Estudantes de Ilhéus desenvolvem repelente natural para combater o mosquito da dengue || Foto Divulgação
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Os estudantes Arthur Pereira, Alana de Melo e Manoel Marcos, do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira (Ceepamev), em Ilhéus desenvolveram um repelente para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como Zika, Chikungunya e Dengue. O produto é feito a partir de cravo-da-índia e alfazema-do-brasil.

A ideia surgiu quando Alana se sentiu incomodada pelas picadas de mosquitos e, então, decidiu produzir um repelente que fosse barato e sustentável. “Ela convidou Arthur para a pesquisa. Eles descobriram que o cravo-da-índia e a alfazema-do-brasil possuem propriedades repelentes naturais. Com essa descoberta, resolveram unir os componentes e desenvolveram um repelente de baixo custo”, diz Margarete Correia, professora e orientadora do grupo.

Segundo Arthur, o desenvolvimento do produto envolveu diversas etapas. “Primeiro, fizemos a obtenção do óleo do cravo-da-índia e da alfazema-do-brasil, depois a produção do repelente, seguido do teste de pH, captura dos mosquitos e, por fim, o teste de eficácia do repelente” conta.

Ele acrescenta que “o cravo-da-índia, que contém ácido eugenol, e a alfazema-do-brasil, rica em citronelol e linalol, foram extraídos utilizando álcool. Ambos os ingredientes foram armazenados separadamente em recipientes com álcool para permitir a extração dos princípios ativos necessários à formulação do repelente”.

RESULTADOS PROMISSORES

Os testes feitos pelos jovens cientistas indicaram resultados promissores. “Durante os testes de pH, observamos que as três amostras atingiram uma média de 6,3, o que está dentro do padrão aceitável para repelentes, que varia de 5,5 a 7,5.

Já nos testes com mosquitos, notamos que eles não se aproximaram, comprovando a eficácia do repelente na prevenção contra esses insetos. Além de ser eficaz, o repelente oferece uma alternativa de baixo custo e sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente”, afirma Alana.

O projeto, que tem apoio da Secretaria da Educação, por meio do Ceepamev, e coorientação de Nádia Batista, passará por mais avaliações. “Novos testes serão feitos com o objetivo de aprimorar o produto. Esperamos que o repelente possa proteger as pessoas dos mosquitos, evitando doenças transmitidas por esses vetores, como a Dengue, Zika e Chikungunya”, destaca Arthur, que representou a equipe no Expo Milset Brasil, onde foi premiado com credencial para participar da Milset ESI 2025, em Abu Dhabi.

Na Bahia, os casos de dengue cresceram 667% até abril deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

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