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Os pobres mortais que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) em Itabuna estão passando por situações inusitadas. Caso necessitem de algum procedimento cirúrgico cardiovascular na cidade não têm como se livrar da possibilidade da morte certa.

É o seguinte: como a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) firmou convênio com a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna para os benditos procedimentos, não podem ultrapassar a cota mensal estipulada – apenas seis (ou coisa que valha), pois o SUS não paga as cirurgias excedentes.

Se por ventura o paciente for avisado pelos médicos e hospitais que seu procedimento não pode ser liberado em Itabuna, pois a cota já foi preenchida, e quiser ir a Salvador, também não logrará mais sorte. Lá, os médicos ou hospitais da capital dirão que, como ele mora em Itabuna, terá que fazer o procedimento no seu domicílio.

Confira mais sobre esse absurdo denunciado pelo Cia da Notícia (clique aqui).

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  1. Caro amigo da Redação
    Cardíacos somos todos nós que temos coração, aqueles que estão penando em fila do SUS em Itabuna são cardiopatas. Um abraço, gosto muito do blog.

  2. NOBRE SENHORES,

    Somos filho de Gabriel Nepomuceno Santos, um senhor de 69 anos, por mais de dois anos, meu pai, vem apresentando um quadro de insuficiência cardíaca, porém apesar de fazer aproximadamente uns quatro ecos cardiograma no hospital de base, nada de grave era encontrado.
    Após passar mal, mais uma vez recorreu ao referido hospital para realizar o mesmo procedimeto de exame, outra vez nada encontrado. Não se contentando, nós familiares, resolvemos contratar os serviços de um medico particular que aos fazer um novo ECO diagnosticou sete tipos de doença cardiovascular recomendando um procedimento cirúrgico.
    Ao apresentar o exame e o diagnostico ao antigo medico credenciado pelo município, o especialista encaminhou para a santa casa com um laudo, onde fomos informados o não realização por falta de convenio, sendo encaminhado ate a secretaria de saúde que por sua vez encaminhou para o centro de regulamentação, que por sua vez encaminhou para a prefeitura que encaminhou para o centro de regulamentação….ufa.
    Após cinco dias de calvário, meu pai passou mal seis vezes sendo atendido no São Lucas ( ótimo atendimento) ao ver que o destino deste paciente era o óbito, nós resolvemos encaminhar para o nosocômio Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Fundação Adib Jatene- São Paulo, onde para manter o paciente já acumulamos certa divida.
    Caros leitores, é de praxe alguém escrever ou falar que somos alguém ligado a política de esquerda, não é verdade, somos filhos e netos a qual queremos ter o direito de termos alguém para chamamos de pai.
    Não queremos piedade, e sim dignidade a que todo ser humano tem direito a vida, mas esse direito não prevalece em ITABUNA. O jeito é mudar de cidade enquanto estamos vivos.

    Assinado:
    Gabriela Nepomuceno
    Luciana Nepomuceno
    Nicolly Nepomuceno
    Rodrigo Nepomuceno
    Stefani Nepomuceno
    Ricardo Nepomuceno
    Graziele Nepomuceno

  3. E não é somente com esse procedimento não. Para outras áreas é do mesmo jeito.

    Minha sogra estava desde setembro/2010 numa fila que ninguém sabe a posição vive mudando, para uma cirurgia de vesícula. Sempre ia e ligava e prometiam que era para tal data, quando chegava perto então falavam a mesma coisa.

    Moral de história, ela finalmente conseguiu, mudou de médico, arrumou um QI lá dentro e já foi chamada para fazer os exames, a cirurgia está marcada para antes do carnaval.

    Tudo na Santa Casa. Fiquem de olho, a fila é sempre alterada, e caso a pessoa não consiga, ela pode acionar o Ministério Público.

  4. Graças a DEUS existe um PIMENTA altamente democratico e de um jornalismo sincero, sem partido e voltado para as causas populares, graças a DEUS. Será que os politicos destas bandas leem nossos comentários aqui no PIMENTA, claro que lêem, mas fazem de conta que não. São os verdadeiros analfabetos.
    Tudo isto que acontece no SUS, tem seus culpados, o culpado numero 1 é o governador, o numero 2 é o prefeito, o numero 3 é o secretário de saúde é o numero 4 somos nós que não sabemos escolher os dois primeiros. Aí pau canta…

  5. As vezes me pergunto, qual o verdadeiro significado da palavra humano? Para alguns, essa nomeação é que nos distingue dos outros animais “irracionais”,para outros, seria nossa capacidade de viver em sociedade e transformar o meio em que vivemos, detre outras teorias. Pra mim, essas teorias não se encaixam no perfil desses “administradores ” públicos, que pensam que as pessoas são objetos, marionetes, um brinquedo que eles podem ficar jogando de um lado para o outro.
    Que humanidade há nisso? Se há, me mostrem, porque eu não a vejo.

  6. O problema de cirurgia cardíaca é um problema do Estado como um todo. Faço parte da Câmara Técnica de Cardiologia e as necessidades são de toda a Bahia. Cabe ao Ministério da Saúde o reconhecimento e ampliação das cotas para as cirurgias. Houve um enorme avanço com a ampliação do serviço para Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Itabuna. Porém a quantidade disponibilizada pelo Ministério da Saúde para Itabuna é totalmente insuficiente para atender toda a Região. Estamos negociando com a SESAB a amploiação do teto através dos recursos da SESAB ou do Comando Único (Plena) de Itabuna, estamos aguardando a decisão.
    Se o Comando Único (Plena) estivesse na mão do município, este teria condições de ampliar as cotas, de forma imediata, mas como está com a SESAB o município não pode interferir, mas apenas pedir. A falta do Comando Único (PLena) está gerando enormes problemas para a população de Itabuna e de toda a Região, em vários setores como otorrino, oftalmologia, neurocirurgia, cirurgias eletivas, etc. Esperamos que na próxima reunião com o Secretário de Estado possamos conseguir a liberação da ampliação do número de cirurgias cardíacas. Estamos solicitando que o número seja no mínimo de 17 por mês, o mesmo número dos hospitais de Salvador. Os exames terão também que ser disponibilizados também pela SESAB para dar acesso à população e evitar possíveis sequelas ou até mortes.
    Geraldo Magela

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