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Certidão emitida pelo MP (clique para ampliar).
Certidão emitida pelo MP (clique para ampliar).

Uma certidão emitida pela promotora Rita Tourinho nega que o candidato ao governo baiano, Rui Costa (PT), seja alvo da ação civil pública que investiga desvio de dinheiro público via Instituto Brasil. A entidade já presidida por Dalva Sele Paiva teria desviado, segundo a própria denunciante, R$ 6 milhões para petistas ou campanhas eleitorais.
A certidão do Ministério Público informa não existir qualquer acusação ou investigação contra o deputado federal e candidato ao governo, “ainda que por citação de seu nome por terceira pessoa, em processo relacionado à Dalva Sele Paiva e ao Instituto Brasil”.
A denúncia de desvio de dinheiro foi publicada na edição do final de semana da revista Veja. Dalva, que responde a 17 processos judiciais, acusa, além de Rui, políticos como Afonso Florence e Walter Pinheiro.
Dalva diz que não denunciou os políticos antes porque passava por sérios problemas de saúde, entre 2011 e 2014. Ela não compareceu ao Ministério Público estadual quando foi convidada, segundo a promotora Rita Tourinho em entrevistas.
Apesar de estar em dificuldades financeiras e com bens bloqueados, ela teria quitado dívida superior a R$ 15 mil em condomínio e viajou no início do mês para Barcelona, Espanha, logo após a entrevista à revista. Como ela teve contratos com o governo Paulo Souto, entre 2005 e 2006, petistas acreditam que algum político financiou a denunciante. Para o governador Jaques Wagner, a matéria de Veja foi comprada, mas ele não cita nomes de quem pagou a publicação.
O candidato Rui Costa disse achar estranho que a menos de 15 dias da eleição Dalva faça denúncia. E insiste: “Misteriosamente, antes da publicação da reportagem essa senhora, que responde a 17 processos e acumula dívidas depois que seus bens foram bloqueados pela Justiça, consegue quitar todas seus atrasos financeiros e ainda ter dinheiro para viajar para a Europa. O suposto crime eleitoral deve ser urgentemente apurado pela Justiça – disse ele.
Ontem (23), Rui oficializou ao Ministério Público Estadual e à Polícia Federal pedido para acelerar a investigação e para que Dalva seja extraditada ao Brasil para comprovar as denúncias.

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