Manoel Novaes enfrenta superlotação de pacientes de várias regiões da Bahia
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O Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, registrou um total de 24.319 atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades de obstetrícia e pediatria. Além de nove municípios pactuados, no período de 1° de janeiro a 31 de outubro, o hospital materno-infantil recebeu pacientes do extremo-sul, sudoeste, oeste, baixo sul e recôncavo do estado.

Foram contabilizados 8.122 atendimentos pelo SUS na obstetrícia e 16.197 na pediatria. O problema, segundo a direção do Hospital Manoel Novaes, é que mais de 50% desses pacientes deveriam ser atendidos em outras unidades de saúde, pois são moradores de municípios não pactuados com Itabuna ou são de baixo risco. Com relação aos casos graves, no acumulado de 10 meses deste ano, foram 3.297 internamentos na obstetrícia e outros 2.554 na pediatria.

A corrida por uma vaga no Manoel Novaes tem gerado superlotação, principalmente dos leitos de pediatria e obstetrícia, conforme informa a diretora técnica Fabiane Chávez. “É uma situação muito delicada porque a quantidade de leitos é limitada. Outro complicador é que a maioria dos pacientes que chegam não são regulados, como deveriam ser”, explica a médica.

TRANSTORNOS
A médica afirma que o envio de pacientes sem regulação tem gerado transtornos, sobrecarregado as equipes e aumentado o tempo de espera acima do habitual. Além disso, de acordo com Fabiane Chávez, muitos casos que dão entrada no Hospital Manoel Novaes são de baixa complexidade e deveriam ser resolvidos nas unidades básicas de saúde, em unidades de pronto atendimento e hospitais de menor porte.

De acordo com a médica Fabiane Chávez, muitos pacientes que são atendidos no Hospital Manoel Novaes deveriam ser encaminhados para municípios onde são pactuados. Para a médica, é preciso saber qual o motivo que as pessoas estão saindo de tão longe para buscar atendimento em Itabuna.

A diretora médica afirma que só devem procurar o Hospital Manoel os pacientes que realmente precisam de atendimento de média e alta complexidade que são moradores dos municípios conveniados para porta aberta. “Os demais devem buscar assistência para onde foram pactuados, pois não temos como atender todo mundo, inclusive pessoas de cidades que contam com hospitais”, alerta Fabiane Chávez.

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