Embaixador da Costa do Marfim no Brasil, Diamoutene Alassane Zie visitou a agroindústria de chocolates finos da BahiaCacau, em Ibicaraí, no sul da Bahia, nesta segunda-feira (17). O diplomata busca a troca de experiências entre os países produtores de cacau e, ainda, conhecer o funcionamento da BahiaCacau, a primeira fábrica de chocolates finos da agricultura familiar do Brasil.
Maior produtor de cacau do mundo e com processo produtivo semelhante ao do Brasil, Costa do Marfim processo quase um terço da sua produção. “Apenas 30% do cacau é processado no país e por grandes moageiras, sendo o restante exportado sem nenhum valor agregado para países da União Europeia”, disse Diamoutene.
O embaixador se disse satisfeito com o modelo produtivo da BahiaCacau e chamou a atenção para a tecnologia instalada na agroindústria. “Fico satisfeito com o que vi aqui e considero importante a troca de experiências, principalmente no que diz respeito a tecnologia dos equipamentos produzidos no Brasil e utilizados na fábrica aqui de Ibicaraí”.
“A Bahia Cacau se fortalece com a presença do embaixador e isso demostra o reconhecimento e esforços dos últimos anos em alancar a agroindústria”, disse Osaná Crisóstomo, diretor-presidente da Coopfesba/BahiaCacau, que vê na visita oportunidade de negócios em cacau e chocolate. Osaná e políticos como os ex-prefeitos Geraldo Simões (Itabuna) e Lenildo Santana (Ibicaraí) acompanharam a visita de cortesia.
O Brasil é exemplo para o país da África Ocidental. Reconhecido como maior produtor de amêndoas do mundo, Costa do Marfim sofre forte pressão global por utilizar largamente mão de obra escrava e trabalho infantil em sua produção. Desde 2019, o país tem força-tarefa para combater estas práticas na lavoura cacaueira.