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O drama de Dona Edna Oliveira Melo, 48 anos, pôde ser acompanhado aqui no Pimenta em excelente artigo da jornalista Celina Santos, do Diário Bahia. Esperava-se que a via-crúcis da mulher que vive há seis anos com uma úlcera crônica na perna tivesse fim hoje. Não teve.

Há quase cinco anos ela recorre ao INSS na esperança do auxílio-doença. A perícia nega o benefício, apesar da úlcera e das dificuldades mais do que visíveis de Dona Edna. Hoje, foi à agência da Previdência Social e não conseguiu atendimento.

Na agência local do INSS, foi informada que deverá aguardar uma visita de assistente social da Previdência. Só após a visita da assistente é que poderá ser submetida a nova avaliação de peritos do órgão.

E aí, outro martírio. A agência de Itabuna não possui assistente social. Uma profissional da área chegará somente em setembro. O fato da mulher já ter sido submetida a uma visita e análise de uma assistente social da prefeitura não ajudou em muita coisa.

A frustração de Dona Edna aumenta ainda mais à medida que a perícia, prevista para as 16h do dia 22, fora marcada pela Secretaria de Assistência Social de Itabuna. Era só chegar e fazer a avaliação para, então, saber se teria, enfim!, direito ao auxílio-doença.

A alegação do INSS, agora, é que a senhora, antes da perícia, precisa passar por uma avaliação sócio-econômica feita pela assistente social. Só que este trabalho foi feito pelo município, também apto para este tipo de avaliação. Trabalho, aparentemente, descartado.

A isso tudo, junte-se o fato de que Dona Edna já passou por duas avaliações que indicam a sua incapacidade para o trabalho. Até aqui, realmente, não dá para entender a situação a que está sendo submetida a catadora de papéis e outros materiais recicláveis.

Nesta quinta-feira, às 8h, Dona Edna retornará à agência do INSS para ver se consegue uma resposta definitiva. Alguém, finalmente, vai se compadecer da situação desta mulher ou será mais uma vítima (e de novo) dos burocratas do órgão?

0 resposta

  1. Burocracia existe em todo lugar. Algum médico opera sem exames?
    Algum jornalista divulga algo sem checar? Pra tudo é necessário organização e planejamento.

    Injutisficável é um órgão como o INSS não ter um profissional estritamente ligado ao seu motivo de existir.

    Com a palavra, a gerente.

  2. Prezado Senhor,

    Realmente a referida reportagem, por sinal, mostra a situação em que vive os mais precisados, muitas das vezes ocultamente excluídos da sociedade de “consumo”. Contudo, isso revela também a falta de Defensores Públicos da União para que se faça valer o direito dos mais necessitados junto aos Orgãos Públicos Federais. A situação dessa senhora, pode ser muito bem resolvida através da Justiça Federal, graças a inteligente e real reportagem.

  3. Diante do comportamento dos politicos e burocratas dos orgaos publicos do Brasil, onde só os carentes e mal informados sofrem, a sociedade tem que responder nas urnas alijando esses politicos que mandam e desmandam há muitos anos e que para o cidadao são os chamados “copa do mundo” que nada fazem para corrigir os erros do estado, só buscam beneficios proprios.

  4. Em vez de auxílio-doença, era melhor ela tentar o LOAS, mesmo assim teria que passar pela assistente social, que vai verificar as condições de moradia, se há outras pessoas trabalhando na sustentação dela, para ver se ela se encaixa no benefício. Pela reportagem que vi no Alerta Total, ela não vai ter direito a auxílio-doença. Há não ser que o próprio INSS migre ela para o LOAS.

    Mais este é apenas um caso a mais, fui ao INSS entregar apenas um documento solicitado para dar continuidade ao Auxilio Maternidade, de uma amiga. Marca no referido documento que tem que ser entre as 11:00 e 12:00 horas, chegue lá as 11:07 horas, sai as 12:10 horas.

    Apesar de toda a tecnologia empregada no atendimento, falta agilidade dos funcionários, que diga-se de passagem, acabaram de sair de uma grave por melhores $alario$$$$$$….

  5. Já pensou, se na hora de distribuir, o Estado tivesse a mesma agilidade que ele tem para arrecadar? A visita do assistente social é apenas uma desculpa, provavelmente essa senhora não contribuiu ao longo da vida, por isso lhe é negado o direito. Afinal o Estado existe para servir ao povo ou o contrário? Se for o contrário, ele não possui razão para existir. Pois não consegue cumprir seu único objetivo. Mas… Vamos seguir… Caminhando e cantando…

  6. Indignada, nesse caso, assistÊncia social, ela não precisa de nenhuma contribuição.

    O problema é saber se ela realmente não depende de ninguém.

    Infelizmente a lei é essa.

    Teve cncurso agora pra A. Social, antes era feito pelas prefeituras.

  7. A questão é: Os políticos estão mandando demais neste país…
    e mandando errado. Duvido se ela tivesse a simpatia de político pra ver se isso estava assim!

  8. Prabens celina!gostei do link entre a ficçao e realidade!!é por ai mesmo!a sociedade precisa enxergar nossos dalits grapiunas,D.Edna nao quer esmola,apenas q seus direitos sejam respeitados!!ela tambem é cidadã!! disponho AUTO -fALANTE no centro cultural numa sexta para investir nos remedios dela.pode contar comigo!! percebe-se VOCE É DO BEM!! cambio.

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