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marco wense1Marco Wense

 

Posso afirmar, com todas as letras maiúsculas, que Augusto Castro será candidato a prefeito com o apoio do PMDB, DEM, PPS, PV e, pelo andar da carruagem, do PDT.

 

No campo moral, o médico Renato Costa é impecável: nada que macule sua vida pública, sempre sólida e ilibada. No movediço mundo político foi inseguro e instável.

Renato passou por várias agremiações partidárias e diferentes correntes políticas: fernandismo, geraldismo e, por último, o azevismo, sendo o vice do Capitão Azevedo na sucessão de 2012.

Como deputado estadual, pelo PSB, teve uma atuação marcante. Foi eleito o melhor parlamentar da Assembleia, não só pelos colegas como pela imprensa soteropolitana.

Renato Borges da Costa deixa o comando do diretório municipal do PMDB de Itabuna para o primeiro vice, o advogado e empresário Pedro Arnaldo Martins.

“Em quatro anos (duas gestões) consegui organizar o PMDB e criar um clima de companheirismo, de fraternidade. O partido se reúne toda semana”, diz o satisfeito Renato Costa.

Discordo de Renato quando diz que o PMDB vai ter candidato a prefeito na sucessão de Claudevane Leite (PRB), colocando seu próprio nome à disposição do peemedebismo.

A possibilidade do PMDB disputar o Centro Administrativo Firmino Alves é zero. O partido, seguindo orientação da estadual, vai apoiar o deputado Augusto Castro (PSDB). A contrapartida é indicar o companheiro de chapa do tucano.

Posso afirmar, com todas as letras maiúsculas, que Augusto Castro será candidato a prefeito com o apoio do PMDB, DEM, PPS, PV e, pelo andar da carruagem, do PDT.

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FOTO ARTIGOS JULIO GOMESJúlio Gomes | juliogomesartigo@gmail.com

Foi carnaval ou festa de largo? Não sei dizer, mas, quem gosta de carnaval – assim como eu gosto – não tem dúvida de que tivemos o menor carnaval de todos os tempos, no tamanho do circuito e, talvez, na participação do povo.

Parece que neste ano o governo se esmerou em apequenar alguns aspectos da festa popular: não contratou nenhum trio elétrico; não colocou nenhum tipo de decoração carnavalesca; não armou palanque oficial, quiçá para evitar constrangimentos; e reduziu o espaço físico do evento público à menor área ocupada de toda a sua história: iniciava-se junto à catedral e terminava primeira esquina mais próxima da Soares Lopes, concentrando ali barracas, palco, vendedores e foliões.

Por outro lado, quem é folião, quem gosta de brincar, sempre dá um jeito de aproveitar o carnaval e ser feliz, seja em um bloco popular ou afro; seja próximo à banda que toca no palco ou indo ao circuito junto com as pessoas de quem gosta.

Houve também acertos, o lado positivo: um deles é o carnaval iniciar-se à tarde e terminar às 2 horas da madrugada, evitando enorme quantidade de inconvenientes, principalmente relacionados à violência. A redução da área também facilitou o trabalho da Polícia, sobretudo militar, que atuou com bom efetivo e de forma adequada, trazendo segurança, o melhor possível, para este evento que é marcado tanto pela alegria quanto pela tragédia dos assassinatos que ocorrem na frente de todos, mas que permanecem sempre anônimos porque nunca são divulgados pela grande imprensa.

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antônio lopes pimentaAntônio Lopes | abcdlopes@gmail.com

E saibam todos quantos este textinho lerem que o Barão recusou-se a morrer durante o Carnaval, para não entristecer a cidade nem piorar mais o trânsito. Aguentou o tranco até os albores da quarta-feira de cinzas, beijou Denise, sorriu e se foi. Será isto elegância ou fidalguia?

 

Com o Barão de Popoff, que nos deixou na madrugada de quarta-feira, morre um estilo. Exercício que costumo fazer (identificar pessoas ou situações numa palavra só) pensei que “elegante” seria apropriada ao Barão, mas me pus em dúvida: seria “fidalgo”?

Fiquei com as duas: Popoff era tão elegante quanto fidalgo (e saibam todos quantos este texto lerem que essa associação não é tão comum quanto à primeira olhada possa parecer). O comportamento, a forma como se colocava perante o mundo e as pessoas, a solidariedade, o ombro amigo, a paz que transmitia à sua volta, a nobreza dos gestos, a alegria autêntica – e contida, sem os exageros de certas pessoas – eram seus atributos.

Conheci-o nos longínquos anos sessenta, eu estudante do lendário I. M. E., ele morador numa travessa próxima, já casado com a professora Denise (irmã de um querido colega meu, César, e de uma grande admiração, Armando Oliveira).  A mim ele veio conhecer quase 40 anos mais tarde, quando eu fazia pesquisa para o livrinho Solo de Trombone – Ditos & feitos de Alberto Hoisel – e ele se tornou uma das fontes mais importantes.

Empresário de turismo e guia (após aposentar-se do Banco do Brasil), orientou-me na primeira viagem que fiz. Na casa de Farias, entre um uísque e outro (ah, meus tempos!), consultei-o sobre tal iniciativa, e ele, sem mais aquela, olhou-me de cima a baixo, sorriu e sentenciou:

– Seu perfil é Europa!…

Na mosca. Antiamericano por formação, francófilo não sei por que, achei curioso o diagnóstico de Popoff, mas não lhe pesquisei as técnicas e mistérios.

Hoje, descubro que o Barão se foi. Por estar adoentado e ser dono de incontrolável tendência para o ridículo diante de amigos mortos, não vou a suas exéquias. Indo, correria o risco de ter em manchete o meu escandaloso choro público. Faço-o, então, mais discretamente, no silêncio do meu quarto.

E saibam todos quantos este textinho lerem que o Barão recusou-se a morrer durante o Carnaval, para não entristecer a cidade nem piorar mais o trânsito. Aguentou o tranco até os albores da quarta-feira de cinzas, beijou Denise, sorriu e se foi. Será isto elegância ou fidalguia?

Antônio Lopes é jornalista.

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marco wense1Marcos Wense

Além do escândalo da Petrobras, da crise moral, do fraco desempenho na economia e da dificuldade da presidente Dilma Rousseff para governar, tem o PT versus PT, o PT engolindo o próprio PT. O PT autofágico.

É inquestionável que o Partido dos Trabalhadores, de tantas lutas a favor da democracia, deixou de ter existência política para ter existência puramente eleitoral, como dizia o jornalista Marcelo Coelho, em 2002.

E mais: “O PT buscava ser diferente, ser uma novidade na política brasileira: tratava-se de um partido com programa definido, com instâncias democráticas de decisão, com vocação de massas e níveis de moralidade acima da média. Podia-se concordar ou não com o PT, mas essas qualidades eram reconhecidas por todos”.

O tempo passou. De 2002 a 2015 são 13 anos, coincidentemente o número 13 da legenda. A estrela do PT não brilha mais, caiu na vala comum da corrupção. O PT de antigamente, que tinha o respeito até do mais radical e intransigente oposicionista, escafedeu-se.

Como não bastasse o “tudo aquilo que o PT não é mais”, vem agora o PT intervencionista, o PT que quer impor seus candidatos a prefeito sem nenhum tipo de constrangimento. O PT de cima para baixo.

Depois de três consecutivas reuniões, sobressaltadas lideranças petistas, com o apoio de Flávio Barreto, presidente do diretório municipal, optaram pelo fim do angustiante silêncio.

Segue, na íntegra, ipsis litteris, um trecho do manifesto dirigido a Everaldo Anunciação, comandante estadual do petismo, com cópia para Josias Gomes, secretário de Relações Institucionais do governo Rui Costa.

“Em nosso Estado, passado a euforia do pós-eleitoral, a militância do nosso partido se deparou com uma triste realidade: um Diretório Estadual inacessível, insensível e indiferente às demandas dos diretórios regionais. Prega-se o discurso do pensamento único e da obediência cega ao poder, como se isso fosse possível no PT. Tem-se usado o mandato de dirigente estadual do PT para acertos de diferenças pessoais e políticas, a partir da prática da perseguição às lideranças e diretórios regionais, a exemplo de Itabuna, onde articula-se ações políticas com diretórios e lideranças de outros partidos em desfavor do PT local”.

Que inferno astral, hein! Além do escândalo da Petrobras, da crise moral, do fraco desempenho na economia e da dificuldade da presidente Dilma Rousseff para governar, tem o PT versus PT, o PT engolindo o próprio PT. O PT autofágico.

GERALDO, GEDDEL E O PMDB

Geraldo Simões 3Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o PMDB, com o segundo maior tempo no horário eleitoral, é a legenda mais cobiçada da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

Existe uma notória preocupação no PT de Itabuna com uma possível saída do prefeiturável Geraldo Simões de Oliveira, hoje em posição confortável nas pesquisas de intenção de votos.

A desfiliação do ex-gestor de Itabuna não é mais remota e, muito menos, remotíssima. Passa a ser uma possibilidade que não pode ser descartada e nem subestimada.

Francamente, como diria o saudoso e inesquecível Leonel Brizola, acho difícil que o PMDB seja o futuro partido de GS. Mas como na política tudo é possível, prefiro não apostar.

Pedro Arnaldo, presidente interino do diretório municipal, anda dizendo que o comandante-mor Geddel Vieira Lima não faz política com o fígado, deixando nas entrelinhas que uma reaproximação entre Geraldo e Geddel não pode ser defenestrada.

Não à toa que vanistas e comunistas querem o PMDB na administração do governo municipal. Uma maneira pragmática de afastar Geraldo Simões do peemedebismo. O vezeiro toma-lá-dá-cá.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Felipe de PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

Vivemos, com a tecnologia, uma contradição. Embora produzamos um sem número de imagens, não dedicamos tempo à contemplação. Esta, se surge, é rapidamente substituída por uma nova imagem – antes mesmo de a anterior ser fixada e fruída.

Na última semana acompanhei uma apresentação do espetáculo Cine Incidental, do Teatro Popular de Ilhéus. Encenado na sede da associação de moradores de um bairro popular da cidade, o espetáculo consiste na projeção de dois filmes de Chaplin acompanhado de trilha sonora executada ao vivo por músicos que se revezam em diversos instrumentos. O humor atemporal de Chaplin, em conjunto com a sensibilidade dos músicos, torna o Cine Incidental uma bela experiência de ser contemplada.

Durante a exibição, contudo, foi a plateia que chamou minha atenção. Uma garota, aparentando 11 ou 12 anos, demonstrava estar se divertindo bastante e assistia atentamente ao espetáculo – pela tela de seu celular. Não apenas assistia, ela gravava a apresentação na íntegra! Como já conhecia o espetáculo, fiquei observando-a por algum tempo. Vez ou outra seu bracinho cansava e tremia a filmagem. Imediatamente ela corrigia e voltava a enquadrar a cena. Pensei: se o espetáculo era digno de ser gravado, por que não simplesmente apreciá-lo?

A lógica capitalista contemporânea parece impelir todos ao acúmulo. Não apenas o acúmulo de riquezas materiais, mas também ao acúmulo de experiências. E, num tempo em que as tecnologias seduzem e parecem facilitar as ações humanas, podemos poupar a memória e acumular arquivos digitais de sentimentos e sensações. Mesmo que nunca os resgatemos. Apenas o prazer momentâneo de registrar – dominar? – aquele momento, já basta. A contemplação é substituída pelo registro, a lembrança é substituída pela memória (digital).

A contemporaneidade parece sublimar a figura do flâneur. Surgida na obra de Baudelaire, a expressão francesa remete ao observador, ao “vagabundo” que dedica sua vida à contemplação do cotidiano. Vagabundo surge entre aspas por ser um contraponto à lógica produtivista e acumuladora que a modernidade instaurou. Vivemos, com a tecnologia, uma contradição. Embora produzamos um sem número de imagens, não dedicamos tempo à contemplação. Esta, se surge, é rapidamente substituída por uma nova imagem – antes mesmo de a anterior ser fixada e fruída.

Valorizemos as tecnologias, contudo dediquemo-nos a reeducar o olhar. A vida é acelerada, mas é passível de ser contemplada. O projeto pedagógico da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) propõe que seus calouros experimentem a educação do sensível. Muitos chegam à universidade em busca de uma relação utilitarista e acumulativa com o saber. Já no primeiro quadrimestre de estudos, todos frequentam o componente curricular Fórum Interdisciplinar: experiências do sensível.

Neste espaço, os estudantes são convidados a refletir e a observar o mundo que os cerca, suas famílias, comunidades, região e a expressar sua visão sobre estes. Esta expressão surge através de relatos, textos, desenhos, pinturas, gravações ou no suporte que pareça mais adequado. Mas independente disso, as ações surgem da obrigação curricular de contemplar: a natureza, o território, os sons, as imagens. O interdisciplinar do título significa que todos devem passar por essa experiência. Espera-se com isso, num futuro não muito distante, artistas mais sensíveis, professores mais cuidadosos, mas também médicos mais humanos, engenheiros mais compassivos.

Espera-se com isso, uma sociedade que sabe valorizar o que tem de mais importante. Suas pessoas. Tudo isso por meio da da educação. A educação do olhar.

Felipe de Paula é professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

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marco wense1Marco Wense

O entrave é Geraldo Simões, que, além de ser o prefeiturável natural do PT, é um postulante que ocupa a primeira posição nas pesquisas de intenções de voto. Sua tábua de salvação e sobrevivência política.

Alguns setores da imprensa, mais especificamente de oposição ao governo Vane e adeptos do sensacionalismo, disseram que a modesta Coluna Wense estava pregando a renúncia do prefeito de Itabuna.

Uma insinuação maldosa, já que torço para que Claudevane Leite faça um bom governo, seja candidatíssimo ao segundo mandato e quebre o tabu da reeleição.

Sei que de, dez eleitores, somente um acredita que o chefe do Executivo vai ser candidato. E quem contribuiu para a quase unanimidade foi o vice Wenceslau Júnior, que, intempestivamente, lançou sua candidatura.

Disse aqui que Wenceslau não tornaria pública sua pretensão se tivesse alguma dúvida sobre a posição do alcaide, o que pressupõe uma possível confidência do prefeito com o vice.

Ora, ora, ora, seria motivo de rompimento político se Wenceslau Júnior lança sua candidatura com o prefeito ainda indeciso sobre o seu futuro político.

O retorno ao PT, com uma boa conversa com o governador Rui Costa, é visto por muitos como o caminho para um comportamento político mais ousado. Um Vane menos enigmático e mais decisivo.

Toda articulação para o “Volta, Vane” é feita por Everaldo Anunciação, presidente estadual do petismo, e Josias Gomes, secretário de Relações Institucionais.

O entrave é Geraldo Simões, que, além de ser o prefeiturável natural do PT, é um postulante que ocupa a primeira posição nas pesquisas de intenções de voto. Sua tábua de salvação e sobrevivência política.

A possibilidade de “Minha Pedinha” deixar o PT em decorrência do retorno de Vane é remotíssima, mas não é totalmente descartada. Pelo ponto de vista percentual, não chega a 5%.

AMÉLIA TAVARES AMADO

Eduardo Anunciação em foto do Diário Bahia.
Eduardo Anunciação em foto do Diário Bahia.

“Amélia Amado era mulher empreendedora, fêmea positivista, católica. Fundou o Colégio Ação Fraternal de Itabuna (AFI), estimulou o Teatro Estudantil Itabunense (TEI), financiou eventos artístico-culturais.

O desenrolar da história vai constatando que Amélia Amado fora mais inquieta, mais humana do que o líder político Gileno Amado, seu marido. Doutor Gileno Amado era aristocrático, gostava de ser paparicado. Os chamados gilenistas usavam gravatas, chapéus, ternos clássicos. Os gilenistas eram compenetrados, presunçosos. Os tempos eram dos coronéis, os tempos eram outros.

O ambiente, o lugar do doutor Gileno Amado sempre foi a UDN, partido do governador Juracy Magalhães, Adauto Lúcio Cardoso, José Cândido Filho, Carlos Lacerda. Poucos itabunenses amaram doutor Gileno e muitos o respeitavam, temiam.

Como na canção, de Mário Lago, Amélia era uma mulher de verdade. Amélia Tavares Amado foi o trampolim, alavanca, sucesso de Gileno Amado” (Do saudoso e polêmico jornalista Eduardo Anunciação).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Davidson Magalhães artigoDavidson Magalhães | davimagalhaes@uol.com.br

Na Bahia, o Estatuto da Metrópole abrirá um importante debate sobre os rumos da Região Metropolitana de Salvador, a regulamentação da Região Metropolitana de Feira de Santana e a criação da Região Metropolitana do Sul da Bahia.

As regiões metropolitanas (RMs) foram criadas no Brasil pela Lei Complementar nº 14/1973. Sob a direção da União, estes espaços receberam tratamento prioritário com canalização de recursos e incentivos. Com uma concepção autoritária e tecnicista de governança, centralização e controle do território, e objetivos limitados de ordenamento territorial estas experiências lograram uma frágil herança de gestão.

A Constituição Federal (CF) de 1988 (Art. 25 § 3º) conferiu aos Estados a atribuição de instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. A União, mesmo perdendo a atribuição na criação das RMs, manteve um destacado protagonismo na gestão metropolitana devido às políticas setoriais e seus critérios de elegibilidade e o poder na transferência de recursos para os municípios metropolitanos.

De nove Regiões Metropolitanas constituídas pela União em 1973, hoje contamos com 55, estabelecidas pelos Estados a partir de critérios diversos. São muitas as razões para a proliferação de RMs: redução das tarifas telefônicas locais para ligações entre municípios inseridos na mesma RMs, a possibilidade de compartilhamento da gestão de algumas funções públicas, e principalmente, a busca dos estados e municípios de se qualificarem para receber recursos federais, estimulados por meio de algumas das políticas da União de investimentos em infraestrutura social e urbana.

A ineficiência das gestões das RMS foi potencializada pelo vazio jurídico deixado pela Constituição de 1988. Os Estados assumiram a gestão em um novo contexto onde os municípios fortaleceram o seu protagonismo na gestão dos seus territórios (Estatuto da Cidade) e a União continuou sendo a grande provedora de recursos e políticas de desenvolvimento urbano. A ausência de uma regulamentação para as RMs ampliou as dificuldades já existentes na relação entre atores e agentes dos processos de decisão, tornando a gestão pouco eficiente, e em algumas experiências meras formalizações institucionais.

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ed ferreiraEd Ferreira | Photossintese

Os herdeiros do cacau, que mal conhece seus marcos divisórios, sempre afetaram a Mata Atlântica com derrubadas para formar pastagens, cacau, quando não com práticas maléficas

Nos próximos dias, a equipe da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) estará avançando no trecho 01 de Ilhéus, mais precisamente nas zonas  que  envolvem as Fazendas São Domingos, Theodolinda, Corumbá e São Pedro, na Rodovia Ilhéus -Uruçuca.

Enquanto meia dúzia de empresários do cacau, pseudos ambientalistas e parte da imprensa vendida alardeiam que o projeto Fiol é inviável, a obra ignora todas as armadilhas e continua a todo vapor.

Os herdeiros do cacau, que mal conhece seus marcos divisórios, sempre afetaram a Mata Atlântica com derrubadas para formar pastagens, cacau, quando não com práticas maléficas, a exemplo do uso indiscriminado do antigo BHC, o qual dizimou centenas de espécies de animais e deixou muitos trabalhadores com vestígios de câncer.

“Não se pode fazer omelete sem quebrar os ovos” é ditado popular que se encaixa perfeitamente nos reclames de alguns empresários que alegam os estragos que a Fiol faz ao construir o leito da ferrovia. Nada que não possa ser reparado pela própria natureza.

Há ainda uma linha de equivocados que afirmam que a Fiol  e o Porto Sul são inviáveis! Esses com certeza não vivem na região ou não conhecem nada da realidade econômica do país.

Setores e pessoas que fazem uma oposição cega a um projeto tão interessante como este, certamente não pensam grande ou na melhoria regional. Olham apenas para seus umbigos. A grande maioria nem aqui vive, apenas recebeu de herança uma propriedade que produz cacau e se autodenomina fazendeiros quando, na verdade, não passam de empresários do cacau.

Outra mentira que alardeiam é que a ferrovia seria desviada para o Porto de Aratu. O tal porto está em seu limite e não há uma logística operacional que venha oferecer tranquilidade para o escoamento da produção do centro Oeste do Brasil.

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FOTO ARTIGOS JULIO GOMESJulio Cezar Gomes | juliogomesartigos@gmail.com>

Para constatarmos esta avalanche de violência sexual contra crianças e adolescentes, não precisamos recorrer às estatísticas oficiais. Basta ligarmos o rádio, a TV ou acessarmos à internet, e todos os dias nos depararemos com casos similares.

Causa-me forte impressão o descuido de muitas mães de hoje em dia com a conduta de suas filhas ainda crianças, tanto nas classes mais populares como, até mesmo, nas mais abastadas e bem escolarizadas.

Na época em que era criança – nasci em 1965 – cresci ouvindo as mães advertindo suas filhas para que tivessem “modos” e “cuidado”. Uma das expressões mais ouvidas, quando as meninas se sentavam displicentemente, com as pernas abertas, mostrando em público a calcinha ou parte dela, era o famoso: “fecha as pernas, menina, e senta direito.”

Isso valia para ricos e pobres. Para negros e brancos. Para filhas de doutor ou de trabalhador rural. A preocupação das mães com o pudor e com não expor suas filhas permeava toda a sociedade.

Hoje, no Brasil, temos índices vergonhosos de violência sexual praticada contra crianças. Incorporou-se plenamente ao vocabulário cotidiano uma palavra antes quase desconhecida, que designa este tipo de crime: pedofilia.

Os números são alarmantes. Segundo o Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes no Brasil, publicado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos, com base em registros do SINAN, foram atendidos, em 2011, um total de 10.425 crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A grande maioria do sexo feminino: 83,2%, sendo que a maior incidência de atendimentos registra-se na faixa de 10 a 14 anos.

Estes números não traduzem senão muito palidamente a realidade, que é muitíssimo pior, pois a criança ou adolescente simplesmente não dispõe, na imensa maioria das vezes, de meios para denunciar seu agressor, que quase sempre é um familiar com forte ascendência sobre ela, passando a sofrer a violência calada, por anos a fio.

Acrescente-se que, em muitos casos, após cometer o abuso ou a violência sexual, o criminoso, buscando não ser identificado, mata barbaramente a criança indefesa, trazendo-nos outra palavra bem pouco pronunciada em anos passados: infanticídio.

Para constatarmos esta avalanche de violência sexual contra crianças e adolescentes, não precisamos recorrer às estatísticas oficiais. Basta ligarmos o rádio, a TV ou acessarmos à internet, e todos os dias nos depararemos com casos similares.

No Brasil em que as leis são normalmente ineficazes para conter a prática de crimes, resta às famílias – sobretudo às mães – dar as orientações cabíveis quanto à conduta e manter a vigilância necessária em favor de suas filhas e filhos. E denunciar imediatamente qualquer fato suspeito.

Aqui, mais do que nunca, mais vale prevenir do que remediar.

Julio Cezar Gomes é professor, formado em História e Direito pela Uesc.

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erick maiaÉrick Maia | erickmaia13itb@gmail.com

Falar em Parceria Público-Privada (PPP) para o saneamento em Itabuna é realmente preocupante, por uma razão muito simples: é entregar o patrimônio público sem riscos de investimento à iniciativa privada e com altas margens de lucratividade.

Sem nenhuma dúvida, essas são as condições para implantação de uma PPP, que nada mais é que uma privatização disfarçada, onde a água é similar a uma mercadoria, invertendo-se assim, a lógica da água como um direito humano fundamental.

Segundo o teólogo Leonardo Boff, “quem domina a água tem poder sobre a vida, e quem tem poder sobre a vida tem poder total”. Nesse sentido, a defesa do saneamento público passa a ser uma questão estratégica de interesse social, o que não é compatível com o ambiente de negócios privados.

Vários são os exemplos do fracasso da privatização da água ao redor do mundo. Na América Latina, chama atenção a “guerra da água” na Bolívia e o processo de reestadualização na Argentina. Mas o caso mais emblemático é, com certeza, o da remunicipalização dos serviços de águas em Paris em 2010, que, após 25 anos nas mãos das maiores empresas privadas do setor, voltou ao controle público, trazendo benefícios tangíveis em relação a qualidade e ao preço dos serviços de saneamento.

Além disso, dos casos de privatização dos serviços de abastecimento de água pelo mundo, o que se sabe é que poucos benefícios trouxeram às populações, principalmente as de regiões periféricas e com baixo poder aquisitivo. A gravidade desta situação levou as Nações Unidas a estabelecer o objetivo de reduzir para metade, até 2015, a percentagem da população mundial que não tem acesso à água potável de forma satisfatória. Estima-se que mais de 1 bilhão e quatrocentos mil pessoas não têm acesso à água potável no mundo e mais de 30.000 morrem todos os dias por problemas de saúde que têm a ver com o acesso à água.

Em relação a Itabuna, a EMASA (Empresa Municipal de Águas e Saneamento) é, certamente, a maior empresa municipal de saneamento da Bahia, cujo potencial econômico e social é reconhecido em todo o estado, apesar de enfrentar uma situação delicada por falta de investimentos em esgotamento sanitário e em controle de perdas de água, que afetam, significativamente, a regularidade do abastecimento e o faturamento da empresa.

Assim, as discussões sobre os serviços públicos de saneamento no município, que durante todo o ano de 2014 foram intensificadas pelos governos estadual e municipal, mas sem a participação da sociedade, volte em 2015 incluindo os principais interessados nesse processo: a população grapiúna e os trabalhadores da EMASA.

Érick Maia é diretor da base do Sindae e coordenador do Grito da Água de Itabuna.

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marco wense1Marco Wense

O objetivo do novo agrupamento político, com o vereador Ruy Machado, o radialista Roberto de Souza, o médico Edson Dantas e a professora Acácia Pinho, é indicar o vice de Geraldo Simões na sucessão de 2016.

O óbvio ululante é que todos eles, respectivamente do PTB, PR, PSB e PDT, são pré-candidatos para compor a chapa majoritária encabeçada pelo petista.

A posição do ex-prefeito de Itabuna nas pesquisas de intenção de votos, ocupando a dianteira, em empate técnico com o também ex-alcaide Fernando Gomes, oxigena a “nova” frente.

Machado, Souza, Dantas e Acácia vão disputar o cargo de vice-prefeito. O problema é que o candidatíssimo Geraldo Simões não quer nenhum deles como companheiro de chapa.

É evidente que Simões vai alimentar, até o limite do possível, que pode escolher no quarteto o seu vice. A “nova” frente já é chamada de “Frente dos Vices de Geraldo Simões”, abreviadamente FVGS.

Quando questionado sobre quem será o candidato a prefeito de Itabuna, o doutor Edson Dantas, que já foi edil, diz que “ainda não há esse tipo de discussão”.

Ora, ora, esse “tipo de discussão” nunca vai existir. O candidato é Geraldo Simões e ponto final. A possibilidade de o próprio Edson sair candidato é nula.

Edson Dantas, Acácia Pinho, Roberto de Souza e Ruy Machado sequer serão prefeituráveis, contrariando a máxima de que na política tudo é possível.

Vale lembrar que a atual comissão provisória do PDT, hoje sob o comando de Acácia Pinho, pode ser destituída a qualquer momento. O PDT vai ter candidatura própria.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Jackson LessaJackson Lessa | jacksonslessa@hotmail.com

A Europa está “grávida de acontecimentos”. Poderemos ter novos tiroteios, novas explosões, perseguições aos muçulmanos, intensificação da Islamofobia. Não será esse o desejo dos radicais? Provocar uma verdadeira guerra de civilizações?

O recente ataque à sede de uma revista francesa será mais um sintoma do chamado choque de Civilizações? Não podemos nos dar ao luxo de restringir a discussão em torno apenas da liberdade de expressão. Os meios de comunicação parecem se incomodar mais com o fato de ter sido um veículo de imprensa do que o fato de terem sido vidas humanas.

Na verdade, torna-se necessário compreender as possíveis causas desse ataque. Apesar de injustificável, ele é resultado de uma política de intolerância, que não se limita ao estilo jornalístico da revista e, sim, ao comportamento de grande parte da sociedade europeia, e até mesmo ocidental, em relação aos muçulmanos.

Vale lembrar que alguns fundamentalistas não representam a totalidade dos seguidores da religião. Esse evento francês envolve várias esferas, diferindo-se do 11 de setembro, nos EUA, principalmente por ter ocorrido na Europa, e em um momento em que o continente está em convulsão política e econômica.

Historicamente, a Europa ocidental sempre encarou outros continentes e outras religiões com preconceito. Em inúmeras ocasiões, os europeus olharam o diferente como divergente, e acharam essa diferença ameaçadora, quase uma maldição.

Após os ataques à Revista Charlie Hebdo a palavra mais utilizada foi DEMOCRACIA. Mas podemos falar realmente em democracia quando imigrantes são considerados invasores, além de difundir-se uma espécie de islamofobia?

Dois dias antes do referido crime, na Alemanha, várias pessoas foram às ruas protestar contra o que eles chamavam de islamização do país, dando sinais claros de preconceito religioso e xenofobia, fazendo com que a chanceler, Ângela Merkel, tivesse que se pronunciar oficialmente contra esse movimento.

Pesquisas apontam que 57% dos alemães consideram o islamismo uma ameaça, e 60% acham que a religião é incompatível com o Ocidente. A palavra-chave para esse lamentável acontecimento é TOLERÂNCIA. Entretanto, para quem faltou tolerância? Os fundamentalistas que não aceitaram críticas satirizadas ou os jornalistas que atingiram a imagem do islamismo?

A situação é complexa. Autoridades do mundo inteiro, entre eles Obama e Dilma, falaram que é inadmissível atingir valores democráticos como uma instituição da imprensa. Verdade, a imprensa deve ser a porta-voz da sociedade e por isso podemos, sim, considerar que a sociedade democrática foi atingida, de forma covarde, e isso precisa de punição. Porém, é admissível atingir valores sagrados da religião alheia?

Uma das grandes características da modernidade é a multiplicidade religiosa, o que exige de todos, independente do credo, a prática da tolerância, que seria a capacidade de aceitar o diferente, “o que não é espelho”. Relembrando Frei Betto: “das intolerâncias, a mais repugnante é a religiosa, pois divide o que Deus uniu, incentiva disputas e guerras, dissemina ódio em vez de amor”.

Não podemos ver apenas a árvore, precisamos perceber a floresta. Os próximos dias e meses poderão ser muito complicados. A Europa está “grávida de acontecimentos”. Poderemos ter novos tiroteios, novas explosões, perseguições aos muçulmanos, intensificação da Islamofobia. Não será esse o desejo dos radicais? Provocar uma verdadeira guerra de civilizações? E agora? Será que veremos liberdade e tolerância?

Jackson Lessa é professor de Geografia e Atualidades em escolas e cursos pré-vestibulares de Itabuna e região.

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allah3Allah Góes | allah.goes@hotmail.com

Aquilo era apenas a antecipação do que viria a sentir dali a alguns instantes, pois quando chegou a minha vez de ser informado, chorei mais que da vez em que nasceu meu primeiro filho

Quem disse que a vinda de um segundo filho é tranquila e sem emoções, pois nada mais é novidade, tudo se repete, diz isto por nunca ter sido pai por uma segunda vez? Na segunda vez, a emoção do primeiro nascimento se intensifica, e aquilo que entendíamos como “experiência, repetição”, se esvai e a “tremedeira” vem a partir do momento em que a nossa esposa diz: “Chegou a hora!”.

De fato, o nascimento de Gabriel Jorge, nosso segundo filho, foi melhor planejado que o nascimento do primeiro filho, João Alberto, pois enquanto no primeiro nascimento eu me encontrava distante, lutando para chegar a Itabuna, com Gabo (como nós da família o chamamos), os cálculos feitos por Dr. Eduardo Leach, bateram certinho. Melhor, pudemos até antecipar, pois poderíamos esperar até o dia 29 de dezembro.

E assim, até mesmo para que não tivéssemos que passar o réveillon na Maternidade, ou que por conta das eleições de Mesas de Câmaras, estivesse eu fora da cidade, optamos por trazer “Gabo” ao mundo no dia 26 de dezembro, um dia após o Natal, um dia após o que seria o aniversário de 43 anos de casados de meus pais.

nascimentoEsta data também ficou interessante pois, como comentou meu amigo e colega de segundo filho em 2014, o qual também se chamou Gabriel, Gustavo Melo: “dia 25, nasceu o filho de Deus, e dia 26 nasceu o filho de Allah”. Brincadeiras à parte, até para não ser taxado de ser pouco cristão e estar fazendo graça com coisa séria, acredito que o destino escolheu o melhor dia possível para a vinda de “meu anjo”, e isto até por conta de gostar do simbolismo por trás dos números: 26, 12 e 14.

Desta forma, às 8 horas do dia 26 de dezembro, nos dirigimos à Maternidade Manoel Novaes, onde tão logo chegamos fomos encaminhados ao quarto, iniciando-se a “espera do grande momento”. E isto até próximo do meio-dia, pois parece que todo mundo resolveu “dar a luz” naquele dia (foram 7 partos antes do nosso), o que impossibilitou que pudesse acompanhar “ao vivo” o parto de meu segundo e último filho, pois não havia mais roupa apropriada para que eu pudesse entrar no centro cirúrgico.

Mas quem disse que a emoção foi menor por conta de não estar com a minha esposa, Alana, na “Sala do Parto”? Acredito até que foi maior a agonia de ficar na “Sala de Espera”, pois ali estavam outros pais que, como eu, ficavam aflitos a cada barulho de choro que transpassava a porta da “Sala de Parto,” imaginando, assim como eu: “Será que é o choro de meu filho?”.

Para você ter uma ideia da carga de emoção daquela antessala, quando a enfermeira veio informar que o “choro de neném” não era de meu filho, mas do filho de um outro angustiado pai, e que dali a alguns momentos traria aquele pequeno ser para que todos o vissem. Me uni ao choro de felicidade de seu pai, parecendo não alguém que acabava de conhecer, mas que era um amigo de longa data.

Mas aquilo era apenas a antecipação do que viria a sentir dali a alguns instantes, pois quando chegou a minha vez de ser informado, chorei mais que da vez em que nasceu meu primeiro filho e, agarrado à minha mãe, fiz uma oração à Deus, pedindo tudo de bom para meu “Gabo”.

Obrigado meu Deus por ter me dado a oportunidade de ter dois lindos e saudáveis filhos. Seja bem-vindo à nossa família, Gabriel Jorge, meu filhote.

Allah Góes é advogado e pai-coruja de Gabriel Jorge

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marco wense1Marco Wense

A tábua de salvação de Geraldo Simões são as pesquisas de intenção de votos para a sucessão municipal de 2016. Em todas elas, GS aparece na frente, empatado tecnicamente com Fernando Gomes.

Discordo do falatório de que o petista Geraldo Simões esteja perto do seu fim político, como apregoa o antigeraldismo, hoje protagonizado por Davidson Magalhães, figura-mor do PCdoB.

Que Geraldo Simões vive o seu pior momento político é inconteste e inegável. Sua derrota para o Parlamento federal, impedindo o terceiro mandato consecutivo, é fato complicador.

A imprudente, descabida e atabalhoada candidatura do filho Tiago Feitosa a deputado estadual fica como a causa principal da não recondução de Geraldo Simões ao Legislativo.

Geraldistas mais lúcidos tentaram dissuadir Tiago Feitosa da ideia de se lançar candidato. Mas logo desistiram: o filho era mais renitente do que o pai.

O inferno astral de GS não se resume só a seu fracasso eleitoral na eleição de 2014. O enfraquecimento político decorre de um somatório de acontecimentos.

O início de tudo, do desmoronamento político, foi o lançamento da candidatura de Juçara Feitosa na segunda tentativa de torná-la prefeita de Itabuna, contrariando o então governador Jaques Wagner.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina temia, com toda razão, em decorrência da cisão oposicionista, uma vitória do candidato do DEM, Capitão Azevedo (reeleição).

A sorte de GS é que Vane do Renascer, hoje Claudevane Leite, saiu vitorioso. Se o democrata ganha, seria um Deus nos acuda para o teimoso ex-alcaide de Itabuna, cujo sonho era ser o primeiro-damo.

Geraldo continua respirando, avalia Wense.
Geraldo continua respirando, avalia Wense.

Sem seguir uma ordem cronológica, de memória e sem consultas, alguns posicionamentos de GS: 1) Defendeu a candidatura de Waldir Pires ao Senado. Deu no que deu: Otto Alencar eleito senador. 2) Não queria Everaldo Anunciação no comando do PT. Deu no que deu: Anunciação é o presidente estadual da legenda. 3) Torceu intensamente pela derrota de Josias Gomes. Deu no que deu: Josias, além de se reeleger, é o secretário de Relações Institucionais do governo Rui Costa. 4) Trabalhou contra Aldenes Meira. Deu no que deu: o comunista é reconduzido à presidência da Câmara de Vereadores. 5) Queria Wáater Pinheiro como candidato do PT a governador. Deu no que deu: Rui Costa eleito no primeiro turno. 6) Ainda tem Davidson Magalhães assumindo o mandato de deputado federal.

A tábua de salvação de Geraldo Simões são as pesquisas de intenção de votos para a sucessão municipal de 2016. Em todas elas, GS aparece na frente, empatado tecnicamente com Fernando Gomes.

Essa viabilidade eleitoral deixa Geraldo Simões vivo. Esse momentâneo favoritismo é seu balão de oxigênio. A sabedoria popular diria que GS não é nenhum “cachorro morto”.

Geraldo Simões continua respirando, mesmo com dificuldades.

Marco Wense é articulista político do Diário Bahia.

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wenceslau júnior olho entrevista pimenta2 05.06.12Wenceslau Júnior
 

Para os pessimistas e a turma do atraso, que apostam no quanto pior melhor, ponham as barbas de molho. 2015 será o melhor ano para Itabuna em comparação aos últimos 30 anos.

 
Embora as dificuldades enfrentadas em 2014, o governo Vane obteve vitórias significativas no ano que finda.
O retorno da Gestão Plena da Saúde, mesmo com a defasagem financeira, recoloca o município como ente capaz de assumir a gestão do complexo sistema de saúde publica.
Mesmo na área da saúde, obtivemos vitórias importantes. Às vezes pouco propagadas, mas de grande alcance. Fechamos o ano com o número de leitos de UTI triplicados no Hospital de Base (de três para nove), emergência completamente reformada e equipada e uma equipe que foi capaz de atender sem sobressaltos as vítimas da rebelião que ocorreu no presídio.
A sede do SAMU foi completamente reformada e novas ambulâncias foram adquiridas. As unidades de Saúde dos Bairros Santa Inês, Maria Pinheiro, Manoel Leão, São Roque e a sede do Pros-Hiperdia foram devolvidas à população completamente reformadas. Estão sendo concluídas ampliações e reformas nas unidades da Urbis IV, Ferradas, São Lourenço, São Pedro, Pedro Jerônimo, Santo Antônio, Lomanto, Sesp e Canecos, Rua de Palha e Itamaracá, entre outras. Iniciamos a construção de duas UPA´S (Unidades de Pronto Atendimento), uma no Monte Cristo e outra no Fonseca.
Finalmente, iremos contratar mais agentes de endemias para reduzir ainda mais o índice de infestação predial do mosquito da dengue (já reduzimos mais de 50%).
Nossas campanhas de vacinação têm superado as metas e o trabalho da Vigilância Sanitária e da Vigilância Epidemiológica tem tido êxito extraordinário. Estamos no Mais Médicos e ampliamos o número de médicos e de especialidades na Policlínica.
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