A NOVA APOSTA DO CACAU

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A cabruca desperta o interesse do mundo

Coluna Tempo Presente (A Tarde)

Duas décadas depois que o flagelo da vassoura-de-bruxa dizimou a economia cacaueira, provocando um êxodo rural sem precedentes, mortes e uma dívida bilionária, algo de novo surge no cacau. O superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, apresenta um projeto que, no atacado, pretende recuperar a expectativa positiva de plantar e colher, valorizar as terras e, de lambuja, resgatar a autoestima dos produtores, fazendo com que seus próprios bens sejam suficientes para quitar as dívidas antigas e tocar a vida.

O Projeto de Conservação Produtiva, já em fase de testes em cinco propriedades de Barro Preto, ancora-se num elemento simples e de forte apelo: o compromisso do produtor de preservar a mata atlântica priorizando o plantio no modelo cabruca, conquistando o reconhecimento certificado pelos órgãos do setor sobre a sustentabilidade ambiental e, também,estimulando pequenas indústrias de beneficiamento, outra reviravolta histórica.

A pretensão é fazer dinheiro também com madeira, aproveitando as mortas e retirando as exóticas (especialmente a jaqueira), com a obrigatoriedade de o produtor plantar três nativas para cada exótica suprimida.

Com a preservação da fauna, flora e recursos hídricos, a terra por si só vai valer muito mais. É algo auspicioso numa área em que a descrença geral dá o tom da reza. Mas só falta o governador Jaques Wagner assinar o decreto para o sonho virar realidade.

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GONÇALVES DIAS E SEUS ÍNDIOS HEROICOS

1ÍndiosOusarme Citoaian | [email protected]

Adianto à gentil leitora e ao atento leitor que venho de tempos em que falar bem de índio não me fazia candidato a Judas de Sábado de Aleluia. Por isso decorei vastos trechos de I-Juca Pirama, o longo poema de Gonçalves Dias (1823-1864), com aqueles indígenas heroicos, grandiosos, valentes, que tanto me emocionaram – e, acabo de ver, ainda me emocionam. Pois é que voltei àquela fonte da infância, de onde tirei estas expressões: “caiu prisioneiro nas mãos dos Timbiras”; “as almas dos vencidos Tapuias, ainda choram”; “vaguei pelas terras dos vis Aimorés”; “quero provar-te que um filho dos Tupis vive com honra” – creio ser suficiente.

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 Academia de vestido longo e salto alto

A universidade brasileira, ainda elitista, arrogante, de vestido longo e salto alto (ou de fraque e bengala), costuma valer-se de linguagem própria, altissonante e, muitas vezes, vazia e ociosa. É o jargão que a identifica e isola, pois, deliberadamente, não atinge os mortais comuns. É bem o caso desse “índios Tupinambá” que a academia emana em flagrante agressão à lógica da linguagem. Gonçalves Dias há de ser copidescado: “nas mãos dos Timbira”, “vencidos Tapuia”, “terras dos vis Aimoré”, “filho dos Tupi” – e por aí vai esse festival de esnobismo. E a mídia, com seu pendor para a repetição, copia e engole tais sandices sem mastigar.

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3BueraremaForma clássica, sem rasuras ou emendas

“Meninos, eu vi!”: agora mesmo, à luz do fogaréu em que Buerarema ardeu, grupos de estudiosos da questão indígena em Porto Seguro se pronunciaram, denunciando a reincidência de ações violentas na região. É ótimo que se manifestem, mas dispensável é esse festival de “apoio aos Tupinambá” e “conflitos entre índios Tupinambá e fazendeiros”. Penso que com “índios Tupinambá” se queira dizer “índios (da etnia) Tupinambá, obviamente uma complicação (elipse?) desnecessária. É como escolher a linha curva para ir de um ponto a outro. “Índios Tupinambás” é a forma clássica, nos bons autores, que dispensa qualquer tipo de rasura ou emenda.

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UM OFFICE BOY COM O DOM DA UBIQUIDADE

Leio (ah, a universalidade da internet!) que o office boy Eduardo Carlos de Santana Jr., na flor dos seus 27 anos, foi condenado a sete anos e meio de cadeia por participar de assalto a uma loja de material de construção no bairro Vale dos Reis, em Cariacica/ES. Descubro mais: o Eduardo em apreço está foragido, daí a intimação de sentença, publicada no Diário da Justiça, afirmar que o condenado “encontra-se em lugar incerto e não sabido”, por isso sendo intimado por via do Edital. A expressão “lugar incerto e não sabido” é jargão dos cartórios (juridiquês) que atenta contra a saúde da língua portuguesa.
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5ForagidoDesatenção com a gramática e a lógica

A prática, não raras vezes, consegue mudar a teoria (aliás, nada digo de novo, pois é no dia a dia do escrever e, mais ainda, do falar, que a língua se forma e se transforma). Neste caso, o princípio teórico, a lei, fala em citar pessoa em lugar incerto, não sabido ou indeterminado – atendendo à verdade de que o réu não é onipresente, não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Operadores que não leram a regra com atenção vulgarizaram o “incerto e não sabido”, em detrimento da gramática e da lógica: incerto é “indeterminado”; não sabido, “ignorado”. Diga-se, então, “incerto ou não sabido”, sem traumas à norma.

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LETRA DE MÚSICA PARA TESE DE MESTRADO

Dizer que Querelas do Brasil, de Aldir Blanc, é trocadilho com Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, é verdade, mas muito pouco. Trata-se de letra “grande” demais para ser analisada em coluna de amenidades, tema para ensaio, tese de mestrado, essas coisas da mais alta responsa: o termo, segundo o Priberam, tem significados principais de discussão, debate, contestação; em lugar da aquarela, a querela não é mais exaltação, é desconstrução do modelo ufanista, louvação de outros valores, para mim sendo o maior deles a língua brasileira inculta e bela. Aldir abusa da sonoridade, ressuscita palavras, colhe outras em matrizes índias e negras: “Jererê, sarará, cururu, olerê/ blablablá, bafafá, sururu, olará”.
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7Jobim-AçuDos sertões de Guimarães a Jobim-açu

É notável a “louvação” que o poeta faz de grandes nomes das artes brasileiras, muitas vezes fundindo palavras. Lá estão “sertões, Guimarães” (lembrança de Guimarães Rosa e seu ambiente romanesco), “Caandrades” (sobre os Andrade: Drummond, Mário e Oswald), “Marionaíma” (fusão de Mário de Andrade e Macunaíma), “Bachianas” (referência direta às Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos), “Tinhorão” (homenagem ao crítico musical José Ramos Tinhorão). Porém, o mais louvado de todos é Tom Jobim, com acréscimos que sugerem “grandeza”: “Jobim-açu” (açu é “grande”, em tupi), Jobim akarore (akarores são índios gigantes) e Ujobim (alguma coisa como Jobim pai).É o Brasil que o Brazil não conhece, de que fala o refrão.

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O Brasil que pode socorrer o Brasil

É curiosa a oposição Brasil/Brazil (com grafia e pronúncia distintas), como a confrontar “brasis” diversos: “o Brazil não conhece o Brasil/ o Brasil nunca foi ao Brazil”. Esta dicotomia vai confluir para uma espécie de sub-refrão em que desaparece o Brazil, e o Brasil ressurge a pedir socorro… ao Brasil. O autor parece querer dizer que as soluções dependem de nós mesmos. (Parte da “erudição” mostrada neste texto foi apreendida de um estudo publicado por Jussara DalleLucca, que explica o significado dos estranhos termos empregados por Aldir Blanc). E quase não tive espaço para dizer que Elis Regina, como sempre, está à altura desta forte mensagem política, de 1979, do autor de O bêbado e o equilibrista (1978).

 O.C.

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O bueraremense Neto Berola saiu do banco de reservas na metade do segundo tempo de jogo no Barradão para garantir o empate para o Atlético-MG diante do Vitória, no Brasileirão 2013.

O rubro-negro vencia o jogo da última rodada do primeiro turno até os 41 minutos, quando Berola aproveitou bola recebida no meio da entrada da grande área e tocou no cantinho e fez 1 a 1.

O Vitória vencia com gol de Marquinhos, feito o primeiro tempo. A zaga atleticana tentou recuar bola em campo encharcado. E sobrou para o rubro-negro conferir. 1 a 0. Seria o primeiro triunfo do time baiano, após quatro rodadas. Não deu.

O rubro-negro acaba o primeiro turno em 12º lugar, mas ainda pode ser ultrapassado por outros times no complemento da rodada, amanhã. O Atlético-MG fica em 16º lugar.

BAHIA PERDE MAIS UMA

O Bahia até que segurou o Fluminense no primeiro tempo, quando construiu as melhores oportunidades do jogo. Não fez. Acabou punido no segundo tempo, quando o adversário cobrou falta sem formação de barreira e Biro-Biro aproveitou rebote para marcar. Fluminense 1 a 0 Bahia. O Bahia é o 13º colocado e o Fluminense está na 14ª colocação.

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"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida" (foto Pimenta)
“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida” (foto Pimenta)

A homenagem a um dos ícones da cultura brasileira deu o tom do desfile cívico em Itabuna e abriu alas à criatividade dos participantes. Na avenida, poemas de Vinícius de Moraes eram declamados por estudantes e as letras de canções inesquecíveis apareciam em imagens, como a casa muito engraçada, o girassol que vira um gentil carrossel, a Arca de Noé, a Praia de Itapuã e a garota de Ipanema.

Clique no link abaixo para ver mais fotos do desfile:

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Chuva em Ilhéus e Itabuna e o temor de protestos nas duas maiores cidades do sul da Bahia afastaram o público do desfile cívico do 7 de Setembro. Em Ilhéus, o desfile foi no estilo “relâmpago”, tendo apenas a participação de militares, Ordem Demolay e estudantes do Colégio Militar.

Em Itabuna, o público é o menor dos últimos anos, apesar da participação maciça de escolas estaduais e municipais. Para o encerramento do desfile, está previsto o “Grito dos Excluídos”, puxado pelos movimentos sociais e o Comando Popular Itabuna, que cobra a redução na tarifa de ônibus e melhoria nos serviços públicos.

O desfile em Itabuna caminha para o final. Apesar da polêmica do palanque, se na Praça Camacã ou na Adami, acabou prevalecendo a tradição: o palanque oficial ficou mesmo na Camacã.

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Danilo Oliveira, do Reúne Ilhéus, encarnou Jabes Ribeiro, confrontado com o contrato do transporte coletivo (Foto Maurício Maron/Jornal Bahia Online).
Danilo Oliveira, do Reúne Ilhéus, encarnou Jabes Ribeiro, confrontado com o contrato do transporte coletivo (Foto Maurício Maron/Jornal Bahia Online).

Do Jornal Bahia Online

As semelhanças físicas entre o prefeito de Ilhéus Jabes Ribeiro e o militante do Movimento Reúne Ilhéus, Danillo Oliveira, transformaram o desfile do Sete de Setembro em uma grande diversão em Ilhéus, agora pela manhã. Em um paletó, segundo ele, de marca pra lá de famosa, Danillo encarnou o prefeito de fato e de direito e levou “Jabes” para liderar o desfile do Movimento, hoje a principal dor-de-cabeça do prefeito.

Thiago Pacheco apresenta as "marcas" deixadas pela "Família Gurita" (Foto Maurício Maron/Bahia Online).
Thiago Pacheco apresenta as “marcas” deixadas pela “Família Gurita” (Foto Maurício Maron/Bahia Online).

Ao invés de violência, o movimento apostou na irreverência. Estudantes de olhos pintados, “vítimas” da agressão da Câmara de Vereadores, carregavam faixas questionando  qual independência estava, ali, sendo comemorada. Um caixão era carregado enquanto estudantes choravam. “Se a pergunta é Independência ou morte, acreditem, é morte. A cidade morreu. Estamos promovendo o velório”, afirmavam.

A única intervenção da Polícia foi no sentido de que alguns manifestantes retirassem máscaras. Mas o pedido não foi atendido. Em alguns momentos, o grupo parava e explicava os motivos da manifestação. “Estamos resistindo pela cidade, pela melhoria do nosso transporte”. Aplausos vinham das sacadas de prédios e das poucas pessoas que insistiram em acompanhar na chuva o desfile oficial, que contou apenas com militares, ordem Demolay e estudantes do Colégio da Polícia Militar.
Confira imagens e mais informações do desfile em Ilhéus no Jornal Bahia Online
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Entre os que contestam a real existência de tupinambás no sul da Bahia, convencionou-se chamá-los de “supostos índios”. Por outro lado, os que defendem a causa indígena rebatem, chamando pequenos produtores de “supostos fazendeiros”.

No grupo mais equilibrado, prevalece o entendimento de que existem índios e produtores de verdade, assim como falsificações nas duas trincheiras.

Repórteres que cobrem o conflito em Buerarema já detectaram, por exemplo, figuras “estranhas” nas manifestações de produtores na BR-101.

Entre os mais violentos, há manifestantes que aparentam estar sob efeito de drogas e exibindo aquelas tatuagens que bandidos utilizam para indicar a facção a que pertencem ou a modalidade de crime na qual são especialistas.

Esses são, de fato,  “supostos fazendeiros”, e há suspeita de que vêm sendo contratados e pagos para ultrapassar os limites nos protestos. Leia-se: incendiar carros, promover saques e agredir pessoas. No outro lado do campo de batalha, há também informações sobre muitos não-índios infiltrados e formação de milícias.

Uma certeza que fica no ar: quanto mais “supostos” se envolvem no conflito, mais este se afasta da solução.

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Movimentos sociais voltam às ruas amanhã, no desfile cívico (Foto Pimenta).
Movimentos sociais voltam às ruas amanhã, no desfile cívico (Foto Pimenta).

Os integrantes do Comando Popular Itabuna (CPI) prometem voltar às ruas, amanhã, para nova manifestação pública. O comando está organizando, junto com o Movimento Mulheres de Luta (MML) e movimentos sociais, a edição 2013 do Grito dos Excluídos.

A manifestação começa às 10h, saindo do Jardim do Ó. O CPI vi cobrar “melhorias no transporte e nos demais serviços públicos da cidade”, segundo nota enviada pelo movimento. Neste ano, a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) também participa do Grito, além de sindicatos ligados à central.

A programação do desfile do 7 de Setembro começa às 8h deste sábado com a solenidade de hasteamento das bandeiras e execução do Hino Nacional, na Praça  Camacã, mas na área da Avenida Fernando Cordier (Beira-Rio).

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Dilma lidera sucessão 2014, segundo Vox Populi.
Dilma lidera sucessão 2014, segundo Vox Populi.

Do site RBA

A presidenta Dilma Rousseff lidera com folga todas as simulações feitas pelo Vox Populi para as eleições de 2014, divulgadas hoje (6) pela revista Carta Capital. No cenário que se mostra como mais provável atualmente, a petista tem 38% das intenções de voto, o dobro de Marina Silva (Rede), com 19%, seguida pelo senador Aécio Neves (PSDB), que chega a 13%, e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 4%. Neste quadro, votos brancos e nulos chegariam a 15%, e não souberam responder outros 11%. Se computados apenas os votos válidos, Dilma venceria no primeiro turno.

A base de comparação com levantamentos anteriores ficou prejudicada porque foram realizados antes de junho. Para o Vox Populi, a referência mais fiel são as pesquisas do Datafolha e do Ibope promovidas já após a onda de protestos. Em relação a elas, Dilma tem se recuperado, ao passo que os adversários perdem força.

Quando se tira Aécio Neves da disputa, chega-se à conclusão de que o ex-governador de São Paulo, José Serra, ainda é o nome do PSDB que obtém o melhor desempenho inicial. Ele alcança 18%, e fica empatado com Marina Silva no segundo lugar. Já Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), teria 11% em um outro cenário, no qual empataria com o senador tucano de Minas Gerais, seis pontos atrás de Marina e com 25 pontos a menos que Dilma.

Com Serra fora do PSDB, a presidenta alcança 36% das intenções de voto, seguida por Marina, com 16%, e pelo ex-governador, com 15%. Aécio ficaria novamente com 11%, e Eduardo Campos teria 3%.

O Vox Populi ouviu 2,2 mil pessoas entre 31 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.

Leia a íntegra aqui

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Dom Mauro defende diálogo e conclama ilheenses a não perder a esperança.
Dom Mauro defende diálogo e conclama ilheenses a não perder a esperança.

A Diocese de Ilhéus emitiu nota pública nesta sexta-feira (6) para cobrar do prefeito Jabes Ribeiro uma solução para o caos instalado no município sul-baiano. “As manifestações surgidas por todos cantos clamam por soluções junto aos responsáveis da administração da nossa cidade. A população já não suporta mais essa situação”, pontua a nota assinada pelo bispo Dom Mauro Montagnoli

A nota diz ainda que a Igreja Católica se coloca à disposição para mediar solução do embate do governo municipal com servidores e com o Coletivo Reúne Ilhéus. Os servidores estão em greve há quase 50 dias e cobram, pelo menos, a reposição das perdas inflacionárias do último ano, o que corresponde a 5,84% de reajuste.

Já o movimento Reúne Ilhéus, cobra mais transparência no sistema de transporte público, com redução da passagem e auditoria nos sistema. A Câmara de Vereadores aprovou Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar as empresas São Miguel e Via Metro.

Nós últimos dias, o Reúne Ilhéus tem sofrido com tentativas do governo de criminalizar o movimento, que foi acionada judicialmente tanto pela Prefeitura como pela associação das empresas de ônibus.

Ainda em nota, o bispo conclama a não desanimar. “Não podemos ficar desiludidos com a corrupção daqueles que “em vez de buscar o bem comum procuram seu próprio benefício”. Dom Mauro ainda lembra ensinamento do Papa Francisco: “nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar”. Confira a íntegra da nota pública

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Professor agredido e carro incendiado em São José da Vitória (Foto Portal 08).
Professor agredido e carro incendiado em São José da Vitória (Foto Portal 08).

Rose Marie Galvão | Portal 08

Produtores rurais bloquearam o trecho da BR -101, em São José da Vitória, no sul da Bahia, onde torturaram um professor e incendiaram o carro oficial do Instituto Federal da Bahia (IFBA), por volta das 11h da manhã desta quinta-feira, 5 de setembro. Dentro do veículo estavam três professores do curso de Licenciatura Intercultural Indígena e o motorista do órgão. “Foram momentos de terror”, disse um dos ocupantes do veículo.

Segundo o professor Edson Kayapó, que estava no carro “fomos ameaçados por um grupo de quatro capangas dos produtores rurais que interceptaram o carro e abordaram os ocupantes do veículo inquirindo em tom ameaçador: ‘tem um índio no carro’”. Em seguida, os professores e o motorista foram retirados do veículo e deixados na estrada. O carro do IFBA foi incendiado e jogado no meio da BR -101, próximo à cidade de Buerarema, no sul da Bahia.

O grupo de professores havia concluído atividades de Educação em Olivença, distrito de Ilhéus e estava à caminho da cidade de Pau Brasil, para cumprir agenda na aldeia Caramuru (Pataxó Hã Hã Hãe).  As vítimas ainda tentaram prosseguir a viagem de táxi, uma vez que os capangas demonstravam muito ódio durante a abordagem. No entanto, houve novo ataque em Buerarema onde Edson Kayapó foi retirado do carro e espancado por pessoas desconhecidas que proferiam uma série de ameaças contra ele e os índios.

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As licitações para a contratação de serviços na área de publicidade, coincidentemente realizadas ontem (5) pela Prefeitura e Câmara de Vereadores de Itabuna – e “coincidentemente” canceladas -, mais pareceram jogo de baralho.

Com uma pequena diferença.

Na Prefeitura, as cartas estavam marcadas; na Câmara, elas foram misturadas.

Em ambos os casos, flagrante desrespeito às regras do jogo.

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O desfile cívico de 7 de Setembro terá uma mudança este ano em Itabuna. O palanque das autoridades sai da Praça Otávio Mangabeira, onde tem sido instalado há muitos anos, e vai para a Praça Adami.

Oficialmente, a Prefeitura diz que pensou na segurança do público, pois a alteração permitiria melhor distribuição das pessoas ao longo da Avenida Cinquentenário. Na real, a impressão é de que o governo está preocupado mesmo é com as manifestações prometidas para este sábado.

Com o palanque na Praça Adami, os manifestantes perdem um tradicional ponto de concentração de protestos. Além disso, se o Grito dos Excluídos desfilar em ritmo de “black block”, haverá mais tempo para as autoridades baterem em retirada.

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REPROVADONenhum dos candidatos que participaram da terceira fase do concurso para juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia) foi aprovado. A etapa consistia na elaboração de sentença e ninguém obteve a nota mínima de seis pontos.

A comissão responsável pela correção das provas recebe recursos até o final da tarde desta sexta-feira, 6, e deve julgá-los até quarta-feira, 11. Integram a comissão o desembargador Edilton Meireles, a juíza do Trabalho Ana Paola Diniz e o advogado Nizan Gurgel.

O concurso para juiz substituto do TRT/BA recebeu 2,5 mil inscrições.

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Yulo Oiticica afirma ser necessário ouvir os dois lados do conflito
Yulo Oiticica afirma ser necessário ouvir os dois lados do conflito

Para não ser acusada de parcial, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia poderá ouvir também representantes do grupo de pessoas autodeclaradas tupinambás sobre o conflito na região da Serra do Padeiro.

Ontem, os deputados participaram de audiências em Itabuna e Buerarema. Nesta última, ouviram depoimentos de pequenos produtores da área conflagrada. A ausência dos tupinambás é compreensível, dado o grau de animosidade existente na região.

Yulo Oiticica, deputado estadual do PT, que tem uma atuação mais afinada com a questão dos direitos humanos, é quem mais defende a oitiva dos índios. Nesta quinta, 5, em Itabuna, Yulo enfrentou o presidente da Comissão, deputado Timóteo Brito (PSD), que negou a existência de tupinambás na região. Para o petista, a posição do presidente “não ajuda”.

A proposta do deputado do PT é, inclusive, de que o Cacique Babau, representante dos tupinambás, seja ouvido antes da sessão especial que deverá acontecer no dia 23. A sugestão será discutida na próxima terça-feira, 10, na Comissão de Direitos Humanos.