Há cerca de 20 anos o ex-prefeito Fernando Gomes resolveu antecipar o carnaval em Itabuna. A novidade, inicialmente vista com desconfiança por boa parte da população, virou coqueluche, e em diversas partes do país passou a ser repetida.
Fernando Gomes jura que ‘se aposentou’ da política, mas parece que deixou um herdeiro para sua mania de inovar com a folia de Momo – ele já fez carnaval até no réveillon!. Isaac Carvalho, prefeito de Juazeiro, acaba de anunciar que jogou o Carnaval da cidade para os dias 27 a 30 de maio de 2010.
Como se sabe, em fins de maio o forró já está comendo solto pelo Nordeste afora – ainda mais no sertão. Não será surpresa se o som dos trios elétricos se confundir com o chiado da sanfona, o tum-tum da zabumba e o tingolingo do triângulo nas ruas de Juá.
Segundo o secretário do Turismo, Pedro Filho, a mudança foi por reivindicação dos empresários, comerciantes e donos de bloco. A festa em 2010 seria realizada na última semana de janeiro.
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Zelão diz: – O buraco é mais embaixo!
Cinicamente o prefeito de Juazeiro, quer mesmo é garantir com o dinheiro público, a arrumação do palanque de campanha, para Wagner e Dilma. Em abril, tendo Dilma já se afastado do Ministério, estará em plena campanha a presidência da república. A fseta previamente marcada, será o disfarce para burlar a lei eleitoral que proibe os showmícios nas campanhas.
Isso que é desfaçatez!
As cidades do interior baiano, cada vez mais acuadas em função dos preços estratosféricos cobrados pelas bandas de Axé Music de Salvador e cada vez mais pobres, com uma população dada dia mais miserável, sustentada, grande parte, por bolsa família ou coisa que o valha, não conseguem disputar as referidas bandas com as demais capitais estaduais e tammbém algumas cidades do exterior, onde a música baiana ganhou espaço, vão tentando mudar as datas das suas festas desesperadamente, em busca de um custo um pouco menor, …!!!
Não me surpreenerá se o carnaval fora de época, no interior baiano, qualquer ano, cair no dia de finados, na semana santa, …!!!
Quem viver, verá, …!!!
É o que dá, querer fazer festa sem ter condições, …!!!
Coisa de quebrado, …!!!
Fazendo uma analogia: Seria a mesma coisa de times como Itabuna ou Juazeiro querer contratar Adriano, Ronaldo ou mesmo o Kaká, …, tem que se conformar que é impossível, …!!!
Jacobina foi a pioneira nas micaretas. O jornal jacobinense “O Lidador”, já na edição de 7 de abril de 1935, publicava as novidades da capital, acerca da mudança de nome, evocando a todos para participarem do evento: “Despertai, foliões, para o delírio que impolga. Erguei-vos, jacobinenses, em êxtase de alegria e vinde com as “Sertanejas Alegres” festejar o “Bicarnaval”, “Micareta”, “Refolia”, ou “Mi-careme” que a 28 do corrente reinará sob louco enthusiasmo, espancando tristezas e dissidências. A cousa vai ser da outra vida e não haverá quem resista a tentação.”
Silva (1986) afirma que a data da primeira Micareta foi em 1933, porque este foi o ano de fundação do periódico O Lidador, onde estão registradas as primeiras informações da festa em Jacobina. Para Lemos (1995), “a micareta parece ter-se originada em Jacobina, em 1912, por iniciativa de Porcino Maffei aqui residente, organizando o bloco “As Copas”. Tudo indica que ela se originou em Jacobina, quando Salvador e Feira de Santana ainda não tinham as folias da Micareme”.
A segunda em carnavais fora de época e que realmente se tornou quase uma pioneira, por sua perenidade, foi Feira de Santana. A Micareta de Feira foi criada em 1937 por um grupo de feirenses inconformados pela não realização do Carnaval, impossibilitado por fortes chuvas. Com o passar do tempo, a festa se tornou uma das maiores manifestações populares do interior da Bahia e do Brasil. O nome deriva de uma festa francesa, Mi-carême, e desde os anos 90 vem se espalhando por várias capitais e cidades brasileiras, a partir do sucesso de sua realização em Feira de Santana.
O pior é que super-faturam as bandas mindinhas, para ficar com o dinheiro, ou dar o calote nas pobrezinhas…
Que governantes, hein?