Lula recebe dirigentes sindicais no Palácio do Planalto || Imagem TV Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com mais de 600 dirigentes sindicais de todo o país, nesta quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, em Brasília. Diferente de aparições públicas recentes, ele dispensou discurso escrito no pronunciamento aos trabalhadores, que reivindicam nova política de valorização real do salário mínimo e outras medidas, como a revogação de dispositivos da reforma trabalhista de 2017, a exemplo do que autoriza que negociações coletivas prevaleçam sobre a legislação mesmo quando estabeleçam termos menos vantajosos que a lei aos empregados.

As centrais sindicais defendem que o salário mínimo chegue a R$ 1.342,00 ainda neste ano. Desde de 1º de janeiro, o valor oficial saiu de R$ 1.212,00 para R$ 1.302,00. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o presidente não se manifestaram publicamente sobre essa reivindicação, mas também saíram em defesa de política de aumento real do poder aquisitivo dos trabalhadores.

Lula relembrou o cálculo adotado pelos governos do PT, que somava a inflação do ano à variação média do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois anos anteriores para chegar ao percentual de reajuste do salário mínimo, o que assegurava aumento real de seu poder de compra.

Para discutir a fórmula de reajuste do salário, o Ministério do Trabalho vai montar uma comissão de negociação, reunindo representantes do Governo, dos sindicatos e dos empresários. O presidente também reafirmou o compromisso de isentar do Imposto de Renda quem recebe até cinco salários mínimos, compensando a perda de arrecadação com maior contribuição dos mais ricos. Segundo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acertou ao afirmar que a reforma tributária deve ser aprovada ainda neste semestre.

No final do discurso, Lula conclamou os dirigentes sindicais a mobilizar a sociedade em defesa das pautas da classe trabalhadora. Segundo ele, a retomada de direitos eliminados nos últimos anos e a conquista de novos dependerão, também, da capacidade dos trabalhadores de pressionar o Governo.

– É preciso que vocês aprendam a fazer muita pressão, se não a gente não ganha isso. Vocês têm que fazer pressão em cima do Governo, porque se vocês não fizerem pressão, a gente pensa que vocês estão gostando. Não tenham nenhuma preocupação de falar: porra, nós não podemos pressionar, porque o Lula é o presidente. Não! É exatamente porque o Lula é presidente que vocês têm que fazer pressão, porque, com outro presidente, vocês não conseguem fazer pressão, porque a borracha bate muito forte. Vocês sabem disso – concluiu Lula.

Confira a gravação do encontro nas imagens da TV Brasil.

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