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O PCdoB baiano vive a expectativa de aumentar de 3 para 4 o número de deputados eleitos para a Assembleia Legislativa (AL-BA). Isso, porque ainda são aguardados os julgamentos dos “fichas sujas” Carlos Brasileiro (PT) e Maria Luiza Laudano (PTdoB). O veredicto será do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso as duas candidaturas caiam e os votos destes sejam considerados inválidos, os comunistas ficam com mais uma cadeira na AL-BA. Quarto mais  votado do partido na disputa por vagas na AL-BA, o vereador itabunense Wenceslau Júnior seria o premiado.
Na madrugada desta segunda-feira, 4, ocorreu uma situação inusitada com Wenceslau. Funcionários do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) informavam à presidência do PCdoB que o partido faria quatro deputados estaduais, mas alertavam para o fato de que ainda faltavam 2 mil votos a serem computados.
Foi o suficiente para a militância ocupar as ruas de Itabuna e fazer uma carreata. Quase uma hora depois, a notícia: a vaga era do petista Yulo Oiticica, que vai para o seu quarto mandato. Hoje à tarde, Wenceslau conversou com o Pimenta. Até brincou com a situação. “O povo naquela carreata, numa euforia, e como é que a gente diz que não mais estávamos eleitos?”.
O vereador também pode ganhar a vaga caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considere válidos os 290 votos atribuídos a Wilson Ramos, o Wilson Tiba. Até agora eles não foram computados porque o também comunista apresentou problemas na documentação de registro de candidatura.
Independente de a vaga “acontecer” ou não, Wenceslau comemora o fato de ter sido o segundo mais votado entre os candidatos a deputado estadual do eixo Ilhéus-Itabuna. A candidatura que obteve mais votos (43.588) foi a de Ângela Sousa (PSC), de Ilhéus. Wenceslau foi mais bem votado que os eleitos Coronel Santana (PTN) e Augusto Castro (PSDB).
“ELEGER DILMA, PRESIDENTE”

Para o “cururu”, o momento agora é de “mobilizar a militância para eleger a primeira mulher presidente do Brasil”, numa clara referência à petista Dilma Rousseff, que disputará o segundo turno presidencial contra o tucano José Serra. “O Brasil cresceu muito com Lula e devemos eleger Dilma para dar continuidade a este projeto”, prega.
Wenceslau prefere não discutir, ainda, as eleições de 2010, mas reconhece que o PCdoB saiu das urnas com força para disputar a prefeitura de Itabuna. Seja com ele ou com o ex-vereador Luís Sena. Ou o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães.
O cururu desconversa sobre nomes. Prefere falar da “força do PCdoB”. Mas prega, antes de tudo, a união do campo progressista. A força do partido, diz, será vital também para acelerar ações e projetos estaduais e federais para o sul da Bahia e, principalmente, Itabuna. Noutra ponta, ele afirma que a reeleição de Jaques Wagner demonstra o acerto das políticas desenvolvidas pelo “campo progressista”.

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O ex-vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, Geraldo Simões, afirma não ter mais ” nem um pingo de dúvida” de que a proposta de um “chapão”, reunindo todos os partidos da base aliada do governador Jaques Wagner, “não passa”.

Na visão do deputado federal baiano, o PT seria o maior prejudicado com a proposta. “Elegemos oito deputados em 2006 e esperamos fazer 10 agora. Com o chapão, elegeríamos menos de oito, talvez só cinco”.

Geraldo lembra que, historicamente, os governistas elegem entre 21 e 22 deputados para a Câmara Federal, possibilidades que são menores com o chapão. “O risco é o PT entrar disperso”, acentua.

O parlamentar lembra da experiência de 2004, quando era prefeito de Itabuna e disputava a reeleição. O caso era diferente, mas serve para exemplificar o que segue:

– A nossa previsão é ter 100 candidatos a deputado federal na base governista. Se a o chapão for aprovado, deve cair para próximo de 70 vagas. E quem é cortado ou não trabalha pelo projeto eleitoral ou vira inimigo e vai para a chapa adversária. Lembro de 2004.

Naquele ano de reeleição, o número de cadeiras na Câmara Municipal de Itabuna foi reduzido para 13 e o PT se viu obrigado a cortar cabeças que pretendiam disputar a vereança para se adequar ao máximo de 25 candidatos ao legislativo.

Pré-candidatos preteridos se vingaram de Geraldo apoiando o inimigo histórico, Fernando Gomes. O deputado petista acredita que, em vez de chapão, haja formação de dois blocos para disputar as vagas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa em 2010. “Os nossos aliados já estão entendendo isso. O que devemos discutir é qual a melhor formação no arco de partido da base”.