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Alcides Kruschewsky Neto

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A polêmica demarcação de terras – 47.370ha. – supostamente indígenas, atingindo os municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, vem concentrando a atenção da opinião pública baiana. Diante dos fatos, senti-me na obrigação de despertar esse interesse, devido à relevância do tema e as conseqüências que, sem dúvida, incidirão sobre toda a sociedade, especialmente no aspecto socioeconômico. Foi a partir da realização de uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Ilhéus que o assunto veio a público, causando surpresa e perplexidade.
Fui administrador de Olivença onde moro há seis anos, além de vereador no segundo mandato. Conheço o movimento que resultou neste pleito, desde a sua vertente político partidária, até a legítima assunção e orgulho indígenas, certamente, também inseridos nessa questão. A minha posição é clara a fim de contribuir para que a verdade venha à luz. Onde a verdade estiver não haverá injustiça, subterfúgios, distorções, inversões ou esbulhos, pois ela prevalecerá.
Questionar a etnia tupinambá, não significa dizer que não estejam envolvidos nesse movimento descendentes de índios, inclusive dos que habitavam nesta região. O que se busca evidenciar é que, cientificamente, a presença de tupinambás por aqui, não é verdadeira e, portanto, exigem-se esclarecimentos. Se isto não torna ilegítima esta causa e o pleito por terras, inegavelmente revela uma intenção, não nobre, de acrescentar ao processo falsas informações, não condizentes com a confiabilidade indispensável para a conquista da opinião pública.
O processo não apresenta um levantamento sócio estatístico da região afetada, indispensável para os estudos e decisões a serem tomadas. O cadastramento que frauda a existência de 3.000 índios, não suportaria uma perícia criteriosa e isenta que deve ser determinada pelo Ministério da Justiça ou, posteriormente, pela própria Justiça/STF.
Utilizando-se de logística da Funai e Funasa, além de ONGS, deflagrou-se um movimento que incluí cooptação de pessoas dispostas a engrossar as fileiras de cadastrados como indígenas – de todas as cores e credos – em troca favores e clientelismos, como assistência médica e cestas básicas.
O gravíssimo envolvimento do BANCO DO NORDESTE, “financiando” tal cadastramento, através de empréstimos dos quais – cada R$ 1.000 reais concedidos são pagos com R$ 750 reais – desencadeou o alastramento do número de cadastrados, hoje utilizados como “massa de manobra”.
Este dinheiro destinado a micro produtores e desviado de sua finalidade, prejudicará o segmento nas postulações por crédito, com nefastas repercussões nos programas de apoio a agricultura familiar, devido a alta inadimplência. A denúncia, que já exigiria uma manifestação oficial do Banco, levada à Assembléia Estadual e ao Congresso Nacional, não escapará de uma profunda investigação, podendo causar grandes embaraços aos envolvidos e ao governo federal.
O que se constata no relatório aprovado pela FUNAI, é a cumplicidade dos técnicos entre si, valorizando trabalhos recentes, uns dos outros, em detrimento de fontes históricas de pesquisadores reconhecidos nacional e internacionalmente, ou seja: um tendencioso favorecimento.
O estudo despreza, por exemplo, a existência de várias famílias descendentes de índios que são proprietários rurais, radicadas nesta região e outros que venderam seus bens, além dos que residem em Olivença, numa realidade bem distinta do que se pode chamar de “bolsão de miséria”.
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20 respostas

  1. Caro amigo leio seu blog todos os dias por isso acredito que voçé é democratico e espero que publique a opiniaõ dos indios sem mais

  2. Bastante pertinente esse artigo. Devemos defender Olivença desses indios de araque, que sao incentivados por essas ONGS que nao conhecem a fundo o historia de Olivença e seus nativos. Não podemos assistir esse desenrolar de braços cruzados. Apesar de ser apenas visitante dessas lindas praias e nao ter por lá nenhum comercio nem residencia, estou a favor dos que se sentem prejudicados com esse determinação.

  3. Muito bem elaborado e correto este comentário, está na hora dos governos tomarem uma posição concreta sobre este grave problema, se assim não o fizerem poderá acontecer uma tragédia.

  4. Parabéns Alcides por essa entrevista,espero que tomem serias
    providencias pois de indios eles não tem nada não passam de baderneiros,muleques é uma vergonha isso!
    Vcs precisam vê esses indios o vice caquique que nem sabe o que é indio.
    é uma vergonha !!!!!!!!!

  5. o que eu acho é que vcs precisam estudar um pouco Antropologia. Entender todo o processo que levou a essas condições e não ficar balbuciando pensamentos desajustados acerca de um problema que não basta apenas fazer uma análise influenciada por suas pré-nocões. Desde a colonização que os portugueses demonizaram estes seres e o que estamos fazendo hoje é reproduzir esta dominação. Por isso que o país vai de mal a pior, é pq além de aceitarem esta imposição ideológica, aceita com prazer!!

  6. É de meter medo a qualquer ser vivo que habita nestas terras, o que estão querendo fazer em benefício destes supostos índios. Se realmente acontecer, presenciaremos fatos de violência, muitas mortes em disputa de terras o que nos fará voltar aos idos tempos da colonização. Querem transformar nossa região, como se encontram hoje os estados da Pará, Acre, Amazonas,onde crimes hediondos são cometidos em razão da posse das terras,como assistimos quase que diariamente nos canais de televisão. Não acredito que estes que estão a reivindicar a posse das terras sejam realmente índios, e que tenham algum direito legal sobre as mesmas,que já possuem seus legítimos proprietários. É de se lamentar que no governo que ai está, indivíduos que se intitulam de índios, sem terra e demais sem sei lá o quê, invadam propriedades alheias, causem destruição, mortes e fiquem impunes. Aliás, invasões estas que são digamos assim, patrocinadas pelo próprio governo e as famosas ONGS tendenciosas. Muito triste para nossa região.

  7. Gostei do artigo Vereador…..bem tecnico e sem oba……oba…….agora ainda vai dar muito panos pra manga esse assunto………..

  8. O artigo tem informações e equilíbrio que diferem o autor de políticos rasos da nossa terrinha. Não conhecia o vereador Alcides em conteúdo. Estou positivamente surpresa. Quanto ao comentado pelo André, sugiro que ao invés de um simples comentário como o nosso escreva um artigo, pois tenho certeza, que se tiver o mesmo nível, o Pimenta publicará com satisfação, né, Pimentinha? Se você estudou mesmo antropologia, André, deveria saber que tupinambá por aqui é tapeação. Lamento que o seu posicionamento ideológico cause a cegueira que o faz permitir esse estupro à história. Que pena!

  9. Foi por causa dessa capacidade que confiei em Alcides. Achei o escrito esclarecedor. Um poítico tem que saber se posicionar e com clareza. Lamento o engodo que a Funai quer impor a esta sociedade. Que falsificação absurda. Por isso a BR 101 foi interditado. Tem mais é que fazer isto mesmo. Excelente nível de debate.

  10. Ao invés de se lamentar com a falta de espaço, o André precisa mesmo é de melhores argumentos. Tá se julgando, mas o discurso é fraco. Concordo com o Alcides, esta realidade exige outras políticas de inclusão social que o estado é incapaz de suprir.

  11. A coluna é muilto bem escrita. Está de parabéns. Gostaria de sugerir ao André que destacasse qual a parte do texto que demoniza os índios. Creio que o pretenso antropólogo decorou este termo “demonizar”, que de significar “transformar em demônio” e o usou impropriamente. A crítica ao artigo deveria se dar aludindo cada trecho analisado. Caso contrário, André, seu pensamento é que parecerá desajustado e rico em pré-noções. Respeito o movimento indígena real, mas quando se quer defender o indefensável, dá nisso. Mesmo com algum estudo, cair no ridículo, não é difícil!

  12. É redator , é melhor dar mais espaço para a opinião dos parentes índios, senão eles invadem, tocam fogo e depois, você que se cuide.Sem menos…

  13. Meu pai é neto de índio da região,não tem pêlo no corpo nem barba e também não tem terra. Gostaria de dizer que se esses “índios” gostam tanto de terra bota o Cacique Babau e sua tropa de miscigenação em um avião manda a FUNAI e FUNASA dar 47.370ha lá na amazônia pra ver se eles aceitam.

  14. Prezado Alcides,
    Parabéns, pelo seu trabalho de esclarecimento sobre o “oba oba” da tal Demarcação em favor dos ditos Índios. O que mais deixa indignado é maneira açodado como a coisa está acontecendo, com flagrante desrespeito ao ordenamento jurídico do país e que é pior, com total omissão ou até mesmo, com aparente complacência do Ministério Público Federal, em Ilhéus, que Sistematicamente tem defendido esse tipo de coisa. O que nos causa um sentimento de desespero e de vulnerabilidade total com relação a justiça do nosso pais.

  15. Gostaria de saber aonde contestar>>>> se não tenho condições de arcar com despesas advocaticias? tenho uma casa no acuípe que pertence a minha mãe com 83 anos o que devo fazer a quem recorrer ?
    abraços

  16. A VERDADE dos VERDADEIROS Tupinambá,faz tremer o Adm. de mentiras
    A revolta dos caboclos e Marcelino
    “A reação ao incremento da invasão se iniciou em 1929, sob o comando de Marcelino Alves. Argumentando a necessidade de recuperarem as terras perdidas e de expulsarem os novos ocupantes da área da antiga aldeia, ele e seus aliados concentraram seus esforços iniciais na região da ponte sobre o rio Cururupe. Buscavam estrangular o tráfego, impossibilitando o acesso fácil a Olivença. A punição foi imediata e, em novembro, uma caravana de praças de polícia e de inspetores de quarteirão deslocou-se para a região, iniciando a repressão aos revoltosos. A desigualdade de forças e a diferença na qualidade dos armamentos disponíveis culminaram na derrota dessa primeira tentativa de retomada das terras e na prisão de Marcelino e seus seguidores.
    Marcelino, naquele momento, já era uma figura polêmica. Ele e seus seguidores diziam-se descendentes da tribo Tupá. Ele já fora acusado da prática de alguns crimes: em 1921 de ter assassinado Jacintho Gomes e, em 1929, de ter morto sua companheira, acusando-a de adultério e ferido os quatro filhos dela. Também era acusado de ter deflorado várias moças. (Processo nº 356 do TSN, 1936)
    Apesar dessas acusações nunca terem sido apuradas ou comprovadas, Marcelino passou a ser referido na imprensa como “famigerado criminoso”, “Lampião Mirim” ou, ainda, “o homem que se fez bugre”, o que sugere a possibilidade do caboclo já incomodar com suas posturas contestatórias e capacidade de organizar o movimento reivindicatório dos índios de Olivença. Quanto à sugestão do mesmo não mais ser índio, remete-nos às idéias do Século XIX, quando o fato dos indígenas aprenderem a ler e conviverem com os nacionais,como era o caso, fazia com que fossem considerados como “misturados aos nacionais” e não mais com o que se definia como “índios puros”. Além do mais, Marcelino era eleitor, dominava os códigos da sociedade brasileira e vivera e trabalhara em Ilhéus. Portanto, na concepção dos ilheenses e das autoridades, ele era “um malandro explorador da ingenuidade dos pacatos e genuínos descendentes de caboclos que vivem na zona de Olivença” (Processo nº 356 do TSN, 1936). Levado a júri em outubro de 1931, apesar do clamor popular que exigia a condenação do réu, foi absolvido. Portanto, após breve prisão, ele e seus seguidores foram soltos e retornaram a Olivença e persistiram no projeto de reverter a situação vivida na antiga aldeia.” Silva Campos

  17. Parabéns Alcides pelo seu raciocinio equilibrado e pelas ponderações alicerçadas em bases sólidas. Precisamos de pessoas que pensam e agem com imparcialidade e que saibam separar o joio do trigo.
    Não precisamos estudar antropologia para sabermos que uma das principais características do índio é ter cabelos lisos e pretos, serem imberbes e sua pele tem cor específica.
    O que vemos cadastrados são pessoas negras, barba fechada e bigode, cabelos carapinhas e traços fortes de afro-descendentes.
    O governo tem que ter postura e discernimento e aprender com pessoas como o Alcides a ter honradez e capacidade para dar a Cézar o que é de Cézar.
    Parabéns Alcides e junto-me a tí par juntos esclarecermos de uma vez por todas que basta de falsos ínidios, falsos sem-terras, falsos sem-teto, falsos políticos, falsas autoridades, falsos órgãos que se dizem protetores dos índios.
    Um Abraço!
    Mário Aguiar

  18. Em meio a tantas reclamações,a comunidade do S.Lourenço estar de parabéns com sua unidade da Saude da família Aurivaldo sampaio,onde não há filas,cumpre todos os gronogramas de um PSF ,tem médico cumprindo carga horária, e uma equipe comprometida com o trabalho nde atende com respeito a comunidade.
    Emtre aulas de artezanatos , atividades divesas tem até AULA DE UDUCAÇÂO FÌSICA.
    PARABÈNS NÂO PODIA DEIXAR DE REGISTRAR.

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