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Os países-membros da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) elegeram, neste domingo (23), o novo diretor-geral, que ficará à frente do órgão pelos próximos quatro anos. Qu Dongyu, vice-ministro da Agricultura da China desde 2015, foi eleito com 108 votos.
O governo brasileiro declarou apoio formal ao candidato chinês. O escolhido substituirá o brasileiro José Graziano, que encerra em julho seu segundo mandato. O vice-ministro Qu Dongyu assumirá o cargo de diretor-geral da FAO no dia 1º de agosto.
Apesar dos avanços alcançados nas últimas duas décadas, 821 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo. A meta das Nações Unidas é erradicar a fome global até 2030. No entanto, a fome não é o único problema nutricional que o novo diretor-geral da FAO deverá enfrentar.
Atualmente, mais de 2 bilhões de adultos – com mais de 18 anos – estão acima do peso, sendo 670 milhões considerados obesos. De acordo com a FAO, estima-se que o número de pessoas obesas no planeta irá superar o de famintos em poucos anos. Ao mesmo tempo, 2 bilhões de pessoas sofrem de deficiências nutricionais.
Entre os motivos para o crescimento da obesidade mundial está o consumo de alimentos ultra processados, que têm altos níveis de sódio, açúcar refinado, gorduras saturadas e aditivos químicos.A FAO aponta como desafio a implantação de sistemas de produção que forneçam alimentos saudáveis e de qualidade.
PROJEÇÕES
As projeções apontam que a população global deve ultrapassar 9 bilhões de pessoas em 2050. Para suprir a demanda global por alimentos, o Brasil é um dos países em condições de fornecer cada vez mais alimentos de qualidade para o mundo.
Até 2026 e 2027, a previsão é da produção agropecuária brasileira crescer 41% – a maior do mundo, aliada ao uso de apenas 30,2% do território nacional, tecnologia e técnicas sustentáveis.