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Condições encontradas pelos fiscais são análogas à de escravidão (Foto MTE).
Condições encontradas pelos fiscais são análogas à de escravidão (Foto MTE).
Um casal de chineses que trabalhava em condição análoga à escravidão foi resgatado no Rio de Janeiro pela equipe de Fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho no estado, durante operação realizada em conjunto com o Grupo Especial de Fiscalização Móvel. A dupla trabalhava em uma lanchonete, sem vínculo empregatício e morava no andar de cima do estabelecimento, em espaço improvisado e insalubre.

Os chineses estariam no Brasil desde 2011, mas teriam começado a trabalhar na pastelaria em 2012. Nunca tiveram a Carteira de Trabalho assinada e, de acordo com relatos de vizinhos, sempre moraram no mesmo local. Eles não falam nem compreendem bem o português e precisaram de um intérprete de mandarim para dar o depoimento.

O auditor fiscal do trabalho, Alexandre Lyra, que esteve no local, relata que o espaço sobre a pastelaria usado como moradia não tem condições de habitabilidade. “O pé direito é baixo, o que obriga uma pessoa de estatura média a andar com cuidado para não bater a cabeça nas estruturas de sustentação do telhado, não há janelas, e as paredes estão mofadas. Além disso, não existem condições de higiene, as instalações elétricas são precárias e há risco de desabamento”, informou Lyra.

A operação que flagrou a situação desses dois chineses ocorreu entre 30 de junho e 14 de julho. Os imigrantes receberam todas as verbas rescisórias referentes ao tempo em que trabalharam na pastelaria e foram encaminhados aos programas sociais do Governo Federal. O proprietário da lanchonete foi multado.

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