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Manuela Berbert |manuelaberbert@yahoo.com.br
 
 

Na contramão da expectativa de melhora, elegemos, aos montes, nomes midiáticos sem noção da sua real função. Uma baderna coletiva, lamentavelmente. Onde vamos parar?

 
Estamos em crise! Todos nós! E eu não estou falando de crise financeira, mas de um desequilíbrio e instabilidade de bom senso e sabedoria. Das regras e dos costumes. Um colapso ético e moral que envolve inúmeros governantes, boa parte da imprensa, redes sociais massificadoras de inverdades (e holofotes), e a população em geral. Uma confusão generalizada, com começo e meio, mas aparentemente sem fim.
Fala-se em milhões nas volumosas denúncias envolvendo cargos políticos. Os mais leigos desconhecem os números e até os termos técnicos usados pela mídia. A realidade da grande massa brasileira, e ela é vasta, contabiliza míseros centavos no final do dia para bancar a condução e chegar em “casa”. Se o troco der, para comprar o pão na padaria mais próxima. Muitos com ruas deterioradas e esgotos a céu aberto, inclusive. Sem condição básica de saúde, implorando em filas quilométricas por tratamentos, quando o coerente seria o investimento na prevenção. Sem condições de educação também, mais um direito básico de sobrevivência humana com o mínimo de dignidade, extorquido de todos. Porém, fingimos nos importar, compartilhando nas redes socais uma ou outra denúncia de vez em quando.
São tempos obscuros, meus caros! De egos da direita e da esquerda ainda inflamados pela quantidade de prisões nas Lava-Jatos da vida, sem resolutividade. “Cadê o dinheiro que estava aqui?” Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém anda colocando no lugar. Debatemos partidos, volume de correligionários, conjuntura de campanhas milionárias, mas jamais propostas efetivas de avanço. Quando mais tivemos voz, meios e canais de comunicação, aparentemente, regredimos.
A cada dois anos surgem mais e mais nomes, e poucos projetos. Quase nada palpável. Superlotam as bancadas do poder com discursos tão enfadonhos que os mesmos não se escutam. Gritam e não se ouvem. Basta presenciar uma sessão, ou assistir nas telas da TV, para ser tomado por um sentimento de decepção imenso. Mas, na contramão da expectativa de melhora, elegemos, aos montes, nomes midiáticos sem noção da sua real função. Uma baderna coletiva, lamentavelmente. Onde vamos parar?
Manuela Berbert é publicitária e colunista do Diário Bahia.

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Luciano Veiga
 

Como o tempo do mandato passa rápido é necessário observar alguns pontos de relevância: melhores práticas municipais, gestão financeira, administrativa, pessoal e política e a gestão associada e consorciadas das atividades em comum.

 
Passado o período de um ano, alguns gestores veteranos e outros iniciando na gestão pública municipal viveram momentos difíceis, porém de muito aprendizado.
O que esperar de 2018 em uma Estrutura Federativa agonizante? As pontas deste iceberg são percebidas, hoje, nacionalmente, nos Estados brasileiros em que as finanças agonizam com consequente desarranjo no seu escopo administrativo, gerando insegurança pública e declínio de setores fundamentais, como a saúde e a educação.
O município – ente federativo mais frágil desta estrutura – e a quem o cidadão recorre a todo o momento, vem sofrendo muito, pois desde a Constituição de 1988 assume as atribuições de outros entes federados, especialmente aquelas de competência da União.
São eles quem executam os Programas Federais, mas, além de todos serem subfinanciados, grande parte ainda está sem a correção da inflação. Existe um grande problema: em vários casos os municípios gastam 2/3 a mais do que recebem de recursos para a execução desses programas. Atualmente existem 397 programas federais em atividade no país. No Programa de Saúde da Família – PSF, os municípios recebem, mensalmente, os valores de R$ 10.695,00 e R$4.680,00 (médico e equipe) e gastam o equivalente a R$ 32.156,60 e R$ 12.584,72, respectivamente, valores este destinados ao custeio com os profissionais, o que altera o índice de pessoal, gerando Rejeições de Contas e ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, no seu artigo 22.
Os gestores que conseguiram pagar salários e fornecedores e não deixaram restos a pagar para o exercício seguinte, infelizmente, são em número bem reduzido. Mesmo assim, tiveram os seus índices de pessoal acima do limite estabelecido pela lei.
Enquadramento e gestão de pessoal será o grande desafio para 2018. Outros exercícios de redução de despesas terão que ser adotados, bem como a geração de receita própria, para o equilíbrio das contas públicas. Como o tempo do mandato passa rápido é necessário observar alguns pontos de relevância: melhores práticas municipais, gestão financeira, administrativa, pessoal e política e a gestão associada e consorciadas das atividades em comum.
No cenário das lutas municipalistas, temos dois momentos de análise e reflexão. O primeiro, das conquistas de 2017: “O parcelamento da Dívida Previdenciária, 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Redistribuição do Imposto Sobre Serviços (ISS), aprovação dos Precatórios, Auxílio Financeiro para o Fomento de Exportações (FEX) e o Encontro de Contas estão entre as grandes conquistas de 2017”. (Fonte: CNM). Conquistas importantes, porém, são cuidados homeopáticos para pacientes que vivem na UTI.
Num segundo momento é preciso ousar e debater as Reformas Federativas e Tributárias, permitindo que cada Ente Federado, receba os valores dos tributos de acordo com o papel de executor. Se de um lado os municípios executam atividades de outros entes federados, que também recebam de acordo com os custos realizados.
Não existe uma Federação Forte onde os seus entes federados agonizam. O Estado não cumpre com o seu papel Constitucional de provimento de recursos para o atendimento das necessidades mais básicas. A causa municipalista, em regra, terá que ser a cobrança principal dos gestores municipais, quando da escolha de seus representantes nas esferas executiva e legislativa do seu Estado e de seu País.
Luciano Veiga é administrador e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

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Ernesto Marques
 

Otimista irredutível, guardo a alegria e a fartura das festas de fim de ano para levar adiante a fé e a labuta necessários para continuar acreditando que um dia a gente chega lá. Feliz ano novo!

 
Quando eu nasci o deus-mercado já tinha transformado a chegada do filho de Deus numa monumental oportunidade de negócios em escala planetária. Talvez por extrema generosidade d’Ele, cheguei a esta vida numa família que praticou, muito mais do que pregou, as coisas que levaram Cristo à cruz onde muitos insistem em mantê-lo até hoje.
É fato: 2017 anos atrás ainda não havia bancos, mas as cortes de Herodes e Pilatos, como em regra todas as cortes através dos tempos, pregam virtudes enquanto praticam, sem falsos pudores, a gula, a luxuria, a avareza, a ira, a soberba, a preguiça e a inveja. É da natureza do Capital criar e difundir essas hipocrisias que, a um só tempo, entorpecem e escravizam.
Por uma semana ou um mês, enquanto somos bombardeados por indecentes estímulos ao consumo predatório, somos acometidos por uma generosidade de ocasião e por um espírito fraterno que não vai além das 24 horas do feriado do Dia da Confraternização Universal.
Depois de queimarmos bilhões em pirotecnia, depois de lançarmos muitos milhões de toneladas de lixo no ambiente que nos cerca, depois de consumirmos altas doses de drogas lícitas e/ou ilícitas, recomeçamos do mesmo ponto onde estávamos quando, sazonalmente, entendemos que precisamos enxergar Ele em quem estiver à nossa volta.
Assim pagamos uma espécie de santa indulgência, modernizada e tacitamente instituída, que não nos garante acesso ao reino do céu, mas expia as nossas culpas pelos pecadilhos a serem cometidos nos próximos meses, até que o santo Google volte a nos massacrar com a perversão do consumo insustentável.
Depois da meia noite deste 1° de Janeiro, a pregação do pessoal do RH se sobrepõe a qualquer mensagem de sacerdotes de todas as correntes religiosas: a partir da zero hora do dia 2, às favas as mensagens bonitinhas compartilhadas até ontem. É preciso ser competitivo, criativo, inovador, empreendedor…
Nas entrelinhas do discurso emplumado sobre as chaves do “sucesso”, o estímulo a práticas opostas ao tal espírito das festas de fim de ano: pise no pescoço do colega, se isso for necessário para garantir seu pescoço na próxima reestruturação da empresa; crie novos processos para reduzir custos e maximizar ganhos que não serão compartilhados com você; e, principalmente, abra mão de direitos, se quiser ganhar as migalhas que lhe cabem nesse latifúndio capitalista.
Correndo o risco de parecer cético ou até exótico, e tomando emprestados versos de um outro baiano, tudo o que quero é dizer, ainda que minhas palavras possam espantar, é que eu não consigo entender essa lógica. Noutras palavras, sou muito romântico.
Aprendi a juntar palavras no usufruto de privilégios reservados pela nossa sociedade escravocrata a um homem branco e de classe média. Sem nunca ter feito voto de pobreza e nem pretender fazê-lo, prefiro a desambição aprendida em casa para contestar a ideia da família tradicional como única possibilidade de gerar gente do bem e para combater esses privilégios que apartam iguais por julgarem-se diferentes. Tudo que quero é um acorde perfeito maior, com todo mundo podendo brilhar num cântico. Otimista irredutível, guardo a alegria e a fartura das festas de fim de ano para levar adiante a fé e a labuta necessários para continuar acreditando que um dia a gente chega lá. Feliz ano novo!
Ernesto Marques é jornalista e radialista.

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José Nazal Pacheco Soub
 

Tio João, calculando o tempo da corrida, sabendo que já devia estar terminando, chamou um grupo de amigos e soltou a notícia: “João da Verdura foi o campeão da São Silvestre”!

 
Todos os anos, em 31 de dezembro, lembro-me de tio João Diogo, com sua verve, seu espírito gozador, que muitas vezes parecia ferino para alguns.
Contou-me ele um fato dos anos 50, no auge da riqueza do cacau, ocorrido no então aristocrático Clube Social de Ilhéus, durante uma festa de Réveillon. Naquele tempo, todos com traje a rigor, embalados pelas melhores orquestras existentes.
Vivia em Ilhéus um pequeno empreendedor ambulante, que comercializava verduras e temperos, levando a mercadoria de porta em porta nos bairros da cidade. Seu apelido, em função da sua atividade, era “João da Verdura”. João, além de bom comerciante e com vasta freguesia na cidade, tinha um ‘hobby’ que hoje está muito em moda: gostava de praticar corrida de rua. Nas suas folgas, passava pelo menos uma hora por dia correndo.
João tinha um sonho antigo, que nunca poderia realizar devido a sua condição financeira: inscrever-se, viajar e correr a São Silvestre, tradicional corrida paulista, que se realizava na virada do ano, fato hoje que não mais ocorre devido a exigências técnicas.
Um dia, depois de muito pensar, expôs seu sonho a um amigo confidente. Na verdade, era um amigo inconfidente, que rapidamente se mobilizou e, fazendo uma “vaquinha” entre os fregueses do corredor, levantou os recursos necessários para a inscrição, viagem e hospedagem. Quando João recebeu a notícia de que seu sonho seria realizado, desdobrou-se em treinamento, passando a correr pelo menos duas horas por dia.
Chegada a hora, João partiu para São Paulo, levando a esperança dos ilheuenses, que aqui ficaram na torcida, esperando as notícias do resultado, pois naquele tempo demorava mais do que hoje.
Enquanto João corria a São Silvestre, o Réveillon corria solto no Clube Social, todos dançando, comendo, garçons se desdobrando para atender os pedidos da nata social de Ilhéus.
Tio João, calculando o tempo da corrida, sabendo que já devia estar terminando, chamou um grupo de amigos e soltou a notícia: “João da Verdura foi o campeão da São Silvestre”! Rapidamente os amigos levaram a notícia, que corria rapidamente de mesa em mesa.
Alguns minutos depois, o presidente do aristocrático subiu ao palco e, no intervalo de uma música, pediu a palavra. Saudou a todos desejando um Feliz Ano e confirmou a notícia bomba. Disse em tom alto e alegre: “Queridos associados e visitantes, temos a alegria de anunciar que o nosso querido João da Verdura, conterrâneo ilheuense, foi o campeão da São Silvestre! Para comemorar, vamos servir agora, por conta do Clube, uma garrafa de “Champagne” (naquele tempo não era chamado apenas por Espumante) para comemorarmos essa vitória”.
Os garçons correram para servir a todos e foi feito um brinde ao vencedor. A farra foi grande!
No outro dia, após a ressaca da festa, a notícia veio pela rádio e jornais: João da Verdura ficou em “cagagésimo” lugar, isto é, uns doze depois do último.
A conta ficou para o presidente do Clube, que morreu procurando saber quem deu a notícia.
José Nazal é memorialista, fotógrafo e vice-prefeito de Ilhéus.

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Rosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

Precisamos entender que não existirá ano novo se continuarmos a repetir os erros que cometemos no ano velho.

 

Estamos chegando ao final de 2017. Um ciclo importante aconteceu durante o trajeto percorrido nesses 365 dias. Caminhamos em estradas certas e incertas e vivenciamos a saga natural da vida: nascimento e morte.

Dia primeiro um novo itinerário nos será dado. Será um novo ciclo, a partida para uma nova missão, perspectivas e esperanças estarão no imaginário de todos nós. Teremos uma nova oportunidade para fazer uma autoavaliação e, se necessário, praticarmos mudanças. Precisamos identificar se nossa necessidade é usar mais o coração ou a razão.

Não podemos nos prender à ansiedade do futuro ao ponto de esquecermos o presente, deixando de viver os dois e acabando nos comportando como zumbis da nossa própria existência. Precisamos entender que não existirá ano novo se continuarmos a repetir os erros que cometemos no ano velho.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades pela Uesc.

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Jaciara Santos | contato@jaciarasantos.com.br

 

Comece 2018 fazendo promessas que você possa cumprir. Seja focado em você e em ser sempre uma pessoa melhor, mais evoluída. O processo de evolução é contínuo.

 

Você sabe o que significa a expressão “Ter amor-próprio”? Segundo definição do dicionário é “sentimento de dignidade, estima ou respeito que cada qual tem por si mesmo.” Portanto, hoje falaremos um pouco sobre este tema.

Estava em minhas caminhadas pelas ruas da cidade, quando, de repente, encontro duas jovens conversando e observei atentamente à frase que uma exprimia para a outra: “Você precisa aprender a se amar. Depois que isso acontecer, tudo o que busca acontecerá em sua vida”.

Confesso que naquele momento pensei estar à frente de uma grande figura da Filosofia ou alguma pensadora famosa… pela propriedade com que ela proferia aquelas palavras.

No restante do meu percurso, fiquei refletindo sobre tal conselho, fazendo uma breve alusão aos processos seletivos que conduzi ao longo de minha carreira. Então, percebi que as pessoas que tinham mais autoconfiança e amor próprio eram os candidatos que mais se destacavam em tais processos.

Quero ressaltar que ter amor-próprio não pode ser confundido com soberba ou senso de superioridade frente às demais pessoas.

Mas existe uma grande congruência no fato do indivíduo estar bem consigo mesmo, para alcançar seus sonhos e objetivos. Ame-se, valorize-se, respeite-se. Saiba que cada um de nós somos especiais e únicos.

Como é bom essa diversidade, como é encantador ter pessoas que complementam umas às outras.

Saliento a importância do cuidado com a saúde do corpo, da mente e da alma. Precisamos estar bem, para fazer o bem, para trabalhar mais motivado, para valorizar o outro.

Comece 2018 fazendo promessas que você possa cumprir. Seja focado em você e em ser sempre uma pessoa melhor, mais evoluída. O processo de evolução é contínuo.

“Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É Amor Próprio.” Charles Chaplin

Jaciara Santos é master coach.

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Gerson Marques

 

 

Diferentemente de Jabes, que foi eleito com a minoria dos votos, Mário foi eleito por grande maioria e com muito carisma. Tem muita força e gordura para queimar…

 

 

Governar Ilhéus não é fácil. Além dos problemas normais de governança, existe aqui uma cultura política depreciativa, atávica e especulativa.

Há quatro anos, após seu primeiro ano de governo, o ex-prefeito Jabes Ribeiro já estava triturado. O vitorioso movimento dos jovens do Reúne Ilhéus reduziu Jabes a cinzas em menos de um ano. Daí em diante, seu governo foi pato manco, com um fim foi melancólico. Sem chances de se reeleger, tentou a “contragosto” um caminho com Cacá Colchões, obtendo uma votação de pouco mais de onze mil votos.

Diferentemente de Jabes, que foi eleito com a minoria dos votos, Mário foi eleito por grande maioria e com muito carisma. Tem muita força e gordura para queimar…

Claro que tem muitos problemas, que o governo tem erros, mas longe de ser sequer equivalente ao primeiro ano de Jabes.

Mário tem uma qualidade que nunca vi em nenhum prefeito de Ilhéus: trabalha muito e tem muita iniciativa. Com seu estilo brincalhão e alegre cativou o governador Rui Costa, com quem trata direto, sem intermediários. Dessa parceria sairá a sua obra mais importante: uma reforma completa no sistema de saúde da cidade.

Não tenho dúvida de que, ao final do segundo para o terceiro ano de governo, a saúde pública de Ilhéus será modelo, com postos médicos recuperados, hospital materno-infantil, hospital da Costa do Cacau e UPA(Unidade de Pronto Atendimento).

Mário abriu diálogo com as categorias de trabalhadores da PMI e deu o reajuste que Jabes congelou por quatro anos.
Tomou iniciativa em relação ao trágico problema do endividamento trabalhista do município caminhando para saneá-lo.

Em outra frente, se prepara para obras que vão mudar a cidade. Algumas já estão sendo executadas, outras projetadas e outras sendo licitadas.

Quem conhece a maquina pública sabe que o primeiro ano de um governo é sempre o mais difícil, mas, se tiver mão firme e ideias claras, somado a um planejamento e coordenação, o governo entrará nos trilhos.

Claro que existem problemas e parte da equipe ainda não disse pra que veio. Daí surge outra qualidade de Mário: ele é reativo e sabe transformar críticas em soluções e problemas em respostas.

Nestes tempos de redes sociais tem gente que reduz o mundo ao seu pequeno círculo de curtidas e compartilhamentos imaginando estar ali uma espécie de realidade. Ledo engano, a vida corre lá fora, é real e palpável.

O governo Mário/Nazal está só no começo.

Gerson Marques é produtor e presidente da Associação de Produtores de Chocolates do Sul da Bahia.

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Mônica Rebouças

 

O único meio de combater a displicência administrativa policial militar, para não dizer negligência, é debater, contrapor, não aceitar nunca tal barbárie – no sentido amplo ou estrito – seja utilizando-se de seu direito de petição previsto no Estatuto Policial Militar, seja por outros meios legalmente cabíveis.

 

O processo disciplinar na Polícia Militar baiana em todas suas categorias – apuração sumária, sindicância, processo disciplinar sumário e o tão temido processo administrativo disciplinar – tem obedecido preceitos importantes. Percebe-se uma preocupação bastante evidente a respeito do exercício do princípio do contraditório e da ampla defesa, outrora tão amplamente burlado, mesmo sendo constitucional.

Tal observância tem se dado por causa do farto acesso aos cursos de Bacharel em Direito por parte dos policiais militares baianos, em especial os Oficiais da Polícia Militar que compõe a Corregedoria Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia, os quais, verificando a tamanha falha, se direcionam, são orientados e orientam para tal fim, não deixando mais de promover o contraditório.

No entanto, o “cuidado” evidente daqueles que apuram os processos disciplinares se dá apenas para que o Poder Judiciário e até administrativamente ex officio não incorra em nulidade processual por deixar de observar princípio basilar constitucional. Por outro lado, já não se vê o mesmo “cuidado” quando da solução do mesmo processo e aí a administração policial militar se iguala ao Poder Judiciário quando se espera uma sentença por anos. As conseqüências são até mais danosas, vejamos.

Se na sentença judicial há pretensão de alçar um objetivo que de outra forma não pôde ser sanado, mas que, por vezes, repito, apenas por vezes, pode ser aguardado sem maiores prejuízos no cotidiano do litigante, o mesmo não acontece com o policial militar. Este pode ter a qualquer tempo a maior das punições: ser demitido após a dedicação de anos à corporação, já com idade que não lhe permite iniciar nova profissão ou carreira e sem saber exercer mais outro ofício. É a morte em vida!

Como advogada militante nesta área, tenho observado esse comportamento com preocupação, especialmente porque, como disse um colega advogado na VI Conferência Estadual da Advocacia, ocorrida em outubro de 2017 em Salvador-BA, nós advogados temos a obrigação de impedir as atrocidades jurídicas e devemos intervir sempre que ocorram.

Infelizmente, essa prática – a ausência de solução nos processos disciplinares – se dá com muita frequência, mesmo quando se trata de procedimentos menores e que não ocasionariam como punição máxima a demissão, mas detenção, por exemplo. Há outro ponto conflitante que renderá noutra oportunidade um debate: solução diversa do relatório final (art. 63, § 7º, do EPM-Lei Estadual nº 7.990/2001) em PAD.

E o que seria a solução em processo disciplinar no âmbito da Polícia Militar? Na prática, ocorre quando há a publicação da decisão final do processo. Veja que tal decisão por assim dizer é ato unilateral do Comandante da unidade policial militar ou do Corregedor-Geral para sindicâncias e processo disciplinar sumário, ou do Comandante Geral da Polícia Militar, quando se trata de PAD (Processo Administrativo Disciplinar) ou ainda do Governador do Estado da Bahia para o caso dos Oficiais que sofrem o PAD.

Diante do quadro apresentado, o único meio de combater a displicência administrativa policial militar, para não dizer negligência, é debater, contrapor, não aceitar nunca tal barbárie – no sentido amplo ou estrito – seja utilizando-se de seu direito de petição previsto no Estatuto Policial Militar, seja por outros meios legalmente cabíveis.

Mônica Rebouças é bacharel em Direito pela Uesc e advogada do Centro de Apoio Jurídico aos Policiais Militares Associados desde 2011, além de especializada em Direito Ambiental e pós-graduanda em Direito Militar.

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Antonio Nunes de Souza

 

Vamos, mais um ano, ver acontecer essas mesmas coisas, mascarando um comportamento social vil e vergonhoso, mostrando ao Menino Jesus que seu aniversário é uma festa para quem pode!

 

Dia de Natal, expectativa da chegada da noite, espera de Papai Noel e, claro e evidentemente, curtir o evento com jantares nababescos, fora dos padrões cotidianos, vinhos especiais, músicas, danças, champanhe, bebidas finas e companhias de parentes, agregados e amigos!

Entre essas coisas, ainda existem aqueles que, com um bom presente, tentam conseguir os amores e encantos da mulher que perturba seu sono durante todo ano sem lhe dar “mole”!

Essa é, sem nenhuma dúvida, o que uma parte privilegiada do mundo, está de prontidão para desfrutar mais uma noite natalina!

Sendo hoje o dia “D”, vale, além de falar do brilho do evento, também sobre as famílias pobres e miseráveis, que, sem nenhuma dúvida, estarão amanhã nas latas de lixos e lixões, pegando os restos jogados fora para satisfazerem as suas fomes. E observem, pelas informações estatísticas, que são milhões de pessoas nessa pobre e vergonhosa situação.

Que a culpa é do governo? Nada disso, pois o governo é uma parte do erro, sendo o erro mais escabroso de uma sociedade mesquinha que somente aprendeu: Somar patrimônios, Diminuir solidariedades, Multiplicar seus numerários e, tristemente, não aprenderam e nem ensinam aos seus dependentes, a Divisão de amor, carinho, fraternidade e ternura!

Vamos, mais um ano, ver acontecer essas mesmas coisas, mascarando um comportamento social vil e vergonhoso, mostrando ao Menino Jesus que seu aniversário é uma festa para quem pode!

Lamento profundamente, não me canso de repetir, mesmo de formas diferentes, essas minhas palavras de desdenho as tais “sociedades organizadas” que cada vez estão mais fechadas!

Bato nessa tecla a dezenas de anos, chegando a ganhar títulos de Comunista, Petista, anarquista e outros mais pejorativos. Mas, na verdade, simplesmente, sou apenas humano!

Antonio Nunes é membro da Academia Grapiúna de Letras (Agral).

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Jaciara Santos | contato@jaciarasantos.com.br

 

O atendimento é a base para o sucesso de qualquer organização. Pode-se ter os melhores produtos e serviços, mas, se não tiver pessoas qualificadas, nenhum outro investimento tem o efeito de substituir um bom atendimento.

 

 

Com as festas de final de ano, o fluxo de pessoas em busca de produtos e serviços, aumenta significativamente. O atendimento tende a se tornar mais mecânico e frio. Entretanto, precisamos perceber que atender bem é um diferencial importante, que fideliza o cliente e faz com que o mesmo indique a empresa onde foi bem atendido para familiares e amigos.

Analiso cada atendimento, cada abordagem dos vendedores de nossa região. Percebo que o descaso com o consumidor se torna cada vez mais visível. Vendedores e atendentes muitas vezes exercendo um papel que foge totalmente de seu perfil.

Às empresas, é oportuno perceber que, antes de contratar um colaborador, faz-se necessário um processo seletivo eficaz, para que a frustração entre ambos os lados não venha à tona logo nos primeiros meses de trabalho.

Nesta semana visitei alguns estabelecimentos para comprar alguns mimos para minha família. Mas, confesso, foi árdua minha missão, por causa da falta de humanidade e profissionalismo em inúmeras empresas que visitei.

O atendimento é a base para o sucesso de qualquer organização. Pode-se ter os melhores produtos e serviços, mas, se não tiver pessoas qualificadas, nenhum outro investimento tem o efeito de substituir um bom atendimento.

Assim sendo, vou sugerir algumas dicas para você, empresário, gestor ou profissional autônomo, que trabalha diretamente com o público:

Dica 1: Atenda cada pessoa que entrar em seu estabelecimento como cliente VIP;

Dica 2: Ouça o seu cliente; e

Dica 3: Tente superar as expectativas do consumidor.

Seguindo essas dicas, tenho certeza que sua organização obterá mais sucesso, maiores resultados. Vale a pena também ressaltar a importância de identificar profissionais que não estão satisfeitos e que podem afetar o clima da empresa – e veja, urgentemente, o que pode fazer para solucionar a demanda.

Lembre-se: “A pessoa certa, no lugar certo, gera resultados extraordinários.”

Boas vendas!

Jaciara Santos é master coach.

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Marco Wense

A ingerência política no Judiciário é o começo da derrocada do Estado democrático de direito e, como consequência, o enterro da cidadania.

Dos três Poderes da República, o Legislativo e o Executivo são crias do processo político-eleitoral, já que seus membros são eleitos pelo voto popular.

O cidadão-eleitor-contribuinte até que procura se conformar com tomadas de decisões influenciadas pela política, atendendo interesses de dirigentes partidários.

O Poder Judiciário, no entanto, não pode ter nenhum atrelamento que não seja o de seguir a lei, principalmente os preceitos constitucionais.

A ingerência política no Judiciário é o começo da derrocada do Estado democrático de direito e, como consequência, o enterro da cidadania.

É triste a gente ouvir falar que a decisão de um julgador vai ser em favor de fulano de tal porque ele pertence a um determinado grupo político.

É triste quando a gente ouve a expressão “isso não vai dar em nada”, fulano é ligado a tal político que tem interesse na sua absolvição.

É triste a gente ficar ouvindo que o lobby político nos tribunais tem mais força que a lei, mas especificamente a Lei da Ficha Limpa.

É triste ver a impunidade triunfando diante da Justiça e debochando de tudo e de todos, de mãos dadas com os larápios do dinheiro público.

É triste, muito triste, ver nosso Brasil assim. O povo brasileiro não merece.

Marco Wense é articulista do Busílis.

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Marco Wense

 

O PSDB, portanto, não tem outro rumo, só o da aproximação com o governo Temer, a não ser que esteja só pensando na sucessão de 2022.

 

Não tem outro caminho para o PSDB que não seja de uma aliança com o governo Michel Temer e, por consequência, com o PMDB.

Se o tucanato tomar outra posição, corre o risco de ficar isolado na sucessão presidencial e com um tempo pequeno no horário eleitoral.

Se aproximando do governismo, o PSDB mantém viva a esperança de partidos como o PR, PP, PRB, PTB e o PSD apoiarem a candidatura de Geraldo Alckmin.

O DEM é uma incógnita, já que não pretende ser novamente coadjuvante no processo sucessório presidencial. Rodrigo Maia e ACM Neto são os nomes da legenda para uma eventual disputa.

Em relação ao prefeito de Salvador – também cotado para ser vice de Alckmin –, a possibilidade de aceitar uma candidatura ao Palácio do Planalto é remotíssima, quase que não existe.

Aliás, Neto está mais para uma disputa pelo Palácio de Ondina, enfrentando o petista Rui Costa (reeleição), do que para qualquer outro pleito. Se a eleição fosse hoje, enfrentaria o governador.

O presidente já avisou que só vai apoiar uma candidatura que defenda seu governo, o que pressupõe a defesa das reformas, mais especificamente a previdenciária.

Mas nem tudo são flores. Ou seja, se tem a perspectiva de uma boa coligação, dando um precioso tempo na telinha eletrônica, tem do outro lado a gigantesca impopularidade de Temer.

Se a aliança do PSDB com o governo Temer for concretizada, o bom desempenho de Alckmin fica condicionado a uma melhora na economia com uma diminuição significativa no índice de desemprego.

O PSDB, portanto, não tem outro rumo, só o da aproximação com o governo Temer, a não ser que esteja só pensando na sucessão de 2022.

Marco Wense é articulista político e editor d´O Busílis.

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Luiz Conceição | jornalistaluizconceicao2@gmail.com

No dia seguinte, a natureza em fúria fez o rio avançar ainda mais. Desta vez pela Avenida do Cinquentenário e demais vias e praças na parte baixa do centro, inundando lojas de tecidos, sapatos e acessórios e eletrodomésticos, residências, agências bancárias, depósitos de cacau…

 

Há 50 anos o céu cinzento de dezembro era prenúncio de chuvas e de muita fartura. Fazendeiros e comerciantes estavam animados com aquele tempo, porque chuva nesta época do ano significava mais fruto de cacau na safra e mais dinheiro na caixa registradora e circulando, irrigando a economia.

A vida das famílias seguia com a expectativa das festas de fim de ano. Para alguns estudantes, era fim do ciclo primário e do ginásio, para onde muitos de nós ansiávamos chegar com o exame de admissão.

A temida prova dava acesso à 1ª série ginasial. Era ritual de passagem da infância para a adolescência. Por isso, o resultado do exame de admissão era aguardado com ansiedade e medo por toda a família e não só por nós.

À medida que se aproximava o Natal era intenso o frenesi pelos presentes nas lojas e nas casas. Nessa época, chovia abundantemente no sul da Bahia, abençoado com a rica mata atlântica, ribeirões e rios fartos e cheios de peixes. Os índices pluviométricos registram no começo de todos os verões o início da quadra chuvoso do ano.

Passou a festa natalina. As chuvas ficaram ainda mais fortes e intensas. Transbordamento de riachos, ribeirões e cursos d’água e dos tributários – Salgado e Colônia – que formam o Rio Cachoeira que corta Itabuna em direção ao mar no litoral da velha Capitania de São Jorge dos Ilhéus.

Com o volume d’água crescendo a cada hora ficaram mais encorpados. O que era alegria do povo em ver o rio cheio de suas margens, junto com crianças e adolescentes em algazarra e férias, se transformou em medo, drama e terror a partir do dia 27 de dezembro.

As águas turbulentas, escuras e sujas do Cachoeira transbordaram da calha e alcançaram as parte baixas da cidade. Burundanga, Berilo e Bairro Mangabinha, na zona oeste. Cajueiro e Fátima, ao leste, e bairro Conceição, lado oposto ao centro da cidade, tiveram famílias desalojadas e desabrigadas.

No dia seguinte, a natureza em fúria fez o rio avançar ainda mais. Desta vez pela Avenida do Cinquentenário e demais vias e praças na parte baixa do centro, inundando lojas de tecidos, sapatos e acessórios e eletrodomésticos, residências, agências bancárias, depósitos de cacau…

O que era espetáculo virou tragédia, desespero.

As águas derrubaram casas, carregaram móveis e utensílios domésticos. No comércio se perderam mercadorias nos expositores, balcões e depósitos.  Alguns comerciantes foram vítimas de saqueadores que, desavergonhadamente, furtaram-lhes mercadorias em meio ao caos.

Muitos empregados no comércio arriscaram-se em proteger e salvar lojas e bens dos patrões, inclusive com a própria vida. Não se sabe ao certo quantos morreram enfrentando a correnteza forte das águas que em alguns locais do centro comercial do centro de Itabuna alcançou 2,5 metros, derrubando posteamento da rede de energia elétrica e sinais de trânsito, solapando marquises.

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A outrora culta e reluzente sociedade grapiúna é hoje arremedo do que foi antes da cheia desta Cachoeira que completa agora 50 anos. 

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Há todo um folclore posterior à tragédia de 1967 que, ao lado das enchentes do Rio Cachoeira em 1914 e 1947, figura com a mais espetacular e terrível de todas. Mesmo quem não se viu diretamente atingido não deixou de se condoer com parentes, amigos e vizinhos que perderam tudo.

Embora a cidade ainda viva, não tem nenhuma memória da mais famosa enchente de sua história que não foi fato isolado. Houve rumores do estrondo de uma barragem numa fazenda de criação de gado nas bandas de Santa Cruz da Vitória, então 36, fato noticiado de forma acanhada pela imprensa de então.

Há imagens de ruas e avenidas alagadas dos fotógrafos Newton Maxwell (Buião), Sabino Primitivo Cerqueira e Emerson Trindade Carregosa (Foto Emerson), dentre outros, ainda preservados em sites na Internet. A outrora culta e reluzente sociedade grapiúna é hoje arremedo do que foi antes da cheia desta Cachoeira que completa agora 50 anos.

As águas levaram consigo o balcão frigorífico, cadeiras e mesas do Vagão, bar e restaurante à cabeceira da Ponte do Marabá, margem direita do rio. Lá se reunia a intelectualidade e a promissora juventude da época de ouro do cacau para sorvetes, cuba libre ou hi-fi e bebidas diversas após sessões de cinema.

Janeiro chegou e com ele o socorro pelos Governos federal e estadual às vítimas, inclusive com a criação do atual bairro Lomanto e vacinações. O comércio teve pouca ajuda que se iniciou com caminhões de guarnições do Corpo de Bombeiros de Salvador lavando as avenidas, ruas e praças do centro.

Itabuna vive, mas nada recorda da trágica enchente de 1967. Além de destruir a dignidade das pessoas, bens e mercadorias, certamente a cheia lavou tudo, incluindo o amor à cidade e sua gente, além do que restou de nossa pouca memória que um dia nos faltará muita, mas muita falta. E não é porque não haja dinheiro para estudos e pesquisa sobre sua própria história.

Luiz Conceição é jornalista.

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Jaciara Santos | contato@jaciarasantos.com.br

 

O sucesso não se resume apenas ao seu valor salarial. Sucesso é um conjunto de momentos e sentimentos. Sucesso é fazer o que você ama. Ou amar o que você faz, mas com o objetivo de alguma forma sensibilizar a vida dos que estão à nossa volta.

 

Assustei-me quando percebi que já estamos no último mês do ano e comecei a fazer uma breve reflexão de como está se desenrolando o meu 2017.

Quantas pessoas eu impactei com o meu exemplo ? Quantas pessoas eu ajudei sem esperar nada em troca? Quão profunda foi a minha entrega em tudo que eu fiz ou realizei?

Precisamos entender que a vida é um ciclo, que precisa ser vivida com muita intensidade e com muita dedicação, e aprender a evoluir com tudo que acontece conosco. Foi quando me dei conta que este ano sucederam-se muitos fatos. Conheci pessoas maravilhosas, me conectei com o melhor de mim todos os dias, quebrei a “cara”, caí , me machuquei, mas o mais profundo de cada acontecimento foi quão mais forte eu saí de cada momento deste.

E mais uma vez chego à conclusão que devemos agradecer mais, e reclamar menos.

Esse ano fui surpreendida com a morte de Dona Maria, uma senhora simples , mas que tocou muito a minha vida, pela sua alegria e vontade de viver. Dona Maria há muitos anos não levantava da cama e sua vida se resumia a abrir os olhos, ter todos os cuidados em sua própria cama e fechar os olhos para dormir. Mas me emocionava seu exemplo, a alegria que ela tinha de viver, sempre cantando, sorrindo e dizendo quão grata era pela vida.

Quero deixar uma reflexão para os últimos dias do ano de 2017. Agradeça mais, sorria mais, perdoe mais, ame mais, se importe mais com o outro. O sucesso não se resume apenas ao seu valor salarial. Sucesso é um conjunto de momentos e sentimentos. Sucesso é fazer o que você ama. Ou amar o que você faz, mas com o objetivo de alguma forma sensibilizar a vida dos que estão à nossa volta.

Como relata de forma tão simples, mas tão profunda a letra da música: Viver, e não ter a vergonha de ser feliz…

Lembre-se 2017 ainda não se findou. Você pode fazer a diferença hoje, agora, já! Acordemos para a vida, acordemos para os nossos sonhos, acordemos para fazer a diferença todos os dias, pois sempre é tempo de recomeçar.

Feliz dia novo!

Jaciara Santos é master coach.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

 

 

Era um encontro para discutir a política de Itabuna. No final, lá pelas tantas da noite, cada um fazia um discurso com um cabo de vassoura. Na mesa, além das cervejas e dos petiscos, uma enorme jaca.

 

Eduarda Anunciação, filha do saudoso Eduardo Anunciação, vai me presentear com o arquivo do inesquecível, polêmico e inquieto jornalista.

Rascunhos dos seus escritos, crônicas, fotos, enfim, todo o acervo jornalístico guardado com carinho pelo papai, que ela tanto amava.

Eduardo era meu primo preferido. Conversava com ele quase todos os dias e o assunto não poderia ser outro: política, política e política.

Chegamos até a ter um blog com o mesmo nome da sua conceituada coluna no Diário Bahia, do amigo Valdenor Ferreira: Política, Gente, Poder.

Eduardo foi o primeiro jornalista da Bahia a criar uma instituição que visava dar ao cidadão uma consciência política, fundando o Centro Popular de Formação Política de Itabuna.

Outra passagem que não esqueço, e foi Eduardo que também criou, foi a famosa “Turma da Jaca”, que acontecia todos os sábados no bar Braseirão. Tive a honra de ser o secretário.

O saudoso Eduardo Anunciação e a Olivetti em foto do Diário Bahia

Era um encontro para discutir a política de Itabuna. No final, lá pelas tantas da noite, cada um fazia um discurso com um cabo de vassoura. Na mesa, além das cervejas e dos petiscos, uma enorme jaca.

Os convidados também discursavam. Por lá passaram Ubaldo Dantas, Renato Costa, Geraldo Simões, João Henrique (ex-prefeito de Salvador) e muitos outros.

Vou publicar no blog O Busílis (obusilis.com.br) seus melhores artigos. Eduardo tinha uma inominável paixão pelo jornalismo político.

Um grande presente, um presentão. Obrigado, Eduardinha. Eu também amava seu pai.

Marco Wense é articulista político e editor d´O Busílis.