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Soldado José Januário Neto diz que prisão é política e critica excesso.
Soldado José Januário Neto diz que prisão é política e critica excesso.

Cinco soldados começaram a cumprir hoje (14) punição de 21 dias de prisão, após serem apontados como os líderes da greve da Polícia Militar em Itabuna, em 2012. Os policiais punidos são José Januário Neto, José Roberto dos Santos, Márcia Batista de Oliveira, Renata Tereza Brandão Meireles e Wadson Andrade. A soldada Valéria Morais escapou da punição por ter imunidade parlamentar ao se tornar vereadora.

A punição está sendo cumprida no 15º Batalhão da PM. A prisão é considerada injusta e quebra de acordo verbal do comando-geral da PM em 2012 (relembre aqui). Um relatório da Corregedoria da PM, considerado severo, apontou que os policiais teriam impedido saída de viaturas do batalhão em Itabuna, o que é contestado tanto pelos policiais como por entidades que acompanharam a paralisação em Itabuna.

Há pouco, conversamos com um dos policiais presos, o soldado José Januário Neto. Os policiais deverão recorrer até amanhã (15) da decisão administrativa. “É, para mim, uma prisão política. Não é para realinhar ou readequar o servidor público, pois já fomos punidos lá atrás, quando ficamos presos 23 dias (em 2012), oriundo de decisão da Justiça Militar. Então, três anos após vem mais essa prisão, de 21 dias?”, questiona.

Tanto para associação militares como para o policial Neto, a partir da decisão tomada no início deste mês, “houve quebra de acordo, firmado em 2012, pelo então comandante-geral da PM, Alfredo Castro. O acordo verbal – gravado em vídeo – estipulava que não haveria prisões onde não houvesse ostensividade de material bélico, arma contra colega, uso de bala-clava, não houve desordem e depredação de viatura.

Os policiais pedirão uma reconsideração de ato do comando da PM para tentar suspender a decisão de prisão de 21 dias. Para Neto, a ação está prescrita porque foi julgada mais de dois anos após a greve. “Iremos pedir o arquivamento da prisão”.

Questionado pelo PIMENTA se considerava a decisão um excesso, o policial disse que sim. “Essa decisão da PM está fora da proporcionalidade e razoabilidade do processo. Hoje, se fosse fundamentar juridicamente, daria prescrição. Essa seria a sentença final nossa. Prescreveu a punibilidade do Estado”. Em Itabuna, além dos cinco policiais, também está preso policial que participou do movimento em 2012 em Ilhéus, mas hoje trabalha no 15º Batalhão, o Soldado Brito, que foi punido com 15 dias de detenção.

3 respostas

  1. Um soldadinho punido por revindicar um prato de feijão,cujos filhos não passar fome e sua família viver pelo menos com um pouco de dignidade dentro de uma sociedade.

    No ano de 2OO1 outros policias fizestes as mesmas revindicações,querer um prato de feijão,o movimento durou mais de uma semana e levou a capital da Bahia um extremo caos.

    O então candidato a presidente do Brasil,o Sr.lula da Silva,no Rio Grande do Sul,apoiou à greve da Polícia Militar da Bahia,”os mesmos têm todo direito de fazerem greve” e culpou o caos na capital da Bahia,o então governador,Dr.Cesar
    Borges.

    O então, deputado Federal,Sr.Jaques Wagner,foi um artífice,aliciador,incitador, instigador,cujo papel,induzir,convencer à greve da Polícia Militar da Bahia, segundo a ideologia do mesmo,o caos,à desgraça extrema iria trazer lhes dividendo político ao então deputado federal e de fato trouxera.

    Governou a Bahia por 8 anos e emplacou seu então menino de recado e comprador de cachaça,Rui Costa, governador da Bahia e tendo o papel de levar recado as lideranças da greve da Polícia Militar da Bahia,em 2OO1, ofício pelo qual no sindicato do sindíquimica da Bahia era seu ofício e de servir café.

    Pasmem; O governador era unha e carne com o movimento grevista e o mesmo era o responsável e há, não só documentos que comprova,bem como há apoio explicito pelo qual,condenara as punições impostas aos então policias grevistas da greve de 2OO2.

    Esta greve de 2O12,consta que,inclusive com documento pelo qual,nenhum policial militar seria punido.

    Entretanto,aqui pra nós,dá pra confiar no PT? dá pra confiar no que o PT fala?

    Fonte. Folha de São Paulo,27 de julho de 2OO1.

    “Maldito do homem que se alinha e acredita na seita do PT” Poeta desconhecido.

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