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Joana está fazendo mágica na UFSB após corte de verbas

O orçamento da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) em 2019 caiu para menos da metade: o valor inicial de R$ 31,5 milhões foi para R$ 14,5 milhões, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

O primeiro efeito do corte é sentido pelo corpo: apesar do inverno quente, em que a temperatura chega a 27 graus, a ordem é deixar o ar-condicionado desligado em todas as unidades. A situação foi relatada em entrevista da reitora Joana Angélica Guimarães ao site Intercept.

Inicialmente, UFSB receberia de R$ 31.529.663, mas perdeu R$ 17.620.589 com as medidas adotadas neste ano pelo Governo Federal. Só na rubrica de despesas de investimento (obras, mobiliário e materiais), o valor inicial de R$ 13.909.074 minguou para R$ 2.108.008.

De acordo com Joana Angélica Guimarães, a despesa mensal da universidade é de R$ 1,2 milhão, mas o governo só está repassando R$ 860 mil. “Estamos literalmente precisando escolher quais contas a gente paga e quais a gente atrasa, quais contratos a gente honra e quais não”, diz.

A reitora destaca “que o campus fica em uma cidade (Itabuna) muito quente, mas definimos desligar o ar-condicionado para economizar energia elétrica. Os projetos de pesquisa estão em stand-by. Também temos diversas obras paradas, pois não temos recursos para pagar a empreiteira. A ordem direta é agora é suspender as obras, pois não há como arcar com os custos – mas ainda estamos discutindo com o MEC. Até lá, estamos nesse jogo de atrasar aqui, reduzir ali e ir levando para fechar o mês”.

Joana Angélica  destaca ainda que é crucial é o andamento das obras nos três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas). “A infraestrutura implica a sobrevivência da universidade, quer dizer, da própria estrutura física onde vamos atuar. Como somos uma universidade muito nova, ainda há muito a construir. São três campi, que precisam de investimento na infraestrutura básica. Não temos sede própria da reitoria – atualmente trabalhamos num prédio alugado. Temos áreas doadas e imóveis adaptados para salas de aula, reitoria e pró-reitorias, mas já temos um déficit de salas de aula nos três campi”.

A professora destaca que novos alunos vão chegar e não sabe como “vamos recebê-los no próximo ano. Fizemos um planejamento das obras diante de um orçamento aprovado no ano passado. Esse orçamento não se concretizou, pois foi contingenciado em abril.

Ela destaca que essa “situação se reverta em setembro. Caso contrário, teremos problemas sérios na manutenção de uma série de atividades. Dias atrás, parlamentares e representantes da Andifes se reuniram com o ministro [Abraham Weintraub] e ficou sinalizada ficou sinalizada a possibilidade de descontingenciamento e recursos a partir de setembro. Precisamos disso para continuar. Leia aqui a entrevista completa da reitora ao site Intercept.

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