As divergências em torno da indicação do candidato ao senado – se Waldir Pires ou Walter Pinheiro – já dá lugar a ataques abaixo da linha da cintura entre petistas. O lado que defende o ex-governador, antevendo a derrota, passou a espernear feio.
Ontem (dia 26), Rosembergue Pinto (pró-Waldir) disparou contra o ex-deputado federal Josias Gomes, o principal articulador da indicação de Pinheiro. Adjetivos como oportunista e desleal foram utilizados. Gomes disse que não responderia à provocação, mas reafirmou que, “apesar das incontestáveis qualidades de Waldir, Pinheiro é o melhor nome para o atual momento”.
Os defensores do ex-governador também passaram a dizer que Waldir está sendo tratado pelo PT da mesma forma que era pelo carlismo. Traduzindo: é como se afirmassem que os aliados de Pinheiro fulminam a postulância de Waldir com inspiração nos métodos do velho cacique do PFL.
Para um petista, tal acusação é o mesmo que xingar a mãe.
O deputado federal Márcio Marinho (PRB) aparece nos intervalos da programação da TV Cabrália/Record News com uma mensagem homenageando Itabuna. O “carinho” do parlamentar pela cidade quase centenária (o aniversário é no dia 28 de julho) já está na mira da comissão da OAB-Itabuna que está denunciando pré-candidatos por campanha eleitoral antecipada.
Num discurso forte, há pouco, o deputado federal Walter Pinheiro (PT) condenou o comportamento de pré-candidatos ao governo baiano que tentam usar, eleitoralmente, a morte do delegado Clayton Leão, em Camaçari, ontem. Foi além. Culpou os governos de César Borges e Paulo Souto pela falta de investimentos estruturais em segurança pública e acusou dos dois políticos carlistas de terem se aliado ao crime organizado em financiamentos de campanha.
– A violência de hoje é fruto da inoperância, da conivência dos governos passados. Não tiveram coragem de enfrentar o crime organizado. Pelo contrário, se juntaram com eles em financiamento de campanhas. Essa era a realidade da Bahia.
Pinheiro acabava de responder a um discurso do deputado carlista ACM Neto (DEM), que chamava Pinheiro e Jaques Wagner a viver a Bahia real, “não a da propapaganda”. O deputado federal petista rebateu ao relembrar que os governos carlistas usavam a estrutura de segurança pública para perseguir, grampear adversários – e também controlar o Judiciário.
Uma das revelações do Itabuna na campanha de vice-campeão do Baiano de Juniores, o atacante Wagner viajou para Salvador. Ainda hoje, o atleta será submetido a exames médicos e, caso aprovado, será contratado pelo Vitória, revela o repórter Fábio Luciano, do Pimenta.
O jogador encheu os olhos de dirigentes rubro-negros também pelo seu desempenho nas rodadas finais do Baianão 2010, quando atuou pelo profissional e conseguiu fazer três gols. A negociação será lucrativa tanto para Wagner como para o Itabuna. Cada um tem direito a 25% do passe e um grupo de empresários locais, aos 50% restantes.
Ilegalidade foi confirmada pelo chefe de gabinete
Josie Jerônimo | Correio Braziliense
A campanha pela reeleição provocou um fenômeno na Câmara: deputados têm utilizado o artifício de reduzir o salário de funcionários comissionados para contratar mais assessores e ampliar a equipe que trabalha nos estados, de olho na corrida eleitoral deste ano.
Boletins administrativos deste mês mostram que pelo menos 44 secretários parlamentares, lotados em 29 gabinetes, tiveram o salário reduzido. A folha de pagamentos desses comissionados baixou de R$ 266.377,oo para R$ 165.595,00. Economia? Que nada. Com os R$ 100.782,00 que sobraram, os deputados puderam ampliar a equipe em até 60%.
Só este ano, 1.073 secretários parlamentares foram contratados, um aumento de 90% em relação ao ano passado, quando a média ficou em torno de 570,00. Cada deputado tem direito de usar verba de R$ 60 mil para contratar até 25 secretários parlamentares.
O parlamentar define quem trabalha no gabinete em Brasília e quem vai para o estado. Se o deputado pagar o salário máximo de R$ 8.040,00, com comissão, a todos os seus funcionários comissionados só poderá empregar sete pessoas. Para contratar 25 secretários, o parlamentar oferece uma remuneração média de R$ 2.400 aos funcionários.
Um exemplo da redução dos salários ocorre no gabinete do deputado Veloso (PMDB-BA). Neste mês, três servidores passaram a ganhar menos. Um deles teve o vencimento diminuído de R$ 3.005,00 para R$ 721,00, de acordo com o boletim administrativo de 5 de maio. Procurado, o parlamentar disse que “não está sabendo de nada” e indicou o chefe de gabinete Adriano Olivier (ou Oliveira) para explicar a redução de salário.
O responsável pelo gabinete afirmou que outras pessoas do gabinete também tiveram o salário enxugado para que uma “coordenadora-geral da campanha” de Veloso à reeleição fosse contratada.
“Houve essa mudança, porque foi nomeado alguém para o gabinete. O deputado teve que fazer a aquisição de uma funcionária que ganha R$ 6 mil. Ela é a coordenadora-geral da campanha dele, está no estado percorrendo todos os municípios. Para a contratação foi necessário que houvesse a redução do salário de alguns. Foi um acordo, todo mundo aceitou abrir mão de uma parte. Para o bem de todos, porque ele se reelegendo, todos mantêm o emprego”, resumiu Olivier.
Do A Região
Um dos suspeitos de envolvimento na morte de Larissa Alves de Andrade, de 6 anos, morreu em uma troca de tiros com a polícia de Ilhéus. William Oliveira de Souza, o “Gugu”, de 15 anos, estava escondido em uma fazenda da região.
Guga estava próximo ao bairro Salobrinho quando a polícia chegou. Ele e um comparsa ainda não identificado resistiram à prisão, atirando na viatura da polícia, que reagiu e acertou o menor. O comparsa de Gugu conseguiu fugir do cerco policial.
O menor era acusado de ter disparado o tiro que acertou a estudante Larissa Alves, no bairro Teotônio Vilela, em Ilhéus. A criança estava brincando na rua da Liberdade quando foi iniciada uma troca de tiros entre bandidos.
A menina tentou pegar as sandálias e fugir, mas não teve tempo e acabou atingida por três tiros. A vizinha Ana Lúcia Freitas Ramalhete, de 12 anos, foi atingida na perna, mas sobreviveu. A polícia segue tentando prender os acusados.
A polícia prendeu dois dos quatro suspeitos de matar o delegado Clayton Leão Chaves. Os criminosos foram presos ainda em Camaçari, ao final da tarde desta quarta, no Parque Verde e Gleba. A dupla foi levada para Salvador.
Autoridades policiais não confirmaram se um dos quatro bandidos que participaram do crime tombou em confronto com a polícia, também ontem à tarde. A promessa é de que os dois suspeitos presos sejam apresentados à imprensa na manhã desta quinta, 27. Os nomes dos suspeitos são Rinaldo Valença de Lima e Edson Cordeiro.
No áudio abaixo, confira o momento em que o delegado concedia a entrevista à Líder FM e foi executado pelos bandidos. São momentos de desespero. Clayton Leão ainda pede clemência (“peraí, peraí”), ignorada pelos criminosos. Ele estava com a esposa ao lado, numa estrada de acesso a Camaçari. Aos 33 anos, o delegado deixa esposa e dois filhos.
O áudio foi reproduzido pelo Nas ondas do rádio, de Marcelo Soares.
A falta de planejamento das obras da avenida do Cinquentenário tem levado lojistas à loucura e pedestres aos hospitais. Veja o exemplo de Juciara Jesus Couto. Ela sofreu lesão no tornozelo e fortes dores.
Não lhe restou outro caminho que não fosse o hospital. E saiu do Calixto Midlej Filho com uma indesejável botinha branca. Muitos são os impossibilitados de caminhar pela Cinquentenário porque as obras estão sendo tocadas, ao mesmo tempo, em toda a extensão da avenida. Uma buraqueira só!
As obras às pressas também provocam dor-de-cabeça nos comerciantes, conforme mostraremos em matéria nesta quinta-feira. Lojistas afirmam que a revitalização da avenida é importante, mas está afetando – e muito – as vendas nesse momento de obras.
A Câmara de Municipal de Itabuna fez divulgar que Roberto de Souza (PR) foi apontado como o melhor vereador deste chão e dono de baixíssima rejeição. O mal aumenta quando não se divulga instituto, campo e número de pesquisados.
Talvez tenham eclipsado aquilo que se chama lucidez. O material ainda cita o bom desempenho do vereador numa hipotética disputa à prefeitura de Itabuna. Mas nome de instituto, nada.
Que o Roberto faz um bom mandato e tem sido porta-voz das demandas da população, todos sabemos. Mas recorrer a este expediente utilizando-se de ferramenta oficial é demais, não? Isso é coisa de assessor afoito. Silveirinha, Silveirinha…
O Vitória conseguiu vencer pela primeira vez neste Brasileirão. Jogando em casa, o rubro-negro meteu 4×3 no Atlético Mineiro em um jogo emocionante e noite especial para um jogador. O placar foi aberto aos 13 minutos do primeiro tempo. Schwenck, do Vitória, deixou o primeiro dele. Muriqui empatou para o Atlético-MG, aos 34min. Schwenck desempatou, aos 41min.
O Atlético voltou do vestiário disposto a arrancar uns pontinhos do Vitória. E voltou a empatar aos 22min do segundo tempo em cobrança de falta de Ricardinho. A equipe mineira aproveitava bem a situação: Nino, do Vitória, foi expulso logo no início da etapa final. Mas, aos 28, o artilheiro da noite, Schwenck, voltou a atacar. Aproveitou-se de falha na zaga mineira e… pimba!
O placar marcava 3×2 para o rubro-negro, mas… Eis que surge o atacante Diego Tardelli. Ele aproveitou cobrança de falta de Ricardinho e estufou a rede do Vitória, aos 36min. Friozinho, mas o Leão falou mais forte que o Galo. Aos 43 minutos, caminhando para o finalzinho do ‘baba’ no Barradão, Evandro (ex-Atletico) deu números finais ao jogo: 4×3! O time fez quatro pontos em quatro jogos na Série A. Momentaneamente, ocupa a 14ª posição.
-Dívida com fornecedores era de R$ 4,8 milhões
– Ex-secretária pode substituir Vieira em Itabuna
Três meses depois de assumir o cargo e ter radiografia completa do caos encontrado, o secretário de Saúde de Ilhéus, Antônio Carlos Rabat, abriu o verbo em sessão na Câmara de Vereadores, hoje, ao atender a um convite do legislativo.
Rabat classificou de “temerária” a gestão da sua antecesssora Marleide Figueiredo. O secretário evitou falar a palavra “rombo”, mas disse que assumiu a secretário com uma dívida de R$ 4,8 milhões com fornecedores de suprimentos, que, devido ao calote, pediram cancelamento de contrato.
De acordo com o titular da Pasta da Saúde, “caiu significativamente a quantidade de empresas que entram nos pregões para atender a demanda da secretaria”.
O médico disse não se sentir responsável pelo fato da saúde de Ilhéus ter sido a campeão de insatisfações em pesquisa encomendada pela prefeitura. “Estou muito à vontade [em relação à pesquisa], porque foi o que encontrei lá”.
PEPINOS DA MARLEIDE
E enumerou os pepinos deixados pela secretária Marleide Figueiredo: “frota destruída, com 17 carros em estado irrecuperável, postos de saúde em péssimas condições de funcionamento e estrutura do PSF comprometida e quadro de carência de profissionais”. Da dívida encontrada, o secretário disse já ter pago R$ 2,5 milhões.
Num tom mais emocional, o “Descascador de Pepinos” afirmou que bem poderia ter ficado no seu consultório, mas preferiu outro caminho: tentar melhorar os índices que encontrou. “Não tenho medo de trabalho. O que preciso é de tempo e confiança da população”, disse, sendo aplaudido por médicos e demais servidores da Saúde.
O discurso de Rabat foi considerado chave para trabalhar com tranquilidade a partir de agora. E deixou isso claro na sabatina no legislativo ilheense. “Não posso ser atingido por uma gestão que está há apenas três meses. Em dezembro, se [a saúde] continuar no mesmo, quem pede pra sair sou eu”.
A estratégia adotada por Rabat “encheu os olhos” do governo e causou incômodo no presidente da Câmara de Vereadores, Jailson Nascimento (PMN), dono da indicação de Marleide Figueiredo para o cargo de secretária de Saúde e, também, da nomeação de vários dos cargos na Pasta. Com a reforma administrativa no início do ano, Jailson perdeu praticamente todas as suas indicações.
Um homem apontado como suspeito de matar o delegado Clayton Leão morreu em confronto com a polícia por volta das 17h em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Ele estava em companhia de uma outra pessoa, que fugiu durante a abordagem policial, em Jauá, litoral do município. O nome do suspeito, no entanto, não foi divulgado.
O carro usado no assassinato do delegado da polícia civil foi incendiado pelos marginais. O GM Corsa, branco e de placas vermelhas, foi encontrado em um dos acessos ao Polo Petroquímico de Camaçari.
O delegado Clayton Leão Chaves, 33, foi executado nesta manhã de quarta-feira, 26, enquanto concedia entrevista ao vivo, por telefone, à rádio Líder FM, de Camaçari. O policial não pôde comparecer aos estúdios da emissora e dava a entrevista enquanto levava sua esposa ao trabalho.
Clayton estacionou o carro numa estrada que liga Arembepe a Camaçari, conhecida como Cascalheira. Depois de quase 10 minutos de bate-papo com os apresentadores da rádio, ouviu-se o delegado falar “peraí, peraí”. Em seguida, estampidos de três tiros. A mulher do policial não foi atingida nem sofreu ferimentos. O corpo do policial será sepultado nesta quinta-feira, 27, às 10h, no Campo Santo, Federação, em Salvador.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) acatou solicitação de mandado de segurança e novamente derrubou Mardes Monteiro (PT) do cargo de prefeito de Buerarema.
O mandado foi impetrado pela coligação do terceiro colocado nas eleições de 2008, Cristóvam Monteiro, do PMDB. Quem aceitou as alegações da defesa de Cristóvam foi o juiz Eserval Rocha, relator do processo.
Com a decisão, Eudes Bonfim (PR) deixa a presidência da Câmara de Vereadores para assumir, pela segunda vez, o cargo de prefeito-interino da Buerarema cansada de guerra.
Mardes Monteiro teve o registro de sua candidatura cassado em junho do ano passado, pelo TRE. Já em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o processo voltaria à estaca zero para que fosse atestada a veracidade de um ato legislativo que julgou irregulares as contas do petista.
Essa ordem de verificação do documento chegou a Buerarema no início de maio, enviada ao juiz eleitoral Antônio Hygino. O magistrado achou por bem garantir o retorno de Mardes ao cargo. Ele reassumiu no último dia 16. Ficou exatos dez dias no cargo.
Os últimos instantes de vida do delegado Clayton Leão, de Camaçari, foram acompanhados pelos ouvintes da rádio Líder FM. O policial concedia entrevista por telefone, no momento em que seu carro foi cercado por bandidos, que deflagraram os tiros.
Além dos estampidos, ouve-se o apelo do próprio delegado e os gritos de uma mulher – a esposa de Clayton Leal – em absoluto desespero. Assustador.
O deputado federal Geraldo Simões cobrou esclarecimentos quanto à matéria do Valor Econômico que denunciou equívocos no Senado e no Ministério da Fazenda que deixaram 6,1 mil produtores de fora do PAC do Cacau. O jornal cita os senadores César Borges (PR) e Romero Jucá (PMDB) como os autores da confusão sobre a rolagem da dívida e prazos de pagamento.
Geraldo enfatiza que o senador César Borges apresentou a própria defesa, atribuindo o erro à Câmara dos Deputados. Agora, o parlamentar baiano disse considerar “da maior importância que seja plenamente esclarecido tudo o que aconteceu e porque foi aprovada uma proposição com erros de origem tão graves”.
O petista quer resposta para algumas perguntinhas: “por que propostas conflitantes constavam da Medida Provisória 472, proveniente do Senado? De quem é realmente a responsabilidade?”. Geraldo observa que o senador atribuiu o erro à Câmara dos Deputados. Se foi realmente isso o que disse o senador ao jornal, acrescenta, trata-se de acusação muito grave que tem de ser averiguada”.