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As pendengas com os aliados não representam a única preocupação do governador Jaques Wagner. Na própria “cozinha” do PT – como de costume – os ilustres confrades não param de mexer seu caldeirão de diferenças e conflitos.

Com a proximidade do Processo de Eleição Direta, Wagner já se preocupa com a temperatura que as divergências podem atingir. E incentiva o PT baiano a marchar unido no PED, apoiando a reeleição de Jonas Paulo, da corrente Construindo um Novo Brasil.

Ocorre que outras tendências, como a Articulação de Esquerda (Walmir Assunção) e ADS (Walter Pinheiro) querem lançar candidatos à presidência do diretório estadual. A ADS, inclusive, se reúne neste fim de semana em Salvador para definir um candidato.

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  1. MISÉRIA MORAL

    EDITORIAL
    Folha de São Paulo
    20/08/2009

    Declarações de Lula sobre “denuncismo” da mídia revelam o gênero das alianças de que o projeto político petista depende

    PRIMEIRO a prática, depois a teoria. O presidente Lula e o PT não têm feito segredo dos compromissos que os vinculam, hoje em dia, ao ex-presidente José Sarney -para nada dizer das relações cordiais que mantêm com Fernando Collor de Mello.

    Adversários históricos, todos se conciliam em torno de um objetivo que só na aparência corresponde à desgastada tese da “governabilidade”.

    Em pauta, acima de tudo, está o interesse lulista de garantir o apoio do PMDB à candidatura Dilma Rousseff. Provêm dessa penosa circunstância, como se sabe, as cenas de hesitação eventual e de governismo explícito que dividem a bancada petista no Senado. É como se não houvesse nada de mais incômodo, no momento, do que discutir a ética na política -assunto que, no passado, constituía uma constante na retórica do partido.

    O pragmatismo lulista vai seguindo seu curso habitual. Nada de novo haveria a assinalar neste tópico, não tivesse o presidente da República oferecido, em recente entrevista a uma emissora de rádio do Rio, estranhas justificações teóricas para o espetáculo que protagoniza.

    Em meio a nebulosas considerações sobre a qualidade dos times brasileiros de futebol e sobre os peixes que cria num lago do Palácio da Alvorada, Lula recorreu a um exemplo histórico para condenar o que chamou de “denuncismo”.

    “Eu estava lembrando o seguinte”, disse Lula. “Este país teve um presidente que governou com mão dura durante 15 anos, chamado Getúlio Vargas (…) esse homem, em quatro anos de democracia, foi levado ao suicídio porque era chamado de ladrão todos os dias”.

    Num vertiginoso retrospecto, Lula relembrou outros casos de “denuncismo”, coroando suas considerações com uma referência casual: “depois foi o Collor”.

    Nada como uma ditadura, portanto, para proteger governantes de denúncias. É esta, sem dúvida, a única conclusão cabível da referência feita pelo presidente ao período de “mão dura” do Estado Novo.

    Não é certamente o caso de atribuir peso excessivo a mais uma das incontáveis infelicidades verbais de Lula. Sinais de tentação autoritária, comuns tanto à direita quanto à esquerda sul-americana, mostram-se menos presentes no Brasil do que em outros países do continente.
    Persiste, entretanto, a renitente disposição governista de atacar a imprensa, cada vez que se desvelam os abusos dos poderosos de plantão.

    A crítica lulista ao “denuncismo” não é nova. Mas que se faça o elogio da repressão ditatorial varguista, e que se chegue ao ponto de lembrar o impeachment de Collor como exemplo dos possíveis perigos das mobilizações da opinião pública, é algo que revela, lamentavelmente, a miséria moral do petismo -e o tipo de companhias de que depende para a continuidade de seu projeto de poder.

  2. Zelão diz: – Vai mais além!

    O PT, para se manter no poder, vai mais além: – Joga o jogo perigoso de cafua, onde todos os que participam, sabem que existe roubo. Mas, acreditam ser o mais esperto a roubar os demais.

    Os conflitos que aqui e ali afloram no seio petista – causados por aqueles que; mesmo gozando de benesses do poder, sentem nas entranhas o incomodo pela negação do passado que construíram. Nada que não possa ser calado (salvo uns poucos), com um severo chamamento à razão: – “… Precisamos deles para nos mantermos no poder.”

  3. Na verdade, o PT se afogou na voracidade de se manter no poder, .., se descaracterizou totlmente, …, renunciou os seus princípios mais nobres, …!!!

    Até o Mercadante se rendeu a todas as negociatas, manobras, …!!!

    Que coisa feia, …!!!

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