Logo após a vitória da Seleção Brasileira contra a Suíça, no último dia 28, o Governo Federal informou bloqueio de R$ 1,4 bilhão do orçamento do Ministério da Educação para este ano. Outro contingenciamento, de R$ 1,6 bilhão, já havia deixado as instituições federais de ensino com a cuia na mão, em junho de 2022. Falta dinheiro para pagar contratos e bolsas. “A situação é bastante caótica”, lamentou a reitora Joana Guimarães, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), nesta quarta-feira (7).
O bloqueio de junho retirou R$ 438 milhões das universidades federais, e o da semana passada, mais R$ 344 milhões. “A situação é bastante caótica. As universidades encontram-se sem recursos nenhum, sem recurso para pagamento de nenhuma das nossas obrigações. Certamente, permanecendo esse cenário, nós não teremos condições de pagar as bolsas – nenhum tipo de bolsa, bolsa de iniciação científica, de mestrado, doutorado, mesmo aquelas pagas pelo CNPq e pela Capes”, alertou a reitora.
Joana Guimarães e outros membros da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) estão em Brasília para tentar convencer o Governo Federal a suspender o segundo bloqueio orçamentário. Segundo a reitora, a entidade vai se reunir com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Confira o vídeo divulgado pela reitora da UFSB.