Tempo de leitura: < 1 minuto

Pelo segundo ano consecutivo, a Marcha das Vadias levou seu grito para as ruas de Itabuna. Centenas de mulheres participaram da mobilização, que denuncia a violência e o machismo.

Na marcha de hoje, um dos temas lembrados foi a tentativa de homicídio cometida contra Ingrid Dantas. No dia 22 de setembro, o marido dela, Rogério Gomes, a atropelou propositalmente no centro de Itabuna (relembre). Indrid foi arrastada pelo veículo, teve os cabelos arrancados e ficou entre a vida e a morte. Sobreviveu, mas até hoje não anda por causa da violência.

De janeiro a setembro deste ano, cerca de 1.400 mulheres foram agredidas por seus maridos, ex-maridos ou companheiros na cidade.

Abaixo, algumas imagens captadas pelo jornalista Luiz Carlos Júnior durante a marcha:

43 respostas

  1. A Causa é justa. Mas, a estratégia de combate a violência contra a mulher, em cima do termo “vadia”, é equivocada. Aliena muito mais do que educa socialmente. A legitimação, divulgação, do valor semântico negativo do termo “vadia” ganha mais destaque do que o mais importante: o combate a violência contra a mulher. Na prática, apesar do contorcionismo pseudo-intelectual, não convence a tentativa de positivar o valor semântico negativo do termo “vadia”. O que parece estar em jogo, nas entrelinhas, é, mais uma disputa de valores comportamentais, numa sociedade já tão mal educada, degenerada. Reiterando, trata-se de uma Causa justa,mas a estratégia é alienante.
    O termo “vadia” carrega um valor negativo que não deve ser universalizado na sociedade. Até cabe como licença poética na música, na arte, mas, não no espaço público, político. A tentaiva de legitimá-lo, politicamente, trasita entre o ridículo e o irresponsável. Sofia(a sabedoria) não está presente na marcha das vadia. Por isso, foi um fiasco.Devemos Encotrar outras formas mais saudáveis de se combater a violência contra a mulher, não piorando as coisas.

  2. No meu entendimento, todos somos iguais, tomos direito de fazer o que quisermos não esquecendo de respeitar os outros, pais e filhos, marido mulher, patrões empregados, adultos e crianças, afinal vivemos em sociedade e sociedade é 50% de tudo se não á violência é inevitável.

  3. Quando os negros resolveram ressignificar o termo “raça”, e utilizá-lo como instrumento político de afirmação, a sociedade rapidinho entendeu que só havia uma raça,a humana. Conveniente!!

    Assim acontece com o termo “vadia”, tá lá incrustrado no inconsciente coletivo da sociedade machista, pronto para ser cuspido na cara da criatura, que por um acaso genético, nasceu com a tal fenda(XX) entre as pernas.

    Quem nunca encheu a boca e vomitou o termo,carregado de ódio misógino?! V A D I A!!! Ou cautelosamente não ousou proferir a palavrinha “vulgar”, que martela na cabeça, toda vez que é confrontado com seu preconceito…VADIA!!!

    Só há uma maneira de crescermos como seres políticos que somos, enfrentando nossos preconceitos,nossas fobias, nossas “pragas” sociais, de maneira corajosa. Saudações a quem tem coragem!

    Vadia, vadia, vadia !Até vomitarmos definitivamente essa palavra-conceito de dentro de nós. Pois não adianta limparmos apenas a boca e omitirmos o termo “feioso” do nosso vocabulário:
    Há de se ir muito mais além.

  4. A minha vó, mulher de pouca cultura, costuma repetir uma frase feita que reza o seguinte: é a ignorância, meu filho, que atravanca o progresso. Simples assim!

    Ela acha que essa platitude explica tudo, e eu, termino concordando com ela quando ouço ou leio comentários que refletem preconceitos que são captados com urgência, imediatos, e que soam como reais provas de que o mundo é exatamente assim e não pode ser de outra forma.

    O termo “Marcha das Vadias” surgiu depois que uma série de estupro aconteceu na universidade do Canadá, e um policial troglodita, querendo aconselhar às mulheres para que a violência sexual diminuisse, aconselhou que “as mulheres poderiam evitar isso se não se vestissem como vadias”.

    O obtuso tentou legitimar os estupros pondo a culpa nas vítimas. Imaginem que estupidez.

    Portanto é bom que quem se mete a comentar a Marcha entenda que as mulheres têm o direito de se vestirem como bem quiserem e que isso não dar o direito de tarados atacá-las.

    E que o termo que parece pejorativo, “Marcha das vadias”, é um direito civil assegurado nas sociedades livres.

    E é assim que queremos que sejam todos os seres humanos: livres, cultos e medindo o que falam pra não legitimarem violências contra as mulheres ou quem quer que seja. “Viva a Marcha das Vadias”!

  5. Porque elas não fazem a Marcha contra o MENSALÃO..ou a Marcha contra a camara dos vereadores de Itabuna..ou a Marcha contra Azevedo..Marcha contra Geraldo Simões..Marcha contra Fernando Gomes..sei lá!!!

    Acredito que se o nome fosse outro, ganharia mais apoio..

    Todo ano a mesma discussão, Perda de tempo!!

  6. FRACA A CAMINHADA.VOLTO A REPETIR : A PIOR INIMIGA DA MULHER É A OUTRA MULHER.ENQUANTO NÓS MULHERES NÃO SE UNIR,VAMOS FICAR SEMPRE EMBAIXO DOS PÉS DOS HOMENS.

  7. Qual homem! Aceitaria que sua filha seja amiga de um homem “vadio”?.Ou qual mulher aceitaria que seu filho seja amigo de uma mulher “vadia”?

  8. O termo “vadia” é justamento para chama a atenção de quem acha q mulher é vadia, puta e etc..Mas vem cá.. e se eu quiser ser puta, oque vcs tem haver com isso? Mulher q tem vergonha de ser mulher, faça-me o favor.. É engraçado como muitas mulheres apanham de seus companheiros, e ainda vem gente reclamar do termo vadia.. Acorda, Brasil! Se colocassemos marcha das mulheres, será que o assunto sobre violência contra a mulher iria repercutir o tanto quanto marcha das vadia.. Volto a repetir.. Acorda, Brasil!

  9. Concordo com todas as letras escritas por Felipe e com a adesão de Juliana. O conceito prévio não pode ser desmitificado se numa sociedade que julga pela aparência, nomenclatura e embalagem suscitam o que se quer desmanchar. E desmanchar aqui tem o significado, também, de desfazer a mancha para que ela não se amplie. Não vou, porque não tenho tempo para discutir, prefiro agir, buscando, como disse Juliana, meu lugar ao sol com alegria, decência e trabalho em prol da coletividade.

    Será que na marcha não apareceu carro de som tocando as pornografias tocadas diuturnamente – quer dizer dia, noite e madrugada – todas depreciando a mulher? Se alguém fala, dizem que estão homenageando a mulher, que as crianças gostam, desde quando começaram tocando “Vai descendo na boquinha da garrafa” para mulheres dançarem sob olhares cúpidos de pessoas do sexo masculino. Não creio que vomitando “vadia” na cara dos preconceituosos atenuaria seus desejos de ofender a mulher de qualquer forma. Talvez marcha das Marias desse um tom mais politizado – não disse político – e responsável ao movimento.

  10. Nem ia comentar, mas não posso deixar de parabenizar REGINA, pela bela colocação. Pois quão cega e preconceituosa é a população!!! E essa HELENA SOUZA, coitada!!! Se tem vergonha de ser mulher, tira a vagina e coloca um pênis, só não saia estuprando mulheres e nem chamando-as de “Vadias”….

  11. Eu respeito todas opiniões que foram dadas até aqui por vivermos mesmo que dúvidas às vezes pairam no ar, em um país democrático e de direito! Compreendo que qualquer reivindicação em favor de uma sociedade mais justa e equitativa para todos independentemente de gênero ou outra coisa que provoque a valorização do ser humano é perfeito.
    Porém, lamento pelos comentários perceber que mulheres sérias, inteligentes… Fiquem atribuindo a outra alguns termos pejorativos, visto que, a luta desta marcha é algo válido, tão válido quanto o direito de ir e vir; no entanto, é humanamente impossível independente das pesquisas feitas, e de onde teve a gênese desta marcha sem dúvida nenhuma, pegar o termo que lá no Canadá foi usado, e aplicar aqui no Brasil. Pois sem ser pudico, guardião da moral, o dono da verdade, concordo com todos que disseram que a nomenclatura tem que mudar; como concordo que todos têm o direito de se vestir assim como deseja, sem isso ser um passaporte ou uma placa dizendo que pode ser estrupada; mas sem dúvida estrupa para nós brasileiros o termo, o qual compreendi bem pelas leituras o sentido que ele é usado pelos participantes desta caminhada, no entanto, algumas coisas são o que elas são por mais que se tentem deturpar o sentido delas.
    Portanto, como li em um comentário, o próprio termo por mais bem explicado que venha ser pelas simpáticas líderes da caminhada de Itabuna, volto a dizer pessoas extremamente sérias e comprometidas com a causa, devem pensar humildemente em mudar o mesmo. Pois algumas mulheres ditas piriguetes, usam quase ou senão os mesmos trajes das ditas vadias; e mulher como dizem por aí de família ou que exigem respeito pelos direitos conquistados a longa de várias caminhadas nas manifestações do feminismo, gostam de serem chamadas de piriguites? Se gostam então continuem vadias!!!

  12. Por que a estratégia do movimento negro de positivação do termo “negro”, que antes mais carregado de preconceito, lógica e bem sucedida?
    Porque o termo refere-se a uma uma condição intrínseca do ser, no caso a cor. Ora, com base apenas no um atributo físico do ser,não se pode dizer nada sobre valor moral de um ser humano, sobe pena de ser injusto. Portanto, a estratégia foi correta, lógica e auto-evidentemente Justa.

    Por que a tentativa de positivação do temo “vadia” , não tem lógica, não é a mesma coisa do exemplo anterior. Trata-se de grosseiro de erro de coerência?
    Porque o termo “vadia” refere-se a comportamento do ser, e não a uma característica física do ser. Comportamento pressupõe livre arbítrio, opção, liberdade de escolha. Ora, em face um comportamento humano se pode sim fazer juízo de valor. Por exemplo: Corrupto/Corrupta. Imaginem alguém fazendo uma passeata ” A marcha dos corruptos”. Ora, até o senso comum percebe que uma proposta sociedade “vadia” não subsiste. Na prática, a passeata torna-se muito mais uma tentiva de legitimação do ego e do comportamento pessoal das idealizadoras do que, propriamente ,do combate à violência contra a mulher.

  13. Felipe, acho que você não compreendeu meu posicionamento.

    Em momento algum citei o termo NEGRO e sim RAÇA. O conceito raça é considerado equivocado pela comunidade científica, mas a idéia política de raça serviu, e ainda serve à sociedade racista.

    Se você fosse mulher saberia que ser “vadia”numa sociedade misógina e machista é sim uma condição feminina. O que é uma Vadia senão um rótulo imposto a qualquer mulher que decida exercer sua liberdade sexual, seus direitos de escolha, suas decisões políticas?

    Mas isso você nunca saberá pois não é Mulher.

    Intrínseco
    Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira:
    1. Que está dentro duma coisa ou pessoa e lhe é próprio, íntimo.
    2. Inseparavelmente ligado a uma pessoa ou coisa.

  14. Concordo com O crítico.É necessária essa revisão da estratégia em relação ao “termo”. Nós já lemos e ouvimos todas as explicações; a gênese no Canadá; O argumento de chamara atenção para o problema. Mas, com toda sinceridade , não convence!!! Não tem lógica razoável essa tentativa de ressignificão do termo “vadia”.
    Kant diria que pra saber se determinado comportamento tem validade, é possivel se fazer um teste, com uma pergunta: Eu posso universalizar na sociedade o meu comportamento pretendido?
    No caso, testando a validade do termo-conceito “vadia”, segundo Kant:

    Todos podem se comportar perenemente como “vadios”, sem afetar a qualidade da vida em sociedade?
    Resposta: é claro que não. Pois, se essa proposta política fosse universalizada na sociedade ninguém trabalharia, ninguém estudaria, ninguém teria obrigações à cumprir, os bens sociais não seriam produzidos para serem distribuidos, já que todos estariam vagabundeando.

    Ápesar de todo esforço de argumentação não tem sustenção lógica a tentativa de legitimar no espaço público o termo-conceito “vadia”. Em momentos pontuaiss da vida privada, vá lá, na arte, pose ser um licença poética. Mas, na política não faz o menor sentido. A fraquíssima presença de pessoas na Marcha foi um sintoma claro do insistente erro lógico. Claramente, o apelo não chama à atenção. Não aglutina. Até o senso comum percebe isso. A estratégia parece coisa de adolescente birrenta. A causa é nobre e dignifica a sociedade, porém a estratégia é, no mínimo, ridícula. Pífia.

  15. Que tal cortar o nó górdio? Vamos pensar sobre o contexto de produção e enunciação de discursos sobre a mulher? Onde, quando, para que, por que e como são usados termos e nomes como vadia?
    Quando demostramos gostar de sexo, rejeitamos um homem, saímos de casa para nos divertir, não aceitamos exploração em casa e no trabalho, denunciamos a desigualdade social, quando reclamamos do comportamento masculino, terminamos um relacionamento, não aceitamos a submissão imposta, quando nos violentam, nos estupram, quando sentimos a dor do parto e nos agridem com um: “agora aguente, não tava bom na hora do rala e rola?”, quando denunciamos a violência cometida pelo próprio estado, não aceitamos uma cantada, quando não respeitam nossa orientação sexual, quando engravidamos…
    Será que não conseguimos enxergar que em todos esses casos vadia é o nome dado a vítima?! Vadias são todas as mulheres culpabilizadas pela opressão patriarcal que gera o machismo, o sexismo, a misoginia, e cujo resultado é a violência moral, psicológica, física, patrimonial e sexual.
    Não esqueçamos que o patriarcado é um sistema tão poderoso e com raízes tão profundas que antecede o próprio sistema capitalista. Por isso mesmo não espero que todas as mulheres se identifiquem imediatamente como vadias, afinal, a vítima traz as marcas indeléveis da condição de oprimida e reproduz muitas vezes os mecanismos de exclusão a que estão sujeitas, visto que internalizam e naturalizam o modo de agir do opressor.
    Mas, pensar sobre é uma questão de oportunidade, acreditamos que a Marcha das Vadias possibilita esse momento de reflexão, faz um chamamento, instala o incômodo, principalmente para os que se opõem ao movimento dado o lugar privilegiado que ocupam na hierarquia das opressões.
    Por fim, vale lembrar que estamos vivendo em todo o mundo a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que tal aproveitar a oportunidade para expor o que você(pessoa, instituição, grupo, empresa) tem feito para combater o feminicídio que nos assola? Aproveite para conhecer a última agenda do Coletivo Feminista Marcha das Vadias-Itabuna, quem sabe essa leitura seja um exercício de lucidez e ajude na percepção da seriedade com que esse movimento é realizado. http://www.marchadasvadiasitabuna.com/nossa-agenda/
    As vadias que foram marchar no dia 24 de novembro e as que defendem o movimento são mulheres empoderadas, estão na vanguarda, não se calam, insubordinam-se, transgridem, rompem grilhões e reinventam a palavra e a realidade. Queiram ou não, no mínimo elas ampliaram sua cognição, falar e ouvir o nome vadia acionará em você um outro sentido: feminista!

  16. é interessante~que a maioria das críticas aqui são de pessoas completamente desinformadas, que não procuraram saber exatamente do que se trata a marcha e nem sequer se deram ao trabalho de ver a marcha para começar a criticar. Pelo amor de deus, olha os números de casos de violência contra a mulher!!!

    O nome vadia é exatamnete para chamar a atenção para a culpabilização da vítima!!!
    acorda bando de hipócrita!!!

  17. Felipe Camarão, além de não concordar com o nome, o que vc faz, quais suas ações para com a problemática da violência contra mulher?
    Segue aqui o nosso site e nossa agenda de oficinas antiviolência nas escolas:
    http://www.marchadasvadiasitabuna.com/nossa-agenda/
    Critica sem ação, para mim, é crítica vazia…
    “Se mudasse o nome, talvez eu participaria…” – a grande maioria fala isso! Mas se fosse para participar, ou militar na causa, participaria com essa denominação mesmo, ou então, teria outras ações de militância, em outros grupos que tratam deste assunto…
    Enfim, “vamos pedir piedade, Senhor piedade… Pra essa gente careta e COVARDE!!!”

  18. Felipe Camarão, vc foi na marcha?/ Adesão de poucas pessoas??? vc com certeza deve estar cego, meu caro. E outra coisa, ninguém aqui quer convencer vc sobre o nome vadia, não. Acho que vc , como uma pessoa limitada, não entendeu que o objetivo da marcha é chamar a atenção para a violência, e não aglutinar milhares de pessoas. Isso é desqualificar o trabalho de um grupo que diante de tantos outros que não fazem nada, se propôs a protestar por uma causa. E pífio, meu caro é vc, que com certeza deve ser daqueles homens que ouvem músicas depreciativas, não faz trabalho doméstico e ainda bate na mulher.

  19. Criticar aí sentadinho na sua cadeira é fácil!!!
    Porque não levantam da frente do computador e vão faezr alguma coisa?? Se vcs acham ruim o termo “vadia”, levantem e organizem a marcha que vcs quiserem, com o nome que vcs quiserem… Mas eu duvido que o façam, criticar é mais fácil. Não é todo mundo que tem coragem pra ir á luta, dar a cara pra bater, e gritar por mudanças!!!

  20. É importante lembrar que o nome vadia refere-se principalmente a culpabilização das vítimas de violência. É sempre assim: as canadenses foram estupradas porque são vadias, as meninas do caso new hits foram estupradas porque são vadias. Enquanto escrevemos aqui mulheres são violentadas por companheiros/ ex-companheiros ou namorados. Devem ser vadias tb… somos vadias apneas porque nascemos mulher.

  21. Esqueci de dizer: somos chamadas de vadias quando exigimos esclarecimentos sobre o trabalho dos vereadores na Câmara municipal de Itabuna. Viu Marcos Paulo???? recentemente um grupo de mulheres que estavam fiscalizando ações dos vereadores foram chamadas de vadias. É assim, sempre que transgredimos somos vadias.

  22. Regina Vadia,

    Vejamos o que você falou:

    “Quando os negros resolveram ressignificar o termo “raça”, e utilizá-lo como instrumento político de afirmação, a sociedade rapidinho entendeu que só havia uma raça,a humana. Conveniente!!”

    Ora, Regina o trabalho, correto, dos negros (viu!?vc falou no plural) na ressignificação da “RAÇA”, passou evidentemente pelo trabalho de auto-afirmamação do nome “negro”, até então eivado de preconceito. Lembra do “negro é lindo!”; ” eu ou negão”!!? Foi um trabalho exitôso, pois, as pessoas, pelo preconceito histórico-social, atribuíam, a priori, valor negativo a qualquer pessoa humana portadora dessa CARACTERÍSTICA FÍSICA , INTRÍNSECA ao ser. Ora, isso é fragrante injustiça. Não tem lógica, por sí mesmo. Foi perfeito a ressignificação no caso negro. A Característica física não pode ser valorada moralmente. corretíssimo.
    Porém, de outro modo, no caso feminista, o termo utilizado para ressignificação “vadia”, refere-se a um COMPORTAMENTO do ser. Ora, sabemos que todo comportamento humano é passivel de juízo de valor. A natureza das coisa, nos dois casos, é diferente. E, ao contrário do que você falou, comportamento humano não é intrínseco ao ser. Comportamentos são passíveis de mudança e de julgamentos de valor.

  23. EMILLE ROSARIO vadia, covarde é quem não luta na sua trincheira, nem do seu modo?
    Discordo políticamente de sua estratégia e manifesto sobre isso, posso?

  24. só um adendo a discussão.
    Se você se choca com o nome da marcha das Vadias do que, com o que ela quer mostrar: Machismo, violência, desigualdade.
    Você precisa seriamente rever teus conceitos de certo e errado na humanidade.
    Corre ainda da tempo de você ser uma boa pessoa.

  25. Concordo: “Na prática, a passeata torna-se muito mais uma tentiva de legitimação do ego e do comportamento pessoal das idealizadoras do que, propriamente ,do combate à violência contra a mulher”.
    A necessidade de se auto-afirmar como “pessoa politica”, é o que parece. Não interessa se o coletivo adere ou não, o que se quer é promover o grupo social dos “pseudo-defensores”.
    Ahhhh!
    Pq nao marcha das “Marias”?? Mobilizem o coletivo, o todo, já que é essa a intenção: a conscientização!!

  26. Depois de ter a identidade revelada, aviso ao crustáceo filosófico que o tempo de cozimento da LAGOSTA é de 10 a 15 minutos. Portanto desligue o fogo que já passou do ponto.

  27. Muito inteligente as colocações do Felipe.

    Vejo outras formas de lutarmos contra a violência feminina.

    Todo e qualquer extremismo vejo como burrice.

    Deverá existir um equilíbrio.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *