM Neto está 8 pontos atrás de Jerônimo na corrida ao governo da Bahia
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A nova e derradeira pesquisa Atlas/A Tarde mostra o ex-secretário estadual Jerônimo Rodrigues (PT) em primeiro lugar na disputa ao governo da Bahia.

Jerônimo tem 52,3% contra 45,2% ACM Neto (UB). O levantamento aferiu as intenções de voto entre os eleitores baianos no período de quarta-feira (26) até ontem (28).

Os eleitores consultados que tendem a votar em branco ou anular representam 1,2%, enquanto 1,3% não souberam responder.

O chamado voto válido, quando excluídos os percentuais de brancos e nulos e de indecisos, traz Jerônimo com 54% ante 46% de ACM Neto.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

A Atlas também quis saber como os baianos votarão na disputa à presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 70%, enquanto Jair Bolsonaro (PL) chegou a 26,6%. O universo de indecisos e de votos brancos e nulos chega a 3,4%. Quanto considerados apenas os votos válidos, Lula atinge 72,5% e Bolsonaro obtém 27,5%.

Encomendada pelo jornal A Tarde, a pesquisa ouviu 2.000 eleitores em 310 municípios baianos, no período de 26 a 28 de outubro, e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo TSE BR 09376/2022.

Henrique Oliveira aponta desequilíbrio na disputa de voto via internet
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Difícil é imaginar como a desproporcionalidade econômica e o obscurantismo sobre o funcionamento das redes sociais não afetariam a justeza das eleições.

Henrique Campos de Oliveira

O conceito de democracia liberal é a garantia de eleições livres e justas. Simples assim! Há quem concorde, como os liberais. E há quem entenda a democracia como algo para além do processo eleitoral, a democracia como algo substancial, com políticas públicas efetivas que garantam a igualdade não só na computação do voto, mas no acesso à riqueza gerada por um país, para só daí ser possível a liberdade.

De toda sorte, nosso processo eleitoral, respaldado pela Constituição, almeja essa característica liberal de eleição livre e justa. Livre é uma eleição que permite a todo cidadão votar e ser votado. Neste último caso, disputando a sua candidatura por um partido. Eleição justa significa dizer que há, minimamente, alguma equidade entre aqueles que participam do pleito. Ou seja, tenta-se atenuar o poder econômico e evitar os abusos da máquina pública, em caso de tentativa de reeleição ou de candidato apoiado por chefe de poder executivo.

Para garantir justiça, também há o Tribunal Superior Eleitoral, que estabelece regras de conduta entre os candidatos, sobretudo, na exposição e propagação dos seus argumentos e ideias. Além de permitir condições livres para participação e justas para a disputa, é também condição para ser considerada uma democracia liberal a garantia de que o candidato eleito assuma o cargo e governe.

Não é de hoje que o Brasil enfrenta dificuldades e riscos nas transições de poder. Só na redemocratização foram dois impeachments. E só tivemos dois casos na nossa história, com eleições amplas, nos quais o presidente que passou a faixa para seu sucessor era opositor político nas eleições. Esses foram os casos de JK para Jânio Quadros (1961) e FHC para Lula (2002).

Além das dificuldades históricas de transições de governos opositores, as nossas eleições seguem livres como nunca. Hoje, qualquer cidadão pode votar a partir dos 16 anos, sem distinção de cor, classe ou sexo. Inclusive, há ações voltadas para garantir o transporte público para que o gasto com passagem não afete o dever cívico do cidadão em comparecer às urnas.

No entanto, considerar nossas eleições como justas é cada vez mais difícil. Além dos abusos da máquina pública, sob a permissividade do sistema jurídico, as redes sociais afetam consideravelmente os critérios de equidade na disputa eleitoral.

Por ser uma tecnologia disruptiva, a internet empreendeu instantaneidade e intensidade a velhos hábitos e práticas na comunicação. Essas transformações criam um ambiente de terra sem lei. Foi assim, dentro da comunicação, com o rádio, a TV e o cinema. O mesmo aconteceu com a impressa. Essas mídias contribuíram com essa sociedade de massa na qual nos encontramos, com a eclosão de tensionamentos e conflitos globais, desde a primeira metade do século XX.

O nazifascismo europeu usou e abusou do rádio e do cinema para disseminar mentiras e ideologias de supremacia racial. De modo semelhante, foram adotadas táticas de comunicação de manipulação em populações marcadas por uma crise econômica sem precedentes e pelo processo de transição política de regimes dinásticos para republicanos.

A solução proposta para esses abusos, após a II Guerra Mundial, foi a regulação das concessões para responsabilizar as pessoas e empresas pelos conteúdos difundidos. A TV, por exemplo, absorveu muito do quadro regulatório do rádio por analogia. Ao longo das últimas décadas, países aprimoraram a regulamentação dos chamados meios de massa. Obviamente, esse propósito nunca foi alcançado na sua excelência. Mas, como as concessões de TV e rádio costumam ser dominadas por poucas empresas, a exemplo do Brasil, foi possível estabelecer, em tese, limites legais para o uso de canais públicos.

As redes sociais estão no limbo regulatório. Estamos aprendendo a conviver com isso e, diferente da transição do rádio para a TV, o aprendizado sobre as mídias tradicionais não esclarece muito do que vivemos na internet. As redes fundiram a comunicação privada à pública. Talvez, essa consequência peculiar à internet de afinar a linha que separa o público do privado seja a principal confusão dos seus efeitos.

Aos que reclamam de censura, alega-se privacidade, mas as postagens têm capacidade de se propagar até mais do que as mídias tradicionais, sem o mesmo rigor de verificação do conteúdo. A disseminação dos smartphones abriu caminho para a enxurrada de fakes news e mensagens de ódio.  Boatos, fofocas e declarações enfurecidas sobre algo ou alguém não são novidade, a questão está na intensidade e magnitude sem precedentes que as redes sociais, associadas a uma tecnologia que cabe na mão, permitem.

Todavia, importante lembrar que os principais integrantes dessa cadeia são empresas transnacionais. Google, Twitter, YouTube, Instagram, Facebook, WhatsApp, Apple, Samsung, Huawei são empresas que agem em uma terra sem regulação pública, porque pouco se sabe sobre ela e, geralmente, quem mais sabe são donos ou trabalham no segmento. Os negócios de Mark Zuckerberg, dono da Meta (Facebook, WhatsApp, Instagram etc.), levaram-no a prestar esclarecimentos ao Senado dos Estados Unidos.

Populistas de extrema-direita, Trump e Bolsonaro deitaram e rolaram nesse vazio regulatório, em 2016 e 2018, respectivamente. O mesmo tenta se fazer hoje aqui no Brasil, de novo. Só que, em 2022, Bolsonaro enfrenta outras condições de regulação, assim como um Lula mais maceteado do que Haddad.

Vale chamar a atenção para as novas influências do poder econômico no alcance midiático dos candidatos. Enquanto as inserções de rádio e TV são reguladas pela legislação eleitoral, o mesmo não ocorre, por exemplo, com o YouTube, onde as peças publicitárias eleitorais são veiculadas mediante o valor desembolsado.

O YouTube, hoje, tem audiência cativa maior do que muitas estações de rádio e TV. Além dos próprios algoritmos das redes sociais que induzem a visualização para determinado perfil ou não. Difícil é imaginar como a desproporcionalidade econômica e o obscurantismo sobre o funcionamento das redes sociais não afetariam a justeza das eleições.

Henrique Campos de Oliveira é ibicariense, doutor em Ciências Sociais pela UFBA e professor do Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas da Unifacs.

Cidadão pode viajar de graça para votar no estado
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O eleitor que precisa viajar entre municípios baianos para votar no segundo turno das eleições 2022 tem direito a ônibus gratuito, conforme decreto do Governo do Estado. O período de gratuidade obrigatória começará às 18h deste sábado (29) e seguirá até as 23h59 de domingo (30). A medida dá direito às passagens de ida e volta.

O governador Rui Costa (PT) antecipou ao PIMENTA que aguardava o respaldo jurídico da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da autoridades eleitorais do país para estabelecer o transporte intermunicipal gratuito no segundo turno (relembre).

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA

Para assegurar o transporte grátis, é necessário apresentar documento oficial de identificação (RG, CNH, por exemplo), o título de eleitor ou outro documento capaz de comprovar que o percurso do ônibus escolhido corresponde ao local de votação do cidadão.

O decreto obriga as empresas de ônibus a ofertarem toda a frota disponibilizada nos dias úteis. Também autoriza o uso de ônibus escolares e outros veículos públicos para o transporte gratuito de eleitores que vivem em locais distantes das suas sessões de votação.

A oferta de transporte gratuito foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Justiça Eleitoral, a pedido da Rede Sustentabilidade. O partido argumentou que, no primeiro turno, a maior parte dos 32,7 milhões de eleitores (20,9%) que não foram às urnas vive em situação de pobreza, o que explicaria a abstenção elevada dessa parcela do eleitorado. Na Bahia, 2,4 milhões de pessoas (21,33% ) não exerceram o direito ao voto no último dia 2.