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Josias Gomes

 

 

O povo desse Estado solar tem luz em abundância e cega o breu de mentes que vivem em eternas cavernas. Afaste-se da Bahia com o seu lixo radioativo.

 

O Sol é como uma mãe. Foi do sol que surgiram outros planetas e a vida no universo se tornou democrática.

O fogo do Sol não se apaga nem com água. Porque o sol é absoluto, nasceu da explosão dos átomos.

Assim é a Bahia, mãe generosa. Semelhante ao Sol, qualquer poeira cósmica, que tente ofuscar a sua luz, a fará mais forte e iluminada.

Antes da escuridão necessitamos de luz.

Introduzimos este texto com a analogia solar porque o mundo precisa de luz, educação, ciência, arte. Devemos estar atentos à beleza da vida. Sempre seremos respeitosos e generosos com quem jamais nos ergueu a voz.

A nossa existência no planeta Terra pode nos proporcionar momentos iluminados. Mas, para os brutos, só resta a natureza morta, que engana olhar dos míopes de existência ou de quem não sabe enxergar uma luz viva.

Antes de entrarmos no mar morto e infecundo que foi o escândalo, a afronta e pequenez inaceitável do dito deputado Delegado Waldir, ‘o poeira cósmica’, façamos uma reflexão: uma poeira cósmica-mórbida tem alguma relevância diante do Sol invicto?

Delegado leigo, já que o senhor se tornou deputado, agraciado com votos de gente da sua estrutura mental, faço uma recomendação: desça do personagem Conga num circo de quinta categoria.

Respeite a Casa do Povo. O que o senhor fez, ofendendo a Bahia, foi para merecer a nossa mais alta repulsa.

Não vou entrar no mérito da sua fala em relação ao PT, porque não posso levar a sério um deputado que é “líder” do desgoverno mais incompetente e reprovado da história do Brasil.

O sujeito é filiado ao PSL, partido oficial dos laranjas e milicianos, e se acha no direito de dirigir insultos.
Se oriente, mente oca!

Quanto a chamar a Bahia de lixo, não posso me conter em dizer que você é apenas um analfabeto político e funcional.

A Bahia e os baianos merecem respeito!

Também não aceitamos as suas desculpas. Sabemos que este é o pensamento fétido que pessoas como você e os seus apoiadores verdadeiramente têm.

Em contrapartida, vou mostrar um pouco de generosidade.

Estude o básico sobre a Bahia, descubra que esta terra é mãe do Brasil e de filhos como o geógrafo Milton Santos, educadores como Anísio Teixeira e tantos outros pensadores, professores e professoras que dão saber e dignidade aos baianos.

A nossa música você conhece, ainda que seja por osmose.

É impossível um brasileiro viver no Brasil e não ouvir Dorival Caymmi ou o descobridor da Bossa Nova, João Gilberto.

Na sua tacanha ignorância, mesmo sem querer, deve ter ouvido os Doces Bárbaros: Caetano, Gal, Bethânia e Gil. Os seus ouvidos moucos devem ter ouvido o som da terra que é capital da música.

Como diz Raulzito, o pai do rock: pra fazer sucesso “eu também vou reclamar”.

Mas a sua cultura é incauta.

A sua educação não deve alcançar o fato de que Salvador foi a primeira capital do país. Patrimônio histórico-cultural da humanidade.

Você não deve saber nada de cinema e não deve entender porque existem salas em todo Brasil chamadas de Cine Glauber Rocha. Ouviu falar algo de Cinema Novo? Duvido!

Não podemos exigir que um quase louco saiba que na Bahia nasceu Castro Alves, poeta abolicionista, libertador dos escravos – infelizmente não libertou todas as mentes vazias do Brasil. Lamentavelmente, o mal ainda tem raiz.

Estuda, deputado! Vá procurar saber quem é Jorge Amado. Quebra os pelourinhos mentais. Liberte-se da burrice.

Esqueça os tempos de porta de cadeia, delegado poeira!

Você jamais saberá que o sertão baiano tem um país que nem a própria história ainda deu cabo de contar.

A sua limitação jamais irá entender a amplidão que é a Chapada Diamantina. O que adianta jogar diamantes de beleza aos porcos?

É inútil dizer o que é o Sul da Bahia ou o nosso grandioso Oeste.

Convenhamos, deputado poeira cósmica, você não tem a mínima noção do que é a Bahia.

Não são os nossos verdes mares que darão luz a sua escuridão.

Acredito que nem a nossa Salvador possa salvar você do seu pobre mundo.

O povo desse Estado solar tem luz em abundância e cega o breu de mentes que vivem em eternas cavernas. Afaste-se da Bahia com o seu lixo radioativo.

Siga o seu caminho empobrecido. Você nem merece esse texto.

Mesmo assim, eu digo: respeite a Bahia e os baianos. Este solo não aceita fascistas!

“Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim”

Josias Gomes é Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

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Efson Lima || efsonlima@gmail.com

 

É significativo se pensar que o desafio das feiras literárias é não ser apenas meros eventos. É imperativo que dialoguem com escolas, instituições de ensino superior, profissionalizantes.

 

Nos últimos anos, mesmo o Brasil sendo um país de poucos leitores e o mercado editorial em crise como a registrada em 2018, as feiras, festivais e bienais de livros têm se avolumando e semeado uma esperança literária.  Os termos “feira”, “festival”, “bienal”, “salão” e “jornada” são algumas diferentes nomenclaturas que se espalham pelos territórios brasileiros e mundiais para designar esses momentos mágicos da literatura, da produção, da difusão do livro e da chama acesa da cultura.

As bienais internacionais do livro no Rio de Janeiro e em São Paulo são marcas deste fenômeno, que tem ultrapassado os anos, respectivamente, a do Rio será a 29º neste ano e a de São Paulo caminha para a 26ª edição em 2020.  Sendo a Bienal do Rio tida como o maior do gênero no país, surgindo em 1983.

Para termos uma dimensão desses eventos, acabou de acontecer o FliPoços (Festival Literário Internacional de Poços de Caldas) em Minas Gerais. Lá, o evento alcançou a 14ª edição neste ano.  O Festival superou as expectativas, mais de 90 mil pessoas compareceram. O balanço final de vendas apontou que os 80 expositores, juntos, venderam R$ 2,2 milhões e estiveram disponíveis mais de 100 mil títulos diferentes nos estandes da Feira.

A Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), talvez, na atualidade, a mais famosa das feiras e festivais literários no Brasil, já tem programação definida para sua 17ª edição. A Festa se tornou um lugar privilegiado para reviver grandes escritores, bem como possibilitar uma interação entre escritores e leitores. É também momento para possibilitar a vinda de grandes escritores internacionais.

Por sinal, o intercâmbio cultural não deve ser entendido como um problema, mas uma solução para o pensamento tacanho. É uma janela para o multiculturalismo que tem se apresentado como uma das facetas da contemporaneidade.  A FLIP neste ano homenageia o escritor Euclides da Cunha. Justiça seja feita, é oportunidade para reverenciar o livro Os Sertões, que, sem dúvida, é uma das obras primas da literatura em língua portuguesa.

Nesse cenário positivo de festivais literários, a Bahia se destaca, pois são realizados alguns eventos dessa natureza, como a Flica, FliPelô, o Flios e cada uma buscando se afirmar em um cenário de poucos recursos. É óbvio que sentimos falta da Bienal do Livro do Estado.  Mas, enquanto a Bienal não retorna, temos os eventos literários que pipocam nas praças, nas ruas, nos bares, nas cidades.

É neste cenário de feiras literárias que a Bahia celebra duas grandes ações: a Flica e a FliPelô. A primeira se aproximando de uma década, a segunda em processo de construção da terceira edição que acontecerá em agosto deste ano no Pelourinho, em Salvador. A área se transforma, os espaços destinados aos debates, palestras, lançamentos de livros são tomados pelo público. Agosto não é mais o mês do desgosto, pelo menos em Salvador, para a literatura, os escritores e leitores baianos.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) desde 2011 é realizada. Ela caminha para sua nona edição. Geralmente, acontece no mês de outubro. Foi assim que a cidade de Cachoeira, no Recôncavo, ganhou alguns minutos no Jornal Nacional, da Rede Globo, no ano passado. Inclusive, a Flica é hoje o principal evento da cidade. À margem do Rio Paraguaçu, com a ponte metálica (símbolo da Feira), com as subidas e descidas dos saveiros lutando para não desaparecer e com as bênçãos senhoras fervorosas Senhoras da Boa Morte, os moradores de Cachoeira têm recebido mais de 30 mil pessoas. Clique no Leia mais e leia a íntegra do artigo. Leia Mais

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Marcos Vinícius Muniz

 

 

O tratamento é realizado sob anestesia local e o processo de reparação é muito rápido. Com os implantes conseguimos devolver estética, função mastigatória e autoestima para nossos pacientes.

 

Muito se fala sobre implantes dentários, diversas são as propagandas e o paciente fica sem saber o que fazer. Neste breve explicativo, vamos sanar algumas dúvidas a respeito do assunto. O implante dentário é simplesmente um parafuso de titânio que geralmente tem a forma semelhante à da raiz do dente e é instalado no osso para nos auxiliar na colocação de próteses dentárias, substituindo os dentes perdidos.

Os implantes não têm rejeição, pois o material é biocompatível com o nosso organismo, sendo já utilizado na medicina há muitos anos. Após criteriosa avaliação clínica e dos exames de imagem, um plano individualizado de tratamento é elaborado.

No plano de tratamento, são passadas ao paciente todas as informações pertinentes, como, por exemplo, tempo de tratamento, necessidade ou não de enxertos, tipos de próteses que serão usadas no período de cicatrização e, até mesmo, a possibilidade de realização de uma carga imediata, que é a colocação de uma prótese já fixada nos implantes no período de até 72 horas. Por isso, é importante a avaliação do especialista para que todas essas situações sejam avaliadas e discutidas.

O tratamento é realizado sob anestesia local e o processo de reparação é muito rápido. Com os implantes conseguimos devolver estética, função mastigatória e autoestima para nossos pacientes. Na Clínica Odontoface, por exemplo, temos a opção de anestesia local sem dor. Essa tecnologia tem trazido muito conforto aos nossos pacientes.

Marcus Vinícius Muniz é dentista, especialista em implante e atua nas clínicas Odontoface.

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Manoel Chaves Neto

 

É com orgulho e responsabilidade que trabalhamos unidos arduamente com todo nosso TIME, dia a dia, tijolo a tijolo, para consolidar o sonho que nosso pai, Helenilson Chaves implantou, transformou em realidade, demonstrando de forma inequívoca a capacidade empreendedora da nossa gente grapiúna e a certeza de que, é no trabalho presente, que celebramos a fé no futuro.

 

Inaugurado no ano 2000, graças ao pioneirismo e espírito empreendedor do empresário Helenilson Chaves, o Shopping Jequitibá é, hoje, o maior centro comercial do Sul da Bahia, num raio de 250 quilômetros. Em meio a uma das maiores crises já enfrentadas pela região, Helenilson teve a percepção de que era preciso quebrar paradigmas, romper a dependência de um único produto, o cacau, e modelar Itabuna como polo regional não apenas comercial e industrial, mas também prestador de serviços e de lazer/empreendimento, o que se revelou um acerto.

Hoje o Shopping Jequitibá, com seus 24.675 m2 de ABL, além do varejo, contempla no seu mix vários serviços que atraem mensalmente milhares de pessoas, movimentam a economia e geram empregos.

Ao completar 19 anos, o Jequitibá está a todo vapor, com as obras da segunda ampliação com mais 4.320 m2 de novas ABL, que incluem mais áreas de varejo, lazer e serviços, como a rede de papelaria e material de escritório Kalunga, a Smart Fit academias inteligentes, a Med Plaza, um centro médico integrado com todas as especialidades; os cinemas Cinemark, maior exibidor de filmes do país; Casas Bahia, principal empresa de varejo do Brasil; e o restaurante Burger King.

Helenilson idealizou e inaugurou o Jequitibá

Além disso, temos um compromisso permanente com a capacitação e valorização de nosso TIME e parceiros, num processo que busca oferecer um atendimento de qualidade, produtos variados e de excelência, que contemplam as demandas regionais e faça do Jequitibá um shopping Regional Dominante no Sul da Bahia.

É com orgulho e responsabilidade que trabalhamos unidos arduamente com todo nosso TIME, dia a dia, tijolo a tijolo, para consolidar o sonho que nosso pai, Helenilson Chaves, implantou, transformou em realidade, demonstrando de forma inequívoca a capacidade empreendedora da nossa gente grapiúna e a certeza de que, é no trabalho presente, que celebramos a fé no futuro.

Mais que um empreendimento, o Shopping Jequitibá é um símbolo e um patrimônio da nossa região, capaz de ser resiliente e superar desafios e obstáculos.

Manoel Chaves Neto é diretor do Shopping Jequitibá.

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Marco Wense

 

 

Como o governador petista Rui Costa é aliado do alcaide Fernando Gomes, os partidos da base de sustentação política ficam com receio de magoar o chefe do Palácio de Ondina. Alguns até temem um puxão de orelha.

 

Das legendas que integram a base aliada do governador Rui Costa, só o PDT, sob o comando do médico Antônio Mangabeira, faz oposição declarada ao governo Fernando Gomes, ainda sem partido depois que rompeu com ACM Neto (DEM).

PCdoB de Davidson Magalhães, PSB de Renato Costa, PR, PP, PSD e outras legendas de menor expressão, estão silenciosas em relação a gestão municipal. Os senhores dirigentes fogem da crítica como o diabo da cruz.

Como o PCdoB tem seu representante na Câmara de Vereadores, o edil Jairo Araújo, que faz oposição ao governismo municipal, termina amenizando o cruzar dos braços e a inércia do comunismo tupiniquim.

O PSB fica sem saber o que fazer, já que tem figuras importantes do partido no primeiro escalão do governo estadual, hoje aliado de Fernando Gomes, que em priscas eras era um ferrenho inimigo do petismo.

Mais cedo ou mais tarde, o eleitorado vai querer saber qual é a posição dos comunistas e socialistas no tocante ao governo FG. O limite para o atucanismo, obviamente ao modo PSDB, tem um prazo. Ou seja, não se consegue ficar em cima do muro por muito tempo.

Essa indefinição, que atinge quase todas as agremiações partidárias de Itabuna, é que faz Mangabeira crescer nas pesquisas de intenções de voto, ficando em uma situação confortável em relação ao segundo colocado.

Queiram ou não, o PDT é, pelo menos até agora, o único partido de oposição escancarada ao governo Fernando Gomes, sem fazer arrodeios e sem adotar a política do assopra pelo dia e morde pela noite.

Como o governador petista Rui Costa é aliado do alcaide Fernando Gomes, os partidos da base de sustentação política ficam com receio de magoar o chefe do Palácio de Ondina. Alguns até temem um puxão de orelha.

O prefeiturável Antônio Mangabeira, que em duas eleições – prefeito e deputado federal – obteve 20 mil votos em Itabuna, com essa escassez de oposição a FG, só faz ficar cada vez mais favorito na sucessão de 2020.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

O pega-pega entre Wagner e o atual comando do PT vem de priscas eras, quando o senador não conseguiu eleger o deputado federal Valdenor Pereira para o cobiçado cargo de presidente do PT da Bahia.

 

A disputa pelo comando estadual do Partido dos Trabalhadores pode provocar um acirramento entre Jaques Wagner e a atual cúpula da legenda, sob a batuta de Everaldo Anunciação.

O ex-governador, hoje senador da República, apoia a candidatura de Eden Valadares, seu ex-assessor e pessoa de sua inteira confiança.

O problema é que Anunciação, que já foi vereador em Itabuna e geraldista de carteirinha, se juntou com Josias Gomes, secretário de Desenvolvimento Rural, para enfraquecer a postulação de Valadares.

Wagner nunca teve um bom relacionamento político com Josias, cujo sonho é ser prefeito de Itabuna. O que se comenta nos bastidores do Palácio de Ondina é que o governador Rui Costa estaria dando corda a Everaldo e a Josias.

Wagner pretende ter uma conversa com Rui. Quer saber quais os motivos que estão provocando essa recusa em relação a Valadares, principalmente por parte da executiva da legenda.

Vale lembrar que o pega-pega entre Wagner e o atual comando do PT vem de priscas eras, quando o senador não conseguiu eleger o deputado federal Valdenor Pereira para o cobiçado cargo de presidente do PT da Bahia.

É óbvio que a causa de Josias e Everaldo serem contra a Valadares na direção-mor do partido salta aos olhos. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que é continuar dando às cartas no PT.

Mas o que intriga os correligionários mais próximos de Wagner, é Rui Costa. Ou seja, por que o governador não quer Eden Valadares no comando da legenda?

O chefe do Executivo ficaria do lado de Josias e Everaldo em detrimento do criador político, aquele que lutou contra tudo e todos para lançá-lo candidato a governador?

Seria muita ingratidão. Confesso que não acredito na possibilidade de um Wagner versus Rui nessa disputa pelo controle do partido.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Cláudio Rodrigues

 

 

 

No Brasil, o negro sempre foi suspeito. No Brasil do presidente Jair Bolsonaro, o negro fuzilado pelas mãos do Exército passou a ser ninguém.

 

 

Pronome indefinido, a palavra ninguém significa nenhuma pessoa ou pessoa de nenhuma importância e pouco influência. Após seis dias em silêncio depois da morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, por militares do Exército no bairro de Guadalupe, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre o caso pela primeira vez:

“O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, houve uma morte, lamentamos a morte do cidadão trabalhador, honesto, está sendo apurada a responsabilidade”.

O presidente do Brasil com a boca fechada é um poeta. Em nenhum momento o mandatário brasileiro se dirigiu à família do músico para hipotecar solidariedade e pedido de desculpas diante de uma tragédia que, por puro milagre, não foi maior. Evaldo conduzia um veículo com destino a um chá de bebê, na tarde do último domingo, acompanhado do sogro, da esposa, do filho de sete anos e de uma amiga, quando o veículo foi alvejado por 80 tiros disparados por militares de Exército. O sogro de Evaldo e um pedestre também foram atingidos.

Para Jair Bolsonaro, os 80 tiros de fuzil contra um veículo e seus ocupantes é apenas um incidente e o morto é ninguém. Ação desastrosa dos militares foi fruto da denúncia do roubo de um veículo com as características do mesmo que Evaldo conduzia, mas vela um questionamento: caso o veículo não tivesse Evaldo na direção e no lugar dele estivesse um homem de cor branca, a reação dos militares seria a mesma? Vale ressaltar que o pai de família morto pelo Estado é negro. E, como entoaram Caetano Veloso e Gilberto Gil na canção Haiti, “pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos”.

Pois bem. No Brasil, o negro sempre foi suspeito. No Brasil do presidente Jair Bolsonaro, o negro fuzilado pelas mãos do Exército passou a ser ninguém.

Cláudio Rodrigues é consultor de empresas e de comunicação.

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Marco Wense

 

 

O PP versus PP não é em decorrência de pontos programáticos. A preocupação é com a sobrevivência política, o interesse individual em detrimento do coletivo.

 

 

A disputa por cargos acontece em qualquer governo, seja de esquerda, direita ou de centro. O pega-pega é sempre acirrado, independente do campo ideológico.

Faz parte do processo político o embate entre partidos na busca por espaços na administração pública, seja municipal, estadual ou federal, desde que civilizado e sem descambar para o maquiavelismo de que o fim justifica os meios.

O bom seria que as demandas fossem atendidas dentro do critério da competência, observando o lado técnico. Infelizmente, não é assim. Qualquer um assume qualquer coisa.

O PP, no entanto, está passando do limite do aceitável. A legenda do vice-governador da Bahia, João Leão, trava uma intensa luta interna por cargos no governo Rui Costa (PT). As lideranças do pepismo, pelo andar da carruagem, vão terminar brigando no murro.

Os dois Leões, o pai, vice-governador, e o filho, deputado federal Cacá, estão em pé de guerra com o também parlamentar Mário Negromonte Júnior, filho do velho Mário Negromonte. Tudo em família, na base do farinha pouca, meu pirão primeiro.

A última reunião do PP, para tratar de cargos que a legenda reivindica do chefe do Palácio de Ondina, foi um Deus nos acuda. Quase que rolava socos e pontapés.

Entre muitas agressões verbais, cito apenas uma que simboliza o que aconteceu no encontro pepista, longe dos holofotes e do povão de Deus. O vice-governador, ao se dirigir ao jovem deputado Negromonte, disse: “Seu pai é homem, mas você é um moleque”.

Que coisa, hein!? Depois ficam dizendo que o protagonista-mor do toma lá, dá cá, é o cidadão-eleitor-contribuinte. Ledo engano.

O Partido Progressista, mais especificamente o da Bahia, lembra o então PMDB de Geddel Vieira Lima. O PP sempre quer mais e mais. Sua sede por cargos é insaciável.

É evidente que toda essa ganância das lideranças progressistas deixa o governador Rui Costa irritado e, ao mesmo tempo, sem poder dizer nada. Desentendimento com vice, nem pensar. Que o diga Geraldo Simões, então prefeito de Itabuna, com Ubaldo Dantas.

O PP versus PP não é em decorrência de pontos programáticos. A preocupação é com a sobrevivência política, o interesse individual em detrimento do coletivo.

E assim caminha a política e os senhores “homens públicos”, deixando de fora as honrosas exceções, infelizmente pouquíssimas.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Davidson Magalhães

 

Na pedra fundamental da sede da OIT, erguida às margens do Lago Léman, na Suíça, está grafada uma frase em latim que bem orienta nossos passos por um trabalho centrado no bem-estar do ser humano, cujo benefício é a paz mundial: “Si vis pacem, cole justiciam” (Se deseja paz, cultive justiça).

 

Imagine o mundo do trabalho sem folga nos finais de semana, sem jornada diária de oito horas ou mínimas condições de saúde e segurança, com exploração de trabalho escravo ou infantil, sem a mínima proteção para trabalhadores vulneráveis ou grávidas.

Estas e outras conquistas sociais são resultado de 100 anos de ações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência multilateral da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 28/06/1919, por ocasião da assinatura do Tratado de Versalhes, que encerrou oficialmente a I Grande Guerra.

A Bahia também comemora com extensa programação (dia 11, 15 h, Teatro Castro Alves) o centenário da instituição que norteia nossa jurisprudência, com status supralegal e validade jurídica submetida à Constituição da República; cujo texto conduz à centralidade do trabalho como direito social umbilicalmente ligado à salvaguarda da dignidade humana.

Na Bahia, o Trabalho Decente tornou-se uma estratégia de desenvolvimento. A redução das disparidades, o combate a condições laborais degradantes e a inserção de grupos vulneráveis em ocupações de qualidade motivaram o Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a mobilizar trabalhadores, empregadores e sociedade civil para a criação da Agenda Bahia do Trabalho Decente (ABTD), em 2007.

O Trabalho Decente é alicerce básico para a superação da pobreza e redução das desigualdades, garantia da
governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. O conceito inclui não apenas o trabalho formalizado, mas igualmente o subcontratado, terceirizado ou autônomo, em domicílio ou na informalidade, em cooperativas ou associações.

A Setre criou, em 2011, o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) para captação de recursos que implementem os nove eixos prioritários: Erradicação do Trabalho Infantil, Erradicação do Trabalho Escravo, Saúde e Segurança do Trabalhador, Promoção da Igualdade da Pessoa com Deficiência, Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, Trabalho Doméstico, Juventude, Serviço Público e Empregos Verdes. De lá para cá, já foram investidos R$ 10,4 milhões beneficiando milhares de pessoas.

O Funtrad é um dos instrumentos de resistência à pauta trabalhista regressiva dos anos mais recentes. Tivemos a
Reforma Trabalhista e o fim do Ministério do Trabalho, e a recente MP 873 que, no mesmo compasso desastroso, enfraquece os sindicatos.

Para piorar o que já está ruim, bate à porta do Brasil a Reforma da Previdência, com reflexos fatais na vida de todos, particularmente dos mais necessitados. Alguns dos direitos e garantias laborais universais conquistados ao longo de décadas correm o risco de descarte oficial no país.

Por outro lado, 100 anos após a criação da OIT, estamos diante de um novo e inusitado desafio no mercado de trabalho, qual seja o de enfrentar as mudanças provocadas pela revolução da indústria 4.0 no limiar do século XXI.

O Governo da Bahia sinaliza claramente a intenção de enfrentamento dessa nova era. Por isso, a Agenda Bahia do Trabalho Decente se fortalece e amplia suas ações, em busca de melhores condições, qualidade e renda; para uma vida mais digna, com saúde, segurança, educação, alimentação, lazer e moradia, para todos os baianos.

Torna-se oportuno, neste momento de centenário da OIT, uma profunda reflexão sobre os seus postulados de origem, que o Brasil sempre assimilou: a salvaguarda dos direitos sociais como o caminho mais seguro para a paz duradoura.

Na pedra fundamental da sede da OIT, erguida às margens do Lago Léman, na Suíça, está grafada uma frase em latim que bem orienta nossos passos por um trabalho centrado no bem-estar do ser humano, cujo benefício é a paz mundial: “Si vis pacem, cole justiciam” (Se deseja paz, cultive justiça).

Davidson Magalhães é secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte e suplente de senador pela Bahia.

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Josias Gomes

 

 

Neste intercâmbio entre os Estados do Nordeste, ficou provada a nossa força e de como juntos podemos transformar a política local e nacional através de ações inovadoras de grande impacto para a economia e o bem coletivo.

 

 

Muito se fala em fazer uma nova política no Brasil. Podemos afirmar que o Nordeste vem sendo vanguarda e exemplo de como implantar ações práticas que fortalecem os Estados e gerem uma melhor qualidade de vida para os cidadãos.
Durante um longo período do nosso país, a região Nordeste foi praticamente esquecida pelo governo federal e dominada por coronéis como Magalhães e Sarneys.

Só que o Nordeste é imensamente rico, em todos os aspectos, para submeter-se ao chicote da tirania e à negligência de presidentes avessos à nossa região.

A mudança irreversível começou na virada do Século XXI, quando os partidos de esquerda começaram a fortalecer a base que faria parte de uma revolução política eleitoral, culminando na eleição do presidente nordestino Luís Inácio Lula Livre da Silva.

O Governo Federal recolocou o Nordeste no mapa do Brasil e apoiou incondicionalmente o protagonismo nordestino.
Muitas vezes, por ignorância, os sulistas acreditam que o Nordeste vive de festas e Bolsa Família. Ledo engano. Somos muito mais do que o Bolsa Família (programa essencial e transformador).

Talvez nenhuma região do país teve a capacidade de combinar tão bem políticas públicas e sociais com obras de infraestrutura quanto o Nordeste.

Sabíamos que depois do Golpe I, contra a presidenta de Dilma, e o Golpe II, com a prisão do Lula, o que infelizmente desembocou na vitória do presidente despreparado e xenófobo, o Nordeste, que foi a maior resistência com o ELE NÃO, sofreria uma grande perseguição contra o seu povo, a sua revolução econômica, cultural e política.

Neste contexto político da nossa recente História, os governadores do Nordeste não permaneceram de braços cruzados.
Primeiro utilizaram da diplomacia para dialogar com o Governo Federal.

Foram recebidos sem a mínima reciprocidade por membros do desgoverno. Fato que ligou mais uma luz de alerta para o Nordeste.

Nos momentos de dificuldades é que notamos a capacidade de um líder se reinventar.

Diante da conjuntura adversa, os governadores nordestinos criaram o Consórcio Nordeste.

Fatal!

Uma virada espetacular dos governadores nordestinos para contornar a perseguição do Bozo e sua laia.
Podemos dizer que esta importante união dos estados nordestinos foi o início da segunda fase que irá revolucionar o modelo de gestão da nossa região.

O companheiro Rui, com a sua conhecida habilidade política, lidera o bloco dos governadores que estão dispostos a, de fato, a escrever uma nova política para o Brasil.

Em entrevista concedida à revista Carta Capital, Rui deu um exemplo perfeito da efetividade e ganhos que a parceria promove:

“Poderemos até fazer licitações com fornecedores internacionais. Acreditamos que o consórcio vai permitir aos Estados superar este momento de dificuldades do país. Faremos mais com menos, além de compartilhar ações efetivas”.

O Consórcio Nordeste atende a uma importante exigência da sociedade: a transparência dos processos licitatórios e afins.

Rui esclareceu este ponto que comprova o compromisso dos gestores na lisura com a coisa pública.

“Todos os processos de licitação serão eletrônicos, que permitirão a participação de fornecedores de qualquer parte do Brasil ou do exterior. A fiscalização ficará a cargo dos Tribunais de Contas. Serão nove órgãos de controle envolvidos na análise dos contratos, o que aumenta a transparência. Iniciamos conversas com a Advocacia-Geral da União e com a Controladoria-Geral da União. Eles estão entusiasmados, querem participar, contribuir. Quanto mais gente envolvida, melhor será”.

Neste intercâmbio entre os Estados do Nordeste, ficou provada a nossa força e de como juntos podemos transformar a política local e nacional através de ações inovadoras de grande impacto para a economia e o bem coletivo.

Parabenizo a todos os governadores do Nordeste e desejo vida longa a este Consórcio que é revolucionário e dá ao nosso povo o respeito e a dignidade que ele merece.

Desejo todo sucesso do mundo ao companheiro Rui Costa que, sem dúvidas, é o líder ideal para fazer do Nordeste uma referência para o Brasil.

Josias Gomes é deputado federal licenciado e secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia.

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Marco Wense

 

 

O “Lula Livre” precisa de oxigênio, sob pena de definhar e desaparecer. Luiz Inácio Lula da Silva não merece essa indiferença dos “companheiros”.

 

 

O enfraquecimento do movimento “Lula Livre”, com a militância do PT acomodada, vem deixando o ex-presidente Lula muito chateado com os companheiros.

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, não menciona, pelo menos em público, a tristeza de Lula, que já aceita a possibilidade da prisão domiciliar, o que exige uma mudança no seu comportamento diante da Justiça.

Pessoas mais próximas do ex-presidente, que o conhecem muito bem, não só política como pessoalmente, falam até de início de depressão.

Essa acomodação da militância é muito pior do que ficar preso, do que a falta de liberdade e a solidão do encarceramento. A decepção e a ingratidão são ingredientes perversos no processo político.

Parece que o Lulopetismo jogou a toalha, não acredita mais em uma reviravolta que coloque Lula solto e com os direitos políticos restabelecidos, podendo disputar a próxima sucessão presidencial.

Esqueceram as ruas, guardaram as bandeiras vermelhas. A impressão é que todos estão hibernados, esperando a ajuda Divina. A esperança, palavra tão usada nos discursos do PT, já não é citada como em priscas eras.

Como não bastasse a dureza dos mais de 365 dias na prisão, tem a frieza da militância e, principalmente, de algumas lideranças políticas, hoje preocupadas exclusivamente com seus interesses e sua sobrevivência política.

O “Lula Livre” precisa de oxigênio, sob pena de definhar e desaparecer. Luiz Inácio Lula da Silva não merece essa indiferença dos “companheiros”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

Com Charliane fica mais fácil uma composição com outros prefeituráveis que se encaixem nessa reviravolta que o DEM busca para inserir o partido em uma nova paisagem.

 

 

A qualquer momento, não passando deste mês de abril, a executiva estadual do DEM, agora sob a batuta de Paulo Azi, deve indicar um nome para comandar a legenda em Itabuna.

O demismo na cidade, que era controlado por Maria Alice, se encontra acéfalo desde o rompimento de Fernando Gomes com ACM Neto na última sucessão municipal.

Dois nomes disputam a indicação de Azi, obviamente com o aval do alcaide soteropolitano, hoje presidente nacional do Partido do Democratas: o ex-prefeito Azevedo e a vereadora Charliane, ambos filiados ao PTB.

Quem apostar suas fichas na edil, que faz um bom trabalho na Casa Legislativa, com uma dura oposição ao governo municipal, vai ganhar um bocado de dinheiro.

São muitos pontos que fazem Charliane (foto abaixo) ser a favorita. Vou citar o que considero como os principais, deixando até de lado o fato de ser mulher, o que pesa bastante na hora da definição, diminuindo assim o impregnado machismo que toma conta do processo político.

1) Charliane é vereadora de oposição ao governo Fernando Gomes, o que agrada em cheio o prefeito de Salvador, que não quer saber do ex-aliado nem pintado de ouro.

2) Nos bastidores do Palácio Thomé de Souza, entre correligionários mais próximos de ACM Neto, a opinião unânime é de que Azevedo pode ter uma recaída ao fernandismo. Não é politicamente confiável.

3) Charliane, no comando do DEM de Itabuna, encarna a mudança que Paulo Azi pretende dar ao partido, oxigenando a legenda com políticos que não sejam enquadrados como “velhas raposas”.

4) Com Charliane fica mais fácil uma composição com outros prefeituráveis que se encaixem nessa reviravolta que o DEM busca para inserir o partido em uma nova paisagem.

Portanto, a vereadora Charliane encaixa perfeitamente no que quer Azi para o DEM, preparando o partido para a disputa do Palácio de Ondina na eleição de 2022.

O amigo Jerberson Josué, do grupo Reage Itabuna, tem toda razão quando diz que Charliane “é uma liderança que vai fazer ressurgir o DEM”.

Confesso que a escolha de Azevedo é uma grande e inesperada surpresa para o modesto Editorial do Wense, cada vez mais elogiado por muitos e também criticado.

Nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos. O couro tem que ser de crocodilo. Não é fácil. Vamos até o editorial 300, conforme combinado com meus próprios botões, como diria o irreverente, polêmico e bom jornalista Mino Carta.

Marco Wense é analista político do Diário Bahia.

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Andreyver Lima

 

 

Os últimos acontecimentos, impulsionados também pelas redes sociais, ampliaram os escândalos, transformando mentiras em contradições como um novo modo de fazer política. Os políticos foram longe demais?

 

Muito presente na vida privada, as mentirinhas, estão também intimamente ligadas à política. E está mais presente nesse mundo da pós-verdade, em que crenças e convicções se sobrepõe a fatos comprováveis.

A Arte da política necessariamente passa pela arte de omitir informações, que são ou não favoráveis ao político. Ela bebe da fonte de exacerbar as informações que são favoráveis até a completa ocultação da verdade. Nesse jogo do mostrar e omitir, a maioria dos cidadãos não se dão conta no que realmente importa, com consequências diferentes à sociedade. A história política brasileira tem suas ‘mentirinhas’, inclusive para deflagração de golpes de estado como no caso de Getúlio Vargas, em que um documento foi fraudado para convencer a população de que o Brasil estava sob ameaça comunista, resultando no golpe do estado novo e o fechamento do Congresso Nacional em 1937.

Ao redor do mundo não é diferente. A mentira está lá sempre, independente do partido político ou da nacionalidade, afinal nem toda mentira é igual, pois há vários tipos de discursos. A mentira acontece quando a informação é claramente falsa, mas é dita pelo político como se fosse verdade e ganha vantagem, saindo na frente dos demais. Entretanto a distorção de dados, enfatizados ou ignorados, também podem ser de acordo com os interesses estão em jogo, tirando o foco da informação que é desfavorável naquele momento. Além da ocultação de informação, quando simplesmente a verdade desaparece.

Existe a mentira justificável que parte de um líder político. O filósofo chinês Confúcio dizia que, quando a verdade prejudicasse uma família ou a Nação, a mentira poderia ser usada. Aristóteles, pensador grego, só aceitava duas maneiras de mentir: diminuindo ou aumentando uma verdade. Na Grécia Antiga, Platão ensinava que “a mentira enfeia a alma, mas é perdoável quando atende a interesses de Estado”.

Desde o Renascimento se discorre sobre a utilidade da mentira para conquistar e manter o poder. Os últimos acontecimentos, impulsionados também pelas redes sociais, ampliaram os escândalos, transformando mentiras em contradições como um novo modo de fazer política. Os políticos foram longe demais? Platão talvez sofreria para encontrar uma solução.

Andreyver Lima é comentarista político no Jornal Interativa News, da 93,7 FM, e editor do sejailimitado.com.br

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Josias Gomes

Luto para que os jovens tenham a liberdade de discordar de qualquer sistema político, tenham o direito sagrado de contestar, inclusive, desse texto.

Quanto vale a liberdade de expressão? Sabemos que a liberdade não se negocia, não pode ser precificada. Esse texto tem o compromisso histórico de alertar muitos jovens que apoiam regimes totalitários e golpes militares com toda força que os opressores conseguiram penetrar em suas mentes.

O jovem, por si só, é um libertário e contestador nato, contudo num mundo opressor teriam as suas palavras e ações silenciadas. Durante os regimes democráticos, todo cidadão tem o direito de concordar ou não com um modelo político.

Na Ditadura Militar, não!

Uma ilustração clara é a do jornalista Reinaldo de Azevedo, que falou: “Eu escrevi uma matéria contra o Bolsonaro e fui ameaçado de morte. Eu escrevi quatro livros contra o PT e nunca fui ameaçado de morte”.

Cálice é uma canção de Chico Buarque e Gilberto Gil, feita durante os anos atômicos da Ditadura Militar. Escolhi essa canção emblemática que foi censurada pelos milicos porque tem diversas metáforas que denunciavam um Brasil amputado e podemos fazer analogias com os dias atuais.

Cálice é uma canção poética poderosa que se refere ao silêncio obrigado da população brasileira. De uma maneira magistral, Chico e Gil (com interpretação livre) denunciam a tragédia vivida pelo povo brasileiro, comparando com o calvário que Jesus sofreu até a sua crucificação.

Em um verso da canção eles cantam: “Como beber dessa bebida amarga”. O vinho, que é para celebrar a vida, está cheio de sangue, amargo, adulterado por censura, desaparecimentos, torturas e morte. O cale-se da Ditadura é feito de ópio.

Jovens, não caiam no canto da serpente. Este canto triste pode durar décadas, gerações, e amanhã vocês podem ser senhores e senhoras arrependidos.

Provavelmente, muitos jovens não conheçam a canção Cálice, porque existe um processo de alienação brutal provocado pela mídia, indústria cultural, onde tentam apagar a memória de luta do povo, artistas e intelectuais brasileiros. Cálice é um hino da minha geração que lutou por um mundo livre, plural, sem vinhos envenenados de ódio e paranoia.

Luto para que os jovens tenham a liberdade de discordar de qualquer sistema político, tenham o direito sagrado de contestar, inclusive, desse texto.

“Mesmo calada a boca, resta o peito”.

Josias Gomes é deputado federal licenciado e secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR-BA).

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Marco Wense

 

 

Edmilton Carneiro, Rafael Andrade e Ronaldo Abude integram a banda da política que ainda não apodreceu.

 

Em entrevista ao repórter Jota Silva, na Rádio Jornal de Itabuna, Gabriel Venturoli, presidente do Partido Novo na Bahia, falou sobre o comportamento que a legenda deve ter na sucessão do prefeito Fernando Gomes.

Satisfeito com a reunião em Itabuna, Venturoli disse que a agremiação partidária pretende disputar o cobiçado centro administrativo Firmino Alves na eleição de 2020.

Sobre coligações, o comandante estadual não descartou conversar com outras legendas, desde quando tenham posições e pensamentos bem parecidos com o Partido Novo.

Em relação as chamadas raposas políticas, deixou bem claro que quer distância. Não citou nomes, mas ficou subentendido que se referia aos ex-prefeitos da cidade e o atual, já alcaide por cinco vezes.

No que diz respeito ao governador Rui Costa (PT), reeleito para um segundo mandato consecutivo, não deixou nenhuma dúvida de que o Novo fará oposição.

No tocante ao governo Bolsonaro, como não houve nenhum questionamento, ficou no ar se apoia ou não. A reforma da Previdência não foi assunto da pauta.

Nas entrelinhas ficou claro que o advogado Edmilton Carneiro, presidente da OAB local, o médico Rafael Andrade e o empresário Ronaldo Abude são os prefeituráveis da legenda e os que vão ficar na linha de frente do Novo.

Portanto, mais um partido de olho na prefeitura de Itabuna, com um discurso que sempre atrai uma parcela significativa do eleitorado: a nova política.

O difícil é convencer os ressabiados de que não se trata de mais uma jogada de marketing. E aí não tem como não lembrar do surgimento do “Novo PMDB”. Deu no que: virou o MDB de Michel Temer, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, Pezão, Geddel e companhia Ltda.

Que o Novo não seja mais um no meio dessa enxurrada de legendas. A grande maioria com caciques que se acham proprietários do partido, usando esse controle para obter vantagens pessoais.

O Partido Novo em Itabuna tem tudo para dar certo. Não vai ser fácil. O saudoso jornalista Eduardo Anunciação dizia que o couro tem que ser de crocodilo para enfrentar o movediço e traiçoeiro mundo da política.

O Partido Novo está em boas mãos. Edmilton Carneiro, Rafael Andrade e Ronaldo Abude integram a banda da política que ainda não apodreceu.

O modesto Editorial do Wense deseja tudo de bom e uma caminhada sem muitos obstáculos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.